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sábado, 29 de dezembro de 2012

Em meio à crise do setor de energia, Ministério do Esporte socorre a CBB


Confederação Brasileira de Basquete terá contrato renovado pela metade com Eletrobras, e órgão do governo federal ajuda entidade até 2016
Por Leonardo Filipo

A grave crise no setor de energia no país ameaça deixar o basquete brasileiro no breu. Após retirar o investimento no Novo Basquete Brasil (NBB) e na Liga de Basquete Feminino (LBF), a Eletrobras reduziu quase pela metade a proposta de renovação de contrato com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). Os R$ 13 milhões de 2012 caíram para R$ 7,5 milhões por ano, por quatro anos, com possibilidade de reajuste. Apesar da drástica redução, a assinatura do novo acordo está prevista para o início do próximo ano, quando a parceria completa uma década.
Diante da situação, o Ministério do Esporte precisou socorrer a entidade. As seleções sub-19 e adultas terão seus planejamentos garantidos, dentro do Plano Brasil Medalhas 2016. A Liga de Desenvolvimento do Basquete (LDB), competição para jogadores de até 22 anos, tem sua segunda edição bancada novamente pelo órgão do governo. A ajuda vai além, como disse o secretário nacional de esporte de alto rendimento, Ricardo Leyser.

- O governo está empenhado em conseguir outra estatal para o basquete – disse.

O socorro ajuda, mas não resolve. A situação preocupa a diretora de seleções femininas da CBB, Hortencia. Tirando a seleção sub-19, com a redução do patrocínio será difícil preparar as outras seleções de base de maneira ideal para as competições internacionais. De acordo com a dirigente, corre-se o risco de perder gerações.

- Fico um pouco mais tranquila com a ajuda do Ministério do Esporte. Mas não sei quando esse dinheiro vai cair na conta. E as outras seleções de base estão descobertas. A Eletrobras não tem culpa nenhuma. Nós é que estamos no lugar errado, na hora errada e com o patrocinador errado. Se há um monte de empresas estatais patrocinando as confederações, alguma tem que patrocinar a gente. O vôlei tem R$ 70 milhões por ano por méritos próprios. Imagina o basquete com esse dinheiro! - disse Hortencia, que admite deixar a entidade caso a situação não melhore.

- Eu não sou de pular do barco, mas como faz para resolver esse problema?

A Eletrobras está reavaliando todos os seus contratos de patrocínio desde a aprovação da Medida Provisória 579 – que vai reduzir o preço da eletricidade em cerca de 20% a partir do ano que vem. Antes disso a relação com a CBB já passava por períodos de apagões. Alguns repasses da estatal demoraram a sair, o que levou a entidade a quase entrar na Justiça. A empresa alega que adota uma metodologia própria para gestão de contratos de patrocínio, através de auditoria interna e da fiscalização da Controladoria Geral da União e do Tribunal de Contas da União, o que também aumenta o controle dos gastos. Situação que gerou críticas do ex-diretor de marketing e atual consultor técnico da CBB, José Carlos Brunoro. Perto da renovação, porém, ele adota um discurso mais conciliador.

- Entendo que fui um pouco duro porque não estava ciente da situação da Eletrobras. Já passamos por alguns acidentes de percurso, mas agora a relação não está mais desgastada. Houve uma mudança de mentalidade deles. E eles acham importante continuar no basquete. Estamos muito bem com esse novo grupo que negocia conosco. Haverá um memorial descrevendo tudo o que pode e o que não pode, para não haver nenhuma surpresa das duas partes – disse Brunoro.
Diante de maus resultados nas categorias de base da seleção brasileira este ano, o bronze no mundial sub-19 feminino de 2011 é citado como exemplo por Brunoro e Hortência. Para subir ao pódio no Chile, a equipe conseguiu treinar por seis meses. Além da medalha, a pivô Damiris foi eleita melhor jogadora da competição.

- Não queremos achar um culpado disso. O que nos deixa bastante preocupados é que idealizamos um projeto que consideramos ideal: treinar as equipes de base por pelo menos quatro meses e permitir que os treinadores possam viver do basquete - diz Brunoro.

Estataisesportes patrocinados
Banco do Brasilvela, vôlei de praia, vôlei e pentatlo moderno
Banco do Brasil e Correioshandebol
Banco do Nordeste (BNB)triatlo
BNDEScanoagem e hipismo
Caixaatletismo, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica, lutas, modalidades paraolímpicas e tiro esportivo
Correiosnatação, águas abertas (maratona aquática) e tênis
Eletrobrasbasquete
Infraero e Petrobrasjudô
Petrobrasboxe, remo, taekwondo, levantamento de peso e esgrima


Em um momento em que as estatais aumentam os investimentos nas confederações, visando aos Jogos Olímpicos de 2016 (confira a tabela acima), Brunoro lamenta a situação da Eletrobras. Mas segue em busca de um patrocínio que salve o planejamento de 2013: algo em torno de R$ 10 milhões por ano até as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

- Tem bastante gente com interesse em se associar ao basquete – garante.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2012/12/em-meio-crise-do-setor-de-energia-ministerio-do-esporte-socorre-cbb.html

Após revisão de custos, Estádio Nacional é o mais caro da Copa


Governo revê Matriz de Responsabilidade da Copa e divulga aumento nos gastos de obras do torneio. Mané Garrincha vai custar mais de R$ 1 bilhão

Foi publicada esta semana no Diário Oficial da União mais uma revisão na Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de 2014 - documento de referência assinado pelo governo em janeiro de 2010 e que define os investimentos na preparação do Mundial. Seis obras que não ficariam prontas até 2014 foram retiradas do documento e outras oito foram incluídas. O que mais chamou a atenção foi o aumento nos gastos para a conclusão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Em vez dos R$ 812,5 milhões previstos anteriormente, a arena será erguida por R$ 1,015 bilhão.
Com o aumento dos gastos, o Mané Garrincha será o estádio mais caro entre os 12 que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014. A Arena do Corinthians, em Itaquera, custará R$ 820 milhões, e o Maracanã, no Rio de Janeiro, R$ 808,4 milhões. A previsão. Vale lembrar que o Estádio Nacional vai receber o confronto entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho, na abertura da Copa das Confederações.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), o aumento no custo do Mané Garrincha na Matriz ocorreu por conta da inclusão de itens que foram licitados separadamente, como a cobertura, as cadeiras, o placar eletrônico e o gramado. Ainda de acordo com o GDF, o valor indicado no documento será reduzido quando forem aplicados os benefícios do Recopa (isenção fiscal concedida pelo governo aos estádios do Mundial). A estimativa é de que o custo total do estádio seja de aproximadamente R$ 850 milhões.
Também houve revisão nos valores de cinco projetos. Com as mudanças, o valor total de investimentos previstos na Matriz para as áreas de mobilidade urbana, portos, aeroportos, estádios, telecomunicações, turismo e segurança caiu 12,5% em comparação com a última versão (novembro de 2012), passando de R$ 29,252 bilhões para R$ 25,581 bilhões
Também foram revisados na Matriz de Responsabilidades os valores da reforma do terminal de passageiros de Fortaleza (R$ 195,9 milhões), do terminal marítimo do Rio de Janeiro (R$ 91 milhões), do terminal de passageiros do Aeroporto de Guarulhos (R$ 269 milhões), do Corredor Marechal Floriano (R$ 52,2 milhões), em Curitiba, além da extensão da Linha Verde Sul do BRT da capital paranaense (R$ 20,6 milhões).
Ao todo, foram 20 modificações efetivadas. Entre as obras excluídas, cinco são de mobilidade urbana e uma em aeroporto. O projeto do corredor metropolitano de Curitiba, que custaria R$ 137 milhões, foi suprimido a pedido do governo do Paraná. O monotrilho e o BRT de Manaus, que custariam R$ 1,59 bilhão saíram do documento a pedido do governo do Amazonas. A retirada do monotrilho de São Paulo, que receberia investimento de R$ 1,88 bilhão, também foi oficializada, atendendo a solicitação do governo do Estado de São Paulo. A reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire de Natal, obra de R$ 221 milhões, saiu a pedido do governo do Rio Grande do Norte. A ampliação da pista do aeroporto de Porto Alegre, que custaria 228 milhões, foi retirada a pedido da Infraero.
Foram incluídos ainda oito novos projetos, todos de mobilidade urbana. Um deles é referente à três vias de acesso ao estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, com custo de R$ 8 milhões. Outro prevê a ampliação da estação de metrô Cosme e Damião e o viaduto da BR-408, em Recife, com investimento de R$ 32,4 milhões. Há também intervenções no entorno do Maracanã e da estação multimodal da Mangueira, no Rio de Janeiro, com custo de R$ 271,1 milhões, e obras de acessibilidade e rotas de pedestres em Salvador, com custo de R$ 19,6 milhões. Os outros projetos incluídos tratam de intervenções viárias no entorno da Arena Corinthians, em São Paulo, que custarão R$ 317,7 milhões.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/12/matriz-da-copa-passa-por-nova-revisao-e-custo-do-mane-garrincha-sobe.html

