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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Furto de dados foi irrelevante, diz presidente de comitê Londres 2012


Sebastian Coe minimizou incidente que terminou com demissão de nove funcionários do COB

Por LUIZ ERNESTO MAGALHÃES

RIO — O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres, Sebastian Coe, minimizou nesta segunda-feira o incidente que terminou com a demissão de nove funcionários do Comitê Organizador Rio 2016 acusados de copiarem sem autorização documentos relativos ao planejamento do evento. As demissões ocorreram em setembro depois que Londres comunicou ao Rio o episódio. Os nove funcionários atuaram no Comitê Organizador londrino durante os Jogos para acumular experiência nos preparativos do Rio.
— O que eu tenho a dizer é que isso não foi algo a que demos atenção ou consideramos relevante. Nunca dois Comitês Organizadores trabalharam de forma tão integrada quanto Rio e Londres. O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, inclusive, foi o primeiro a compreender a visão que tínhamos para os Jogos.
Coe, que foi eleito recentemente presidente da Bristh Olimpic Association (BOA), está no Rio desde a semana passada. Ele veio participar do seminário no Hotel Windsor na Barra, na qual os ingleses repassam para os colegas do Comitê Rio 2016 as experiências da organização do evento. Ele conversou com os jornalistas em uma espécie de pré-lançamento de mais uma edição da Soccerex, feira internacional de esportes, que será realizada a partir de sábado no Forte de Copacabana. O presidente do Comitê de Londres acrescentou que a organização dos Jogos exigiu um planejamento permanente:
— O tempo todo você está mudando, refinando os preparativos, modificando e aprendendo para que o atleta no momento de competir só tenha que pensar em seu desempenho. Lembro que em maio de 2011 estava sentado no Centro de Londres logo após um evento teste dos Jogos Paralímpicos perguntando se os espaços deixados para passagem de cadeiras de rodas é suficiente. Nós nos esforçamos em trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana. Demos o máximo possível.
O furto dos documentos veio à tona na noite do dia 20 de setembro, quando o blog do jornalista Juca Kfouri divulgou o caso. No dia seguinte, o jornal britânico “The Daily Telegraph” trouxe uma reportagem sobre o episódio. Segundo o Comitê Rio 2016, os documentos copiados ilegalmente já foram devolvidos e destruídos. O furto chegou ao conhecimento da equipe brasileira no dia 1º de setembro, após o início dos Jogos Paralímpicos de Londres. Dezessete dias depois, após localizar as cópias e identificar os envolvidos no caso, o comitê demitiu os funcionários. O órgão explicou que eles faziam parte da equipe de 200 pessoas que permaneceu três meses em Londres trabalhando com os ingleses na preparação dos Jogos. Eles tinham acesso aos documentos do Comitê Londres 2012, mas haviam assinado um contrato proibindo cópias sem autorização. Segundo a nota, que não divulgou os nomes dos envolvidos, os chefes dos funcionários não sabiam da ação do grupo.
Um dos nove funcionários demitidos chegou a divulgar uma carta endereçada ao presidente do comitê, Carlos Arthur Nuzman. Nela, Renata Santiago dizia que foi instruída a acessar os dados do sistema do evento, com o objetivo de obter informações para aprimorar a organização das Olimpíadas do Rio. Ela ressaltou, no entanto, que não havia se apropriado de dados confidenciais ou comerciais.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/furto-de-dados-foi-irrelevante-diz-presidente-de-comite-londres-2012-6769413#ixzz2Ctb7DGUn

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