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Governo puxa freio de mão e corta gastos


Seis obras previstas para o Mundial são excluídas por falta de tempo para conclusão, reduzindo custo em R$ 3 bilhões

Poe Evandro Éboli

BRASÍLIA - O investimento federal nas obras da Copa do Mundo caiu em cerca de R$ 3 bilhões, na última revisão feita pelo Ministério do Esporte. Segundo dados do governo, a conta caiu de R$ 29 bilhões para R$ 26 bilhões. Essa queda de recursos se deu pela exclusão de seis obras, sendo cinco de mobilidade urbana e uma em aeroporto. Por outro lado, foram incluídos oito projetos, todos também de mobilidade, como obras de acesso, metrô, viadutos e entornos dos estádios do Mundial.
O ministério sustenta, no entanto, que esse valor deve aumentar, mas não ultrapassará o teto estabelecido pelo governo, de financiar R$ 33 bilhões em diversas áreas, que incluem estádios, portos, segurança e telecomunicações, entre outros.
O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Manuel Rebelo Fernandes, explicou que os compromissos e os gastos do governo com a Copa, chamados de “matriz de responsabilidades”, estão sujeitos a contínuas revisões, o que tem acontecido a cada seis meses. Este foi o quarto balanço.
Luis Fernandes explicou que as obras foram excluídas por não haver tempo de serem concluídas e entregues até a Copa. Segundo o secretário, estas obras não são essenciais para a realização do Mundial e da Copa das Confederações, e serão incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
— O que foi feito foram dois movimentos principais, um de exclusão de obras e outro de inclusão. Depois de avaliações técnicas com órgãos responsáveis, concluímos que são obras que não poderiam ficar prontas a tempo. E, não ficando, não se justificaria sua manutenção na matriz de responsabilidades — disse Luis Fernandes.

DOIS PROJETOS NOVOS NO RIO
Foram excluídos a construção de um corredor metropolitano em Curitiba; um sistema BRT e um monotrilho em Manaus; reestruturação de uma avenida em Natal; um monotrilho em São Paulo; e ampliação da pista do aeroporto de Porto Alegre. Todas essas obras foram excluídas do programa por solicitação dos governos estaduais.
Entre os oito projetos incluídos, dois estão no Rio: reurbanização do entorno do Maracanã e a ligação com a Quinta da Boa Vista e a reformulação da estação multimodal da Mangueira.
Luis Fernandes afirmou que o valor do investimento do governo federal irá aumentar também em função das chamadas obras temporárias, que ficam no entorno dos estádios. Ele citou como exemplo o conjunto de instalações de áreas de recepção, de segurança, setores para receber delegações e abastecimento de energia via geradores.
A estratégia de segurança para a Copa envolverá as tropas militares, as polícias Federal, Rodoviária, Força Nacional, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além dos órgãos locais, como PMs e Bombeiros. O gasto militar previsto é de R$ 700 milhões, dinheiro que será empregado em ações como controle do espaço aéreo, defesa marítima, prevenção e combate ao terrorismo e até fiscalização de explosivos. Já foram adquiridos alguns equipamentos e sistemas, como kit antibomba, armamento e munição letal e salas cofre.
Nos projetos de mobilidade urbana, que envolvem recursos federais, num montante de R$ 9 bilhões, 45 dos 53 projetos estão em andamento. Os demais, segundo o governo, iniciarão no primeiro trimestre de 2013. Envolvem 26 corredores e vias, 15 BRTs, dez empreendimentos de estações, terminais e centros de controle de tráfego, entre outros. Nos aeroportos, o investimento é de R$ 6,8 bilhões. São oito empreendimentos concluídos este ano e concessionários assumiram operações em três deles. Ao todo, os projetos envolvem 21 novos terminais de passageiros, 7 pistas e pátios de aeronaves e duas torres de controle. Além disso, 5 portos passam por obras.
No quesito infraestrutura de suportes e serviços, o Ministério do Esporte informa que, nas telecomunicações, a Telebrás cuida de 12 projetos para expansão de rede de fibra ótica. Na qualificação profissional para atender turistas, há 240 mil vagas oferecidas, em 117 municípios. . Na segurança pública, dos 14 Centros Integrados de Comando e Controle, 12 já foram iniciados.
Na área de comunicação e marketing, o objetivo é "projetar a imagem do Brasil como país competitivo e inovador, com grande potencial de negócios e capacidade de realização".


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/governo-puxa-freio-de-mao-corta-gastos-7139869#ixzz2GH2oFDbv 

Ministério divulga balanço das obras nos estádios para a Copa


Seis estádios ficarão prontos para a Copa das Confederações. Os demais serão entregues seis meses antes do Mundial

BRASÍLIA - No balanço das ações do governo para a Copa de 2014, que será divulgado nesta quarta-feira, o Ministério do Esporte anunciará em que pé estão as obras para o Mundial, e para a Copa das Confederações, ano que vem, em várias áreas: estádios, mobilidade urbana, aeroportos, portos, segurança, telecomunicações, energia, saúde e outras. O relatório do ministério descreve que dos 12 estádios, seis estarão concluídos até a Copa das Confederações, que acontece um ano antes da Copa do Mundo, e os outros seis serão entregues seis meses antes do Mundial.
Dos seis estádios da Copa das Confederações, como se sabe, dois já foram concluídos: Castelão (Fortaleza) e Mineirão (Belo Horizonte). A situação dos outros quatros, dirá o ministério, é a seguinte, neste momento: Fonte Nova (Salvador), 83% concluído; Mané Garrincha (Brasília), 78%; Arena Pernambuco (Recife), 77% concluído; e Maracanã (Rio), 75% concluído.
Os estádios da Copa receberam, até agora, desembolso de R$ 1,9 bilhão estatal, cerca de 51% do total financiado. Nos projetos de mobilidade urbana, que envolvem recursos federais, montante de R$ 9 bilhões, 45 dos 53 projetos estão em andamento. Os demais, segundo o governo, iniciarão no primeiro trimestre de 2013. Envolvem 26 corredores e vias, 15 BRTs, 10 empreendimentos de estações, terminais e centros de controle de tráfego, entre outros.
Nos aeroportos, o investimento é de R$ 6,8 bilhões. Oito empreendimentos foram concluídos este ano e concessionárias assumiram operações em três deles. Ao todo, os projetos envolvem 21 novos terminais de passageiros, sete pistas e pátios de aeronaves e duas torres de controle. Além disso, cinco portos passam por obras, cuja previsão de conclusão é em 2013.
No quesito infraestrutura de suportes e serviços, o Ministério do Esporte informa que, nas telecomunicações, a Telebrás cuida de 12 projetos para expansão de rede metropolitana de fibra ótica. E que 70% dessas obras destinadas a servir a Copa das Confederações já estão concluídos.
Na área de turismo, o governo assegura que estão em andamento cerca de 400 intervenções nas cidades-sede e que, todas, serão entregues até dezembro de 2013. Na qualificação profissional para atender turistas, há 240 mil vagas oferecidas, em 117 municípios. E, até agora, 119 mil pessoas já estariam pré-matriculados e outros 54 mil já matriculados. Na segurança pública, dos 14 Centros Integrados de Comando e Controle, 12 já foram iniciados.
Chama a atenção os detalhes na estratégia de segurança para a Copa, que envolverá as tropas militares, as polícias Federal, Rodoviária, Força Nacional, GSI, além dos órgãos locais, como PMs e Bombeiros. O gasto militar previsto é de R$ 700 milhões, dinheiro que será empregado em ações como controle do espaço aéreo, defesa marítima, prevenção e combate ao terrorismo e até fiscalização de explosivos. Já foram adquiridos, segundo o documento do ministério, alguns equipamentos e sistemas, como kit antibomba, armamento e munição letal e salas cofre. Em licitação compra de máscaras anti-gás e plataforma móvel de observação.
Na área de comunicação e marketing, o objetivo é "projetar a imagem do Brasil como país competitivo e inovador, com grande potencial de negócios e capacidade de realização, que se desenvolve de maneira sustentável e com inclusão social". E mais: "reforçar a imagem do Brasil como país hospitaleiro, criativo, alegre, unido, trabalhador, aguerrido, que valoriza a diversidade e rico em belezas naturais".


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/ministerio-divulga-balanco-das-obras-nos-estadios-para-copa-7134155#ixzz2GH2KNMcI

Rio terá R$ 300 milhões a mais para as Olimpíadas


Paes diz que quantia virá de economia no pagamento da dívida junto à União

Por Cristiane Bonfanti

BRASÍLIA - O prefeito Eduardo Paes disse na quarta-feira que o Rio contará com mais R$ 300 milhões por ano para realizar investimentos voltados para as Olimpíadas. Segundo ele, o adicional virá da economia que o município poderá fazer a partir da mudança no índice que corrige a dívida dos estados e municípios com a União. A alteração, anunciada este mês pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. De acordo com o prefeito, o Rio tem hoje uma dívida de R$ 6,1 bilhões com o governo federal, corrigida pelo IGP-DI em mais 6% ao ano. A partir do ano que vem, ela deverá ser corrigida pela taxa básica de juros (Selic) ou pelo IPCA, o que for menor, em mais 4% ao ano.
Nas contas do prefeito, na prática, a taxa cairá de 11% para 7% ao ano. Paes informou que, a partir de janeiro, a Secretaria municipal de Fazenda iniciará as negociações com o Tesouro Nacional para a ampliação do limite de endividamento do município. Ainda segundo ele, a cidade tem dívidas que equivalem a 40% de sua receita corrente líquida, bem abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. A folga seria de até R$ 8 bilhões para a contratação de financiamentos.
— O Rio pode ser o primeiro exemplo, pelo dever de casa já feito. A nossa situação fiscal é absolutamente confortável. Se a União me permitir captar, eu consigo fazer Olimpíadas sem pegar um tostão em Brasília — afirmou Paes, depois de se reunir com Mantega.
O prefeito observou ainda que os investimentos do governo local correspondem a 20% de suas despesas:
— O segundo melhor é o Ceará, que investe 12%. Repetimos isso nos últimos três. Em valores absolutos, a gente só perde para São Paulo.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rio-tera-300-milhoes-mais-para-as-olimpiadas-7141104#ixzz2GFaa7zoB 

Parceria com empresa de informática auxilia Petrópolis fora das quadras


Novo sistema de registro estatístico das situações de jogo está sendo desenvolvido pela parceira do clube. Programa inclui chips nos jogadores

Por Chandy Teixeira

Diz o ditado que informação é poder. No esporte não é diferente. Os grandes clubes, em diversas modalidades, e até mesmo emissoras de TV usam o scout, sistema de registro estatístico das mais variadas situações de jogo, como aliado em esportes de alto rendimento onde os detalhes podem determinar o fracasso, ou a glória. Os dados apurados por estes programas auxiliam a comissão técnica, a grosso modo, na detecção dos pontos fortes e fracos de uma equipe em determinada situação. Isto não é novo, e grande parte das equipes profissionais recorrem aos números para desenvolver treinamentos e táticas de jogo. No Petrópolis, uma das maiores equipe de futsal do Rio de Janeiro, uma parceria com uma empresa de informática promete melhorar ainda mais esse sistema de coleta de dados de uma partida.
O novo programa, que promete uma evolução ainda maior no sistema de scout, é capaz de catalogar até 20 situações de jogo pré-estabelecidas, permitindo ainda a inclusão manual de outras variáveis. O sistema ainda conta com seis câmeras instaladas em quadra e sensores que captam o deslocamento dos atletas, através de chips fixados nos jogadores, que é a grande inovação deste novo programa, que permitem um mapeamento completo de deslocação do atleta e também a personalização do rastreamento das câmeras em um atleta, de livre escolha. Tudo isso é integrado ao sistema de previsão meteorológica, que permite avaliar em quais condições os jogadores demonstram uma maior produtividade.
De acordo com o gerente técnico da empresa desenvolvedora do sistema, Farley Barillo, este é o futuro do esporte e quem não se atualizar corre o risco de ficar para trás também nos resultados. O especialista conta ainda que o sistema foi pensado para ser usado por pessoas comuns, sem grandes conhecimento de informática. A interface simples vai proporcionar a popularização do sistema em clubes de menor expressão.
- Não tenho dúvidas que esse é o futuro do esporte. Este sistema é rápido e intuitivo. Os dados são computados em tempo real e o técnico pode lançar mão deles no intervalo de um jogo, por exemplo. Claro que isso não substitui a figura do treinador, que sempre será a figura mais importante do jogo nestes termos táticos - disse Farley, que completou dizendo que o sistema vai ser comercializado, mas que ainda não há um preço estipulado. No entanto, a empresa informou que o preço estará a altura de clubes de menor expressão.
Para o treinador do Petrópolis, Paulo Mussalem, o sistema pode sim auxiliar a comissão técninca. No entanto, é preciso uma boa interpretação dos números.
- Estatísticas e números são frios. É preciso ter critério na hora de interpretá-los. Mas eu acho ótimo tudo que possa contribuir com a catalogação de dados da partida, sempre é de grande ajuda - afirmou.
A empresa de informática que desenvolve o sistema pretende também adaptar o sistema para outras modalidades como vôlei, basquete, handebol e até mesmo futebol americano. O programa levou quatro meses para ser desenvolvido.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/rj/serra-lagos-norte/noticia/2012/12/parceria-com-empresa-de-informatica-auxilia-petropolis-fora-das-quadras.html

Contrato com fornecedora dá ao Fla acesso a CT europeu e tecnologia


Documento prevê regalias para clubes no topo do portfólio da Adidas, mas exige que até presidente rubro-negro não use marcas concorrentes

Por Janir Júnior e Vicente Seda

Além das cláusulas milionárias, obrigações e direitos incluídos no contrato de 87 páginas entre Flamengo e Adidas, a fornecedora alemã colocou o clube da Gávea no status de "Símbolo A Mundial", o que quer dizer que o Rubro-Negro - ao lado de Chelsea, Real Madrid, Milan e Bayern de Munique - integra o portfólio mais prestigiado entre os clubes patrocinados pela empresa. Na prática, isso representa um plano estratégico de negócios, verba anual de R$ 1,5 milhão para ações de marketing e acesso prioritário aos principais produtos da marca, incluindo testes de artigos que ainda não foram lançados no mercado.

A Adidas também colocará à disposição do Flamengo o centro de treinamento em sua sede na Alemanha, denominado "World of Sports (Mundo dos Esportes)", como centro logístico para "potenciais amistosos na Europa", conforme descrito no contrato de parceria. O espaço tem aproximadamente 39 hectares (ou 390 mil m²) usados para prática de diversos esportes e conta com cerca de 2.900 funcionários de mais de 50 nações. Há no contrato a obrigação de uma partida de exibição por ano - a Adidas ficará com todas as receitas, à exceção dos direitos de transmissão, e as despesas do clube sairão da verba de marketing.

Entre os produtos disponíveis para o clube, está um sistema de monitoramento de atividade física, o "miCoach Professional Team Training System". O sistema fornece indicadores físicos e monitoramento não invasivo. Entre os valores medidos pelo equipamento, estão velocidade, frequência cardíaca, distância percorrida com grande, média e baixa intensidades, entre outros. Entre os aparatos, estão sensores que são acoplados às chuteiras dos jogadores.

Nesse caso, a nova fornecedora abre exceção para que os atletas com contrato firmado com suas concorrentes possam usar chuteiras de outra marca, mas essa permissão se limita às chuteiras. Os demais calçados fora do gramado terão de ser Adidas.

A regra também vale para dirigentes. Nem o presidente eleito do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, estará livre do compromisso de não aparecer em trajes da concorrência. O item seis da cláusula oito do contrato diz que "membros do clube, incluindo o presidente, os diretores do clube, os gerentes jurídicos, de marketing, de futebol e a comissão técnica não usarão ou vestirão quaisquer produtos de um concorrente quando estiverem no exercício das suas funções oficiais". A multa para esse tipo de infração é de R$ 25 mil, mas não leva à rescisão contratual.

A Adidas se compromete ainda a indicar um gerente global de marketing dedicado a gerenciar a comercialização, as comunicações e a ativação do clube e dos negócios da Adidas a ele relacionados. A empresa destaca no contrato que o clube "deverá ser capaz de se beneficiar da grande rede de relações que a Adidas mantém com as entidades regulatórias do futebol, ligas, clubes, agências e marcas globais no que diz respeito ao enriquecimento e desenvolvimento" da instituição como clube de futebol ou como marca.

Pelo status do patrocínio, a Adidas se obriga ainda a produzir pelo menos 50 produtos licenciados diferentes em cinco categorias: vestimenta para jogo, para treino, tradicionais e de passeio, acessórios e hardware. Os produtos serão expostos em 1.500 lojas pelo mundo, 600 delas obrigatoriamente nos maiores mercados de futebol, descritos no contrato. A empresa ainda se compromete a criar mercado eletrônico dentro do seu site em todos os mercados habilitados para transações dessa natureza, que incluem outros países como Nova Zelândia e Coreia do Sul.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/12/contrato-com-fornecedora-da-ao-fla-acesso-ct-europeu-e-tecnologia.html

PREFEITO DO RIO FOMENTOU A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E O PROCESSO GANHOU MOTO PRÓPRIO!


1. Este Ex-Blog tem lembrado que a Constituição Federal de 1988 ampliou muito o poder dos legislativos municipais. Entre as novas atribuições, está legislar –inclusive com iniciativa de lei- em matéria urbanística. Isso passou a exigir de todos uma atenção muito maior, dado os valores urbanos e financeiros envolvidos nas mudanças de legislação.
    
2. A Câmara Municipal do Rio aprovou, em 2005, uma lei mudando o padrão urbanístico da APA-Marapendi para autorizar construções. Ficou conhecido como o caso do ‘Leão’, (referência à propriedade da área). O prefeito anterior vetou. A Câmara derrubou o veto e pressionou. O prefeito manteve a decisão e recorreu. Quando o assunto foi para Brasília, o atual prefeito aceitou a opinião do relator no STF e deu o caso por encerrado, sem recorrer ao plenário, onde a vitória da prefeitura era considerada tranquila.
    
3. Prevaleceu a lei de um grupo de Vereadores. E a prefeitura, se apoiando nessa lei, autorizou hotel, etc. Da mesma forma, já tinha feito em 2009 com o PEU de Vargens (enorme área frontal ao Recreio dos Bandeirantes do lado das lagoas internas). Os Vereadores se encarregaram das emendas combinadas com o prefeito. E se aprovou uma orgia urbana, incluindo construção nos “lotes molhados”, ou seja, em áreas das lagoas.
    
4. Agora, o prefeito encaminhou projeto de lei flexibilizando ocupação, justificando com o campo de golfe e ofereceu contrapartidas amplas e “generosas” de gabaritos na Barra dentro e no entorno do Parque Olímpico. Calcula-se que o valor deste projeto de lei alcança uns 4 bilhões de reais.
    
5. Como era esperado, depois de criado por iniciativa do prefeito, o clube da especulação imobiliária (prefeito e vereadores), vereadores emendaram o “generoso” projeto de lei, tornando-o ainda mais “generoso”. E dizem que próceres do executivo concordaram. A imprensa calculou em mais 4 bilhões de reais essa “generosidade”. Mas essas emendas –segundo se diz- estavam fora do script e o prefeito saiu gritando, se dizendo surpreendido: veto e arrebento.
    
6. O hábito faz o monge. Se nas leis citadas, na taxa de iluminação, etc., sistematicamente, os Vereadores foram usados, tendo a iniciativa do desgaste, justificados para os pleitos “olímpicos” do executivo, por que agora não, dizem alguns? Nesse sentido, falta autoridade ao prefeito –promotor de tantas iniciativas especulativas- para falar de especulação imobiliária, como se fosse apenas um jogo dos Vereadores.
   
7. Foi um jogo duplo nesses 4 anos. O prefeito parou de jogar “paciência” e optou por “biriba”. Bem, agora se espera os vetos e que os Vereadores tenham mais de um terço ou 18 para mantê-lo. Uma nova legislatura. Aguardemos.

Fonte: Ex-Blog do Cesar Maia

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Neymar fatura R$ 60 milhões em 2012 e arrecada mais do que o Botafogo, diz jornal


O atacante santista Neymar faturou somente no ano de 2012 aproximadamente R$ 60 milhões entre salários, ações de marketing, patrocínios eventos corporativos e licenciamentos, diz matéria desta quarta-feira do jornal “Diário de São Paulo”.

“Ainda não temos todos os relatórios fechados, portanto ainda falta um número ou outro a ser computado, mas a receita total do Neymar em 2012 vai bater na casa dos R$ 60 milhões mesmo”, disse um integrante da diretoria santista.

Segundo a publicação, o grosso dos números do jogador vem de salários. São R$ 40 milhões anuais pelo contrato com o time da Baixada, aproximadamente R$ 3 mi por mês.

“Também existem muitos patrocinadores pontuais que o contratam para ocasiões escíficas”, disse o membro do estafe santista.

Neymar é patrocinado atualmente por Nike, Volkswagen, Panasonic, Red Bull, Tenys Pé Baruel, Lupo, Ambev, Claro, Unilever, Banco Santander e Baterias Heliar.

Para se ter uma ideia, o valor arrecadado de R$ 60 milhões por ano o colocaria, numa comparação com clubes, como o 13º time que mais arrecadou dinheiro. À frente de times como Botafogo, Vitória e Portuguesa.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2012/12/26/neymar-fatura-r-60-milhoes-em-2012-e-arrecada-mais-do-que-o-botafogo-diz-jornal.htm

Flamengo acerta com primeiro patrocinador para 2013


por: Breno Boechat

A nova diretoria do Flamengo acertou nos últimos dias com o primeiro patrocinador para a próxima temporada. A empresa de combustíveis Ale vai pagar R$ 15 milhões para estampar a sua marca na camisa rubro-negra durante um ano. O acordo deve ser anunciado oficialmente no próximo dia 27, quando o novo presidente, Eduardo Bandeira de Mello, vai tomar posse.

A nova cúpula de marketing do clube – liderada por Luiz Eduardo Baptista, futuro vice presidente do departamento, e João Henrique Areias, que vai ocupar o cargo de diretor executivo de marketing – ainda negocia com duas outras empresas. A ideia dos dirigentes é conseguir mais dois patrocínios, cada um com o mesmo valor para fazer uma espécie de rotação nos espaços publicitários da camisa (peito, ombros e manga).

- Essa ideia de rotatividade surgiu das próprias empresas. É difícil conseguir que uma única empresa alcance o valor que se cobrava para patrocínio master (peito). Então, surgiu a ideia de três empresas pagarem o mesmo valor e cada uma ficar em cada espaço por quatro meses – disse João Henrique Areias, novo diretor executivo de marketing.

Se conseguir fechar outros dois acordos, a diretoria rubro-negra espera arrecadar aproximadamente R$ 45 milhões no total, o que seria a maior quantia de patrocínio da história do clube. A Ale, primeira empresa a acertar com o Flamengo, já patrocinou o time em 2009. Naquele ano, a equipe conquistou o Campeonato Brasileiro.

Fonte: http://www.mancheteonline.com.br/flamengo-acerta-com-primeiro-patrocinador-para-2013

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Fluminense planeja criar embaixadas tricolores pelo mundo em 2013


O Fluminense planeja pintar o mundo de verde, branco e grená. O clube trabalha para estabelecer embaixadas tricolores ao redor do mundo, já em 2013. A ação faz parte de uma das prioridades para o ano que vem: a internacionalização da marca.

– É uma meta nossa criar embaixadas pelo mundo. Todo o esforço está sendo feito para termos no ano que vem pelo menos uma embaixada inaugurada – disse o vice-presidente de Relações Institucionais do Fluminense, Alexey Dantas, ao L!Net.

O projeto ainda está em fase embrionária, até porque os departamentos envolvidos estudam como conseguir condições de investimento e parcerias para viabilizá-lo. Uma alternativa seria utilizar torcedores espalhados pelo planeta como pontos locais de referência.

Criar embaixadas é apenas uma das ações para a internacionalização da marca. A excursão que deverá ocorrer em junho, nos Estados Unidos, e a firmação de mais convênios são outras medidas previstas para 2013. Hoje, o Tricolor possui algum tipo de laço com oito clubes (um argentino, um croata e seis chineses).

A construção desses vínculos e a expansão da marca estão relacionadas com a melhora da imagem do Fluminense. De um lado, o futebol conquistou resultados expressivos nos últimos anos. Do outro, o clube tomou iniciativas que geraram mídia positiva, como por exemplo a reforma da sala de troféus, a criação do bar temático, a volta ao Ato Trabalhista, participação em eventos internacionais e ações sociais.

Por conta disso tudo, o Fluminense tem sido procurado, sejam por empresas especializadas em captação de novos mercados ou outros clubes de fora. A marca está em alta.

Principais alvos são China e EUA

O Fluminense tem grande interesse em expandir o reconhecimento da marca nos mercados chinês e norte-americano. Os dois são vistos como os de maiores potenciais a serem explorados.

– O futebol norte-americano ainda é incipiente se comparado ao brasileiro. É muito promissor. E a China é uma porta de entrada gigante para o mercado asiático – comentou Alexey Dantas.

Em 2012, o Fluminense recebeu nas Laranjeiras diversas visitas de delegações de empresas chinesas. Em setembro, participou da Cismef (Feira Internacional das Pequenas e Médias Empresas da China) – foi o único clube de futebol do mundo no evento. Além disso, é a única instituição do tipo associada à Câmara de Comércio Brasil-China. Mas questões de logística, como fuso-horário, têm atrapalhado as tratativas.

Apesar do foco mais voltado para China e Estados Unidos, o Fluminense não descartou a entrada em outros mercados. Por já ter futebol e área de negócios do esporte mais desenvolvidos, a Europa ficou num plano um pouco mais distante.

Mas o caso da América do Sul é diferente. O Fluminense pretende estabelecer novos convênios com clubes do continente, principalmente para explorar o sócio-futebol.

Ações relacionadas à Libertadores

Para se tornar ainda mais conhecido na América do Sul, o Fluminense irá aproveitar o embalo da disputa da próxima Copa Libertadores. O clube irá expandir as ações de marketing de cunho internacional que deram certo nos últimos anos, como a agência de viagens “Vou Ver ou Flu” e o evento itinerante “Tricolor em Toda Terra”.

Outra medida será desenvolver os encontros promovidos com delegações e representantes de outros clubes que virão ao Rio de Janeiro para jogar pela Libertadores. No ano passado, o Flu entregou diplomas, trocou presentes e realizou jantares com membros do Arsenal e do Boca Juniors, ambos da Argentina. O objetivo desse tipo de iniciativa é estreitar laços para possibilitar o surgimento de convênios.

Além disso, o Fluminense promete oferecer mais serviços para a categoria sócio-futebol relacionados à competição continental. A meta é acelerar o crescimento do número de afiliados da categoria. Com mais associados, o clube teria uma maior representatividade no mercado, algo importante para negociar novas parcerias.

Bate-Bola - Alexey DantasVice-presidente de Relações Institucionais do Fluminense, ao L!Net

Porque o interesse em colocar o Fluminense no mercado chinês?Temos de buscar novos mercados e a China hoje é um mercado em franca expansão, tem a questão dos BRICS. Hoje, o país é um grande parceiro do Brasil e lá o nosso futebol ainda é visto como grande referência e com reverência.

Como a marca Fluminense é vista hoje internacionalmente?A percepção do Fluminense hoje, de cinco anos para cá, é de que ele é conhecido por pessoas que gostam de futebol em todo o mundo.

O clube pretende fazer algo de diferente para tricolores que vivem atualmente no exterior?Isso ainda está sendo analisado. Mas é preciso deixar claro que a associação ao clube pode ser feita por qualquer tricolor, em qualquer lugar do mundo. Vantagens estão sendo estudadas, tudo para aumentar nossa gama de associados.

Há parceiros estrangeiros?Por questões logísticas, tributárias, isso está sendo estudado, mas ainda não temos. Mas isso não está descartado, principalmente em termos de comércio pela internet.

Fonte: http://esportes.opovo.com.br/app/esportes/clubes/fluminense/2012/12/24/noticiasfluminense,2486266/fluminense-planeja-criar-embaixadas-tricolores-pelo-mundo-em-2013.shtml

Conselho não proíbe, mas exige explicações para Palmeiras contratar


Foi repassado a Gilson Kleina que o Palmeiras só contratou o goleiro Fernando Prass, ex-Vasco, e o lateral direito Ayrton, ex-Coritiba, até agora porque o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do clube estaria vetando a chegada de reforços até as eleições presidenciais, no dia 21. O presidente do órgão, porém, nega qualquer proibição. Alega só exigir explicações para qualquer dinheiro gasto.
“A única solicitação, visando somente os interesses e o bem da Sociedade Esportiva Palmeiras, é que sejam apresentadas, nas futuras contratações, os valores e recursos financeiros necessários para viabilização econômica envolvendo a negociação de qualquer profissional que venha fazer parte do quadro do departamento de futebol”, disse Alberto Strufaldi Neto, presidente do COF, em nota oficial.
A medida é uma maneira de fazer Arnaldo Tirone controlar seus gastos, já que o presidente, que iniciou sua gestão em janeiro de 2011 prometendo controlar melhor a parte financeira do clube, aumentou demais as dívidas do Verdão. Além disso, na busca por uma reeleição, o presidente poderia apelar para contratações caras como compensação ao rebaixamento no Brasileiro.
“O COF esclarece que em nenhum momento vai proibir qualquer tipo de contratação feita pela presidência e departamento de futebol”, prosseguiu Alberto Strufaldi Neto. “O COF também deixa claro que sempre trabalhou de maneira isenta e jamais interferiu ou impugnou qualquer contratação feita pelo departamento de futebol ao longo das últimas gestões, visando preservar sempre a saúde financeira do clube.”
De qualquer forma, o alerta dado pelo COF em reunião realizada na última terça-feira deve fazer com que nenhum novo nome seja anunciado para a equipe, ao menos, até o fim do ano. Tirone já avisou aos conselheiros que não contratará mais ninguém, embora tenha feito uma proposta oficial a Riquelme e mantenha negociações com o volante Rodrigo Souto.
A apreensão para 2013 é grande. Do elenco do rebaixamento no Brasileiro, 20 jogadores foram dispensados. Além de Prass e Ayrton, as novidades na reapresentação no dia 3 serão só atletas que voltam de empréstimo de outros clubes e foram pedidos por Kleina, como os volantes Wendel, que estava na Ponte Preta, e Souza, ex-Náutico. Mas Marcos Assunção, por exemplo, não teve seu contrato renovado ainda, e seguem as conversas para assegurar a continuidade de Barcos no clube.

Confira a íntegra da nota oficial do COF do Palmeiras:
”Em relação à última reunião que aconteceu no dia 18 deste mês, o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras esclarece que em nenhum momento vai proibir qualquer tipo de contratação feita pela presidência e departamento de futebol, conforme foi noticiado em alguns meios de comunicação.
A única solicitação, visando somente os interesses e o bem da Sociedade Esportiva Palmeiras, é que sejam apresentadas, nas futuras contratações, os valores e recursos financeiros necessários para viabilização econômica envolvendo a negociação de qualquer profissional que venha fazer parte do quadro do departamento de futebol. Tal medida foi apoiada pelos três poderes do clube, a Diretoria Executiva, o Conselho Deliberativo (CD) e o próprio Conselho de Orientação e Fiscalização (COF).
O COF também deixa claro que sempre trabalhou de maneira isenta e jamais interferiu ou impugnou qualquer contratação feita pelo departamento de futebol ao longo das últimas gestões, visando preservar sempre a saúde financeira do clube.
Alberto Strufaldi Neto
Presidente do Conselho de Orientação e Fiscalização”

Fonte: http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/12/palmeiras/conselho-nao-proibe-mas-exige-explicacoes-para-palmeiras-contratar.html

Pacote Olímpico: Paes diz que prefere atrasar Olimpíada a colaborar com especulação imobiliária


Prefeito afirmou neste sábado que os vereadores não sabiam o que estavam fazendo quando aprovaram emendas

Por Waleska Soares

RIO - O prefeito Eduardo Paes disse na manhã deste sábado, ao inaugurar mais uma estação do BRT Transoeste, que prefere atrasar a Olimpíada a colaborar com a especulação imobiliária na área do Parque Olímpico, do autódromo e do entorno do campo de golfe. Paes afirmou que vai pedir a Câmara de Vereadores para apoiar seu veto integral das alterações no Pacote Olímpico, que valorizam as áreas particulares na região. Segundo ele, os vereadores não sabiam o que estavam sabendo quando aprovaram as mudanças.
— Na próxima legislatura haverá a votação do veto. Tenho convicção que nem os vereadores sabiam o que estavam fazendo. Alguém deve ter dito alguma coisa e não imaginava aquele resultado. Tenho confiança que os vereadores vão manter o veto do prefeito para não termos o projeto olímpico comprometido. Entre ter a olimpíada atrasada e ficarmos com a fama de estar alimentando a especulação imobiliária, fico com a olimpíada atrasada. Vou para o radicalismo. Cancelo todos os contratos e vamos repensar tudo de novo — disse ele.
Propostas valorizam em mais de 4 bilhões propriedades na região
As propostas de alterações no pacote, apresentadas minutos antes de o projeto ser votado em sessão tumultuada, no apagar das luzes da atual legislatura, valorizaram em mais de R$ 4 bilhões as propriedades de empresários vizinhos ao Parque Olímpico e ao campo de golfe, segundo estimativas do mercado imobiliário. Entre outras alterações, os vereadores ampliaram em mais de 560 mil metros quadrados os limites da área total que pode ser construída. Contrário ao projeto, Eliomar Coelho (PSOL) foi irônico ao discursar no plenário, insinuando que o apoio foi em troca de benefícios financeiros:
— Isto aqui é uma imoralidade. Essas emendas são contrabandos colocados por quem entende do assunto. E não colocou porque é bonito. A contrapartida a gente sabe qual é. Daqui a pouco a gente vai ouvir pelos corredores: que bom peru de Natal os vereadores ganharam.
As mudanças no projeto tiveram como porta-voz uma figura conhecida quando se trata de aprovar projetos envolvendo polêmicas urbanísticas: o presidente da Comissão de Justiça e Redação, Jorge Pereira (PT do B). Foi Pereira, por exemplo, quem articulou a mudança da Vila do Pan da Avenida Salvador Allende para a Ayrton Senna e as alterações nas regras do Plano Lúcio Costa para adensar Vargem Grande e parte do Recreio, entre outras. Pereira, que desistiu da reeleição, assumiu o microfone para defender as emendas. O motivo alegado: ajudar a prefeitura a viabilizar as Olimpíadas custa caro. Por isso, segundo ele, os empresários que são parceiros precisam ser ressarcidos.
— Ninguém sequer sabe quem é esse moço que será o dono do campo de golfe de R$ 80 milhões feito por um empresário. Mas vai ser feito um campo de golfe. Eu não estou fazendo defesa do empresariado. Eu estou fazendo defesa da lógica. Se você quer que uma coisa exista e aconteça, ela tem que estar adequada. Depois disso aqui votado, o prefeito que volte aqui, sente, converse, dialogue e ache um meio-termo nesta situação. Não com a emenda que a Câmara fez. A emenda é para provocar mesmo! Pelo menos, tenho esse intuito — disse Jorge Pereira.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/pacote-olimpico-paes-diz-que-prefere-atrasar-olimpiada-colaborar-com-especulacao-imobiliaria-7124163#ixzz2FyJJYtSZ 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Vereador que articulou alterações no projeto do pacote olímpico afirma que empresários devem ser ressarcidos


Jorge Pereira está habituado ao papel de porta-voz das mudanças

Por Luiz Eduardo Magalhães

RIO - As mudanças no projeto do campo de golfe tiveram como porta-voz uma figura conhecida quando se trata de aprovar projetos envolvendo polêmicas urbanísticas: o presidente da Comissão de Justiça e Redação, Jorge Pereira (PT do B). Foi Pereira, por exemplo, quem articulou a mudança da Vila do Pan da Avenida Salvador Allende para a Ayrton Senna e as alterações nas regras do Plano Lúcio Costa para adensar Vargem Grande e parte do Recreio, entre outras. Pereira, que desistiu da reeleição, assumiu o microfone para defender as emendas. O motivo alegado: ajudar a prefeitura a viabilizar as Olimpíadas custa caro. Por isso, segundo ele, os empresários que são parceiros precisam ser ressarcidos.
— Ninguém sequer sabe quem é esse moço que será o dono do campo de golfe de R$ 80 milhões feito por um empresário. Mas vai ser feito um campo de golfe. Eu não estou fazendo defesa do empresariado. Eu estou fazendo defesa da lógica. Se você quer que uma coisa exista e aconteça, ela tem que estar adequada. Depois disso aqui votado, o prefeito que volte aqui, sente, converse, dialogue e ache um meio-termo nesta situação. Não com a emenda que a Câmara fez. A emenda é para provocar mesmo! Pelo menos, tenho esse intuito — disse Jorge Pereira.
As propostas, apresentadas minutos antes de o projeto ser votado em sessão tumultuada, no apagar das luzes da atual legislatura, valorizaram em mais de R$ 4 bilhões as propriedades de empresários vizinhos ao Parque Olímpico e ao campo de golfe, segundo estimativas do mercado imobiliário. Entre outras alterações, os vereadores ampliaram em mais de 560 mil metros quadrados os limites da área total que pode ser construída. Contrário ao projeto, Eliomar Coelho (PSOL) foi irônico ao discursar no plenário, insinuando que o apoio foi em troca de benefícios financeiros:
— Isto aqui é uma imoralidade. Essas emendas são contrabandos colocados por quem entende do assunto. E não colocou porque é bonito. A contrapartida a gente sabe qual é. Daqui a pouco a gente vai ouvir pelos corredores: que bom peru de Natal os vereadores ganharam.
Já Teresa Bergher (PSDB) estuda pedir ao Ministério Público que examine o projeto final, sejam as emendas vetadas ou não por Paes.
Carlinhos Mecânico (PSD), um dos autores das emendas, negou que os colegas tenham sido beneficiados financeiramente para apresentá-las. Mas reconheceu ao término da votação que não sabia exatamente o que tinha aprovado:
— Nosso objetivo é construir um Rio cada vez melhor. Tenho um assessor que é corretor de imóveis e que analisou o impacto do projeto para mim, mas agora não sei explicar. Mas se tiver, será positivo: cada dia mais tem gente nascendo. É preciso que tenham um lugar para morar.
Na sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes decidiu vetar integralmente as emendas ao novo pacote olímpico aprovadas pela Câmara dos Vereadores na noite da última quinta-feira. Os projetos originais do prefeito já criavam incentivos urbanísticos em contrapartida aos investimentos privados. Isso, no entanto, não foi levado em conta pelo grupo de vereadores que propôs as emendas, inclusive da bancada governista.
— Vou vetar tudo. Se a Câmara derrubar os vetos, não haverá negociação, mesmo que haja uma crise institucional. Vou cancelar a parceria público-privada (PPP) que está viabilizando a construção do Parque Olímpico, e vamos procurar outro lugar para o golfe. Nem que isso represente atrasos no projeto olímpico. Não vou autorizar mudanças que atendam a interesses privados que não tenham retorno para a cidade — afirmou o prefeito.
O veto só será examinado em 2013, com a posse dos vereadores eleitos em outubro. A atual legislatura se encerra na próxima quarta-feira com aprovação da redação final do orçamento.
As alterações mais radicais aprovadas pelos vereadores ocorreram no Parque Olímpico. Uma das emendas dos vereadores abre a possibilidade de o consórcio ampliar a área construída em até 500 mil metros quadrados adicionais. Isso equivale a quase 50% do que a legislação atual permite para a área. Nos terrenos no entorno do campo de golfe, o ganho dos empresários com a ampliação do potencial construtivo de 60 mil metros quadrados, chega a cerca de R$ 16 milhões. Além disso, a emenda concedeu isenções eternas de IPTU e ISS para o campo de golfe e autorizou a construção de hotéis com frente para o campo.
A PPP foi contratada para viabilizar o principal Parque Esportivo dos Jogos Olímpicos. Parte das instalações será mantida depois do evento para o projeto coordenado pelo Comitê Olímpico de criar um centro de treinamento para atletas de alto rendimento. O município transferiu ao consórcio Rio Mais a propriedade de 800 mil metros quadrados onde não serão construídos equipamentos esportivos. No local, poderão ser erguidos prédios residenciais e hotéis. Em troca, o consórcio Rio Mais assumiu as obras. A prefeitura se comprometeu a repassar, no prazo de 15 anos, mais de R$ 300 milhões para a conservação do futuro bairro olímpico.

Projeto original já previa benefícios
No pacote olímpico encaminhado ao legislativo em novembro, a prefeitura propunha algumas mudanças na legislação da área do autódromo para ampliar a parceria. As novas regras urbanísticas valorizavam os terrenos para compensar o consórcio pela construção dos prédios do IBC/MPC (centro de transmissão dos jogos) que não estavam previstos no contrato original e cujo custo é estimado em R$ 300 milhões. Ao fim das Olimpíadas, o prédio do IBC/MPC poderia ser ocupado pelo consórcio ou demolido para outros projetos imobiliários. O que os vereadores fizeram foi pegar o potencial construtivo desse terreno (cerca de 500 mil metros quadrados) e transferi-lo para lotes vizinhos. A área do IBC/MPC continuaria com o consórcio.
Caso seja cancelado e não haja tempo de buscar um novo parceiro, o poder público teria que arcar com os custos da urbanização da área. Restaria saber quem pagaria a conta. No dossiê da candidatura às Olimpíadas, essa responsabilidade era da União. Mas a prefeitura, para reduzir os investimentos públicos, propôs a execução das obras em parceria com particulares, que receberam, em troca, áreas remanescentes do autódromo que não fazem parte do legado esportivo olímpico. O município hoje arca com o custo de projetos, enquanto a União é responsável pelas instalações esportivas permanentes e temporárias.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/vereador-que-articulou-alteracoes-no-projeto-do-pacote-olimpico-afirma-que-empresarios-devem-ser-ressarcidos-7122241#ixzz2FnWUncBW 

Emendas ao projeto do pacote olímpico foram aprovadas sem estudo prévio


Especialistas alertam para riscos ambientais e impacto no trânsito

Por Luiz Ernesto Magalhães

RIO - Na avaliação de especialistas, os vereadores da Gaiola de Ouro (antigo apelido dado à Câmara numa referência ao custo para construir o prédio) não mediram o impacto que mudanças urbanísticas das emendas ao projeto do pacote olímpico sem planejamento podem causar na qualidade de vida do carioca. As propostas, apresentadas minutos antes de o projeto ser votado em sessão tumultuada, no apagar das luzes da atual legislatura, valorizaram em mais de R$ 4 bilhões as propriedades de empresários vizinhos ao Parque Olímpico e ao campo de golfe, segundo estimativas do mercado imobiliário. Entre outras alterações, os vereadores ampliaram em mais de 560 mil metros quadrados os limites da área total que pode ser construída.
— Todo projeto urbanístico pode provocar impactos ambientais positivos ou negativos. Se não forem estudadas, as consequências podem demorar a aparecer, mas vão surgir. À medida que as áreas são adensadas, podem surgir, por exemplo, problemas no trânsito e na rede de esgoto, se ela não suportar a carga excessiva. A área do Parque Olímpico, mesmo sem essas mudanças previstas nas emendas, já terá impactos significativos no adensamento da região — diz o conselheiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Luiz Fernando Janot.
As alterações mais radicais aprovadas pelos vereadores ocorreram no Parque Olímpico. Uma das emendas dos vereadores abre a possibilidade de o consórcio ampliar a área construída em até 500 mil metros quadrados adicionais. Isso equivale a quase 50% do que a legislação atual permite para a área. Nos terrenos no entorno do campo de golfe, o ganho dos empresários com a ampliação do potencial construtivo de 60 mil metros quadrados, chega a cerca de R$ 16 milhões. Além disso, a emenda concedeu isenções eternas de IPTU e ISS para o campo de golfe e autorizou a construção de hotéis com frente para o campo.
Para a ex-secretária municipal de Urbanismo Andrea Redondo, todo projeto urbanístico deve pensar a cidade como algo integrado. Ela cita como exemplo o PEU das Vargens, que mudou as regras construtivas em Vargem Grande, Vargem Pequena, parte de Jacarepaguá e do Recreio. O adensamento previsto pode deixar o solo tão impermeável que, no futuro, poderá favorecer enchentes em chuvas fortes.
— Os estragos de decisões erradas podem demorar até 30 anos para ser percebidos. Mas, um dia, eles vão aparecer — disse a ex-secretária.
Um dos exemplos mais recentes do custo do improviso envolveu os preparativos para os Jogos Pan-Americanos de 2007. A ideia inicial era que a Vila dos Atletas fosse construída no terreno da Ilha Pura, na Avenida Salvador Allende. Mas os vereadores mudaram o projeto e o gabarito de um terreno na Avenida Ayrton Senna para permitir a construção dos espigões. Problemas na execução das obras obrigam agora a prefeitura a gastar R$ 30 milhões para recuperar ruas internas que afundaram.
Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores de Botafogo e diretora de Urbanismo da Federação das Associações de Moradores (FAM-Rio), também fez críticas:
— Se o desejo é que as Olimpíadas deixem legado, a cidade tem que parar de ser tratada como mercadoria — disse.
A vereadora Andrea Gouvea Vieira (sem partido) diz que o prefeito também é responsável pelas emendas:
— O governo tem maioria. O impasse surgiu porque vereadores da base não apenas assinaram as emendas, como não concordaram em adiar a votação para tentar um acordo.
Na sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes decidiu vetar integralmente as emendas ao novo pacote olímpico aprovadas pela Câmara dos Vereadores na noite da última quinta-feira. Os projetos originais do prefeito já criavam incentivos urbanísticos em contrapartida aos investimentos privados. Isso, no entanto, não foi levado em conta pelo grupo de vereadores que propôs as emendas, inclusive da bancada governista.
— Vou vetar tudo. Se a Câmara derrubar os vetos, não haverá negociação, mesmo que haja uma crise institucional. Vou cancelar a parceria público-privada (PPP) que está viabilizando a construção do Parque Olímpico, e vamos procurar outro lugar para o golfe. Nem que isso represente atrasos no projeto olímpico. Não vou autorizar mudanças que atendam a interesses privados que não tenham retorno para a cidade — afirmou o prefeito.
O veto só será examinado em 2013, com a posse dos vereadores eleitos em outubro. A atual legislatura se encerra na próxima quarta-feira com aprovação da redação final do orçamento.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/emendas-ao-projeto-do-pacote-olimpico-foram-aprovadas-sem-estudo-previo-7122299#ixzz2FnUd1Q37 

Parceria entre Fla e fornecedora prevê rescisão ou multa por vexames


Ausência na Sul-Americana ou descenso para Série B acarretam multa, enquanto queda para Série C causa rescisão. Conheça as cláusulas

Por Vicente Seda

O contrato de parceria assinado entre Adidas e Flamengo na última quinta-feira traz um aporte de receitas à Gávea de fazer inveja aos rivais. Porém, a contrapartida também é digna de um clube agora incluído entre as marcas classe A da empresa alemã, no mesmo status de Real Madrid, Chelsea, Bayern de Munique e Milan. Quedas para a Série B e não classificações para a Copa Sul-Americana, por exemplo, acarretam multas que podem chegar a 50% dos pagamentos a serem feitos pela empresa. Já um rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro implica a rescisão do contrato, ao qual o GLOBOESPORTE.COM teve acesso.

Em relação ao desempenho esportivo, estão estabelecidas premiações por títulos em uma escala de metas. Com desempenho excelente, que significa dois títulos do Brasileiro da Série A e um título da Libertadores, o clube tem reajuste nos valores e gorda premiação pelas conquistas. Contudo, um desempenho pífio também será "premiado".

Se o clube for expulso ou suspenso da CBF ou Conmebol, a Adidas pode reduzir em 50% o pagamento. Caso o Flamengo não se classifique para a Copa Sul-Americana em qualquer ano do contrato, multa de 10%, e, se isso se repetir por dois anos seguidos, o percentual sobe para 25% no segundo ano. A mesma lógica vale para rebaixamento para a Série B do Brasileiro: no primeiro ano, a multa é de 15% e, se a situação se repetir na temporada seguinte, a mordida passa a 50% do valor a ser pago pela Adidas no determinado ano. Confira no fim desta reportagem a íntegra das cláusulas que tratam do tema.

Em caso de violação pelo clube do contrato que acarrete rescisão com a fornecedora, o Rubro-Negro deverá pagar todas as receitas previstas, incluindo danos e custos como honorários advocatícios. Essas receitas englobam pagamento anual, mínimo garantido, royalties e produtos a serem fornecidos em todo o período de contrato. O pagamento deve acontecer 30 dias após a Adidas informar o montante devido acompanhado de seu discriminativo. Se o contrato for rescindido em função de o clube disputar a Série C do Brasileiro, o clube ficará livre de pagamento. A responsabilidade máxima das partes no caso de rescisão é limitada a R$ 100 milhões.

Há diversos outros itens que podem acarretar a rescisão imediata da parceria. Uma das cláusulas diz que o Flamengo "não deverá tomar ou se omitir a tomar qualquer atitude ou se envolver em uma situação que causará ao clube e/ou qualquer um dos seus membros descrédito público, desprezo, escândalo, ou ridículo, ofenderá a opinião pública, ou causará danos ou refletirá desfavoravelmente sobre a reputação da Adidas". Durante a gestão Patrícia Amorim, o clube viveu problemas dessa natureza em relação a Adriano e Ronaldinho Gaúcho, que entrou com ação por danos morais contra o clube.

A Adidas também tem o direito de rescindir, apesar de poder optar por redução de pagamento, "se o clube não participar, por expulsão ou suspensão (ficando excluída a não participação por não qualificação), em reconhecida competição CBF, Fifa ou Conmebol, nacional e internacional, a qualquer momento durante o contrato". A empresa alemã se resguarda também quanto à utilização de produtos de outras marcas. Se qualquer membro do clube for flagrado usando produtos de concorrente, a multa é de R$ 25 mil.

Caso a empresa atrase a entrega de qualquer pedido de produtos Adidas e do clube com a marca da fornecedora, o clube deverá notificar por correio eletrônico com aviso de recebimento ou por carta com AR, para que a entrega do pedido ocorra em até 60 dias. Caso o prazo não seja cumprido, o clube poderá rescindir o contrato através de notificação escrita com efeito imediato. Uma diferença de 10% entre o pedido e a entrega efetiva não provocará rescisão, sendo certo que o clube poderá cobrar os 10% que faltaram, como reza o contrato.

O Flamengo só poderá buscar novos fornecedores de material e negociar outro contrato 12 meses antes do fim da parceria. Havendo oferta de terceiros, o clube é obrigado a comunicar a Adidas, que tem 30 dias para igualar ou não aceitar os termos-chave da oferta de terceiros. Cobrindo ou igualando a oferta, a Adidas terá o direito de exigir que o Flamengo inicie imediatamente procedimentos que possibilitarão a assinatura de um novo contrato com a empresa alemã. Na hipótese de rescisão antecipada de contrato, o clube será obrigado a pagar uma proporção pró-rata de taxa de início de parceria, em razão de uma parceria de dez anos.

O valor mínimo da parceria do primeiro ao quinto ano de contrato é de R$ 30,3 milhões (resultado da soma do mínimo de royalties, R$ 8 milhões, teto de material fornecido, R$ 9,8 milhões, e pagamento fixo anual em dinheiro de R$ 12,5 milhões). Somadas a taxa de início de parceria (R$ 38 milhões), e a verba de ações de marketing da Adidas (R$ 1,5 milhão), chega-se a R$ 35,6 milhões por ano, número que passa a R$ 40,6 milhões (fixo anual em dinheiro aumenta para R$ 17,5 milhões) do sexto ao décimo ano de contrato (não incluída a correção monetária) e pode crescer ainda mais dependendo do sucesso de vendas de produtos, uma das alterações obtidas pela nova diretoria do clube.

Além da taxa de início de parceria, de R$ 38 milhões, a Adidas deve antecipar mais R$ 20 milhões ao Flamengo, acordo que foi feito às vésperas da aprovação no Conselho Deliberativo por conta de uma investida da rival americana Nike, ex-fornecedora do clube que deu lugar à Olympikus. Essa antecipação, contudo, não consta no contrato que foi enviado para análise dos conselheiros.

Os alemães ainda ressaltam em contrato que, após uma eventual rescisão, o clube tem de ser respeitoso com a empresa na nota oficial para noticiar e justificar o fim da parceria. O contrato entre Flamengo e Adidas se encerrará em 30 de abril de 2023.
Cláusulas do contrato:
13.1 - Caso o clube não participe da(s) competição(ões) nacional(is) de mais alto nível (atualmente Campeonato Brasileiro da Série A e/ou Copa Sul-Americana), por motivo de expulsão ou suspensão, e se o clube for suspenso ou expulso da CBF ou Conmebol durante o período do contrato, a Adidas poderá, a seu critério, reduzir o pagamento anual e o mínimo garantido em 50% para cada ano de contrato que perdurar esta situação. O clube deverá a voltar a receber o montante no nível anterior quando voltar a participar da competição respectiva de mais alto nível.
13.2 - Se o clube não jogar a Copa Sul-Americana em qualquer ano de contrato, por motivo de não qualificação devido ao desempenho, durante o período do contrato, a Adidas poderá, a seu exclusivo critério, reduzir o pagamento anual e o mínimo garantido ao clube em 10%, a começar com a primeira parcela do pagamento anual devido no ano de contrato imediatamente subsequente a tal falha em se qualificar na forma acima mencionada. Caso o clube não consiga qualificação por igual motivo para a Copa Sul-Americana a partir do segundo ano consecutivo, a redução, a exclusivo critério da Adidas, será de 25% do pagamento anual e do mínimo garantido, a começar com a primeira parcela do pagamento anual devido no ano de contrato imediatamente subsequente a tal falha em se qualificar na forma acima mencionada.
13.3 - Se o clube não jogar o Campeonato Brasileiro da Série A em qualquer ano de contrato, por motivo de não qualificação devido ao desempenho, durante o período de contrato, a Adidas poderá, a seu exclusivo critério, reduzir em 15% o pagamento anual e o mínimo garantido, a começar com a primeira parcela do pagamento anual devido no ano de contrato imediatamente subsequente a tal falha em se qualificar na forma acima mencionada. Caso o clube não consiga qualificação por igual motivo para a partir do segundo ano consecutivo para o Campeonato Brasileiro da Série A, a redução será de 50% do pagamento anual e do mínimo garantido, a começar com a primeira parcela do pagamento anual devido no ano de contrato imediatamente subsequente a tal falha em se qualificar na forma acima mencionada.
13.5 - Caso ocorram simultaneamente as hipóteses previstas nas cláusulas 13.1 e/ou 13.2 e/ou 13.3 em um mesmo ano de contrato, as partes acordam que a redução máxima do pagamento anual e do mínimo garantido será limitada ao percentual de 50%.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/12/parceria-entre-fla-e-fornecedora-preve-rescisao-ou-multa-por-vexames.html

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

'Inspirado' em Londres, Rio pode ter ingresso de saltos ornamentais mais caro que futebol e vôlei


Por Thiago Arantes

Uma Olimpíada no Brasil em que a final dos saltos ornamentais custará o dobro da decisão do ouro no futebol ou do vôlei. É estranho, parece impossível, mas é isso que mostra o primeiro orçamento do Comitê Organizador do Rio 2016. O documento só será tornado público em julho de 2013, mas a reportagem do ESPN.com.br teve acesso aos dados com exclusividade. 

Entre várias outras definições orçamentárias, há no documento uma tabela com os preços de ingressos das modalidades olímpicas. Acontece que os preços apresentados mostram uma semelhança muito grande com os praticados nos Jogos Olímpicos de Londres, o que provoca uma série de distorções. 

Caso os preços deste primeiro orçamento sejam mantidos, a entrada mais cara para a final dos saltos ornamentais, esporte em que o Brasil jamais conquistou uma medalha, custaria R$ 1350, mais que o dobro de um ingresso do mesmo tipo para a decisão do vôlei ou do futebol, ambos cotados em R$ 555.

Ainda pela planilha do primeiro orçamento, um ingresso para o ciclismo de pista – outra modalidade pouco popular entre os brasileiros – custaria R$ 975, quase três vezes o preço das disputas do judô e do handebol, esporte mais praticado nas escolas do país, que seriam vendidos por R$ 375. 

Os preços, que refletem pouco da realidade do esporte brasileiro, nada mais são do que uma conversão dos que foram praticados em Londres. Na Olimpíada londrina, esportes como ciclismo, saltos ornamentais, boxe e hipismo tinham preços mais altos por terem tradição entre os britânicos e envolveram representantes do país-sede com chances de medalha.

Em Pequim, por exemplo, esportes como o basquete – do astro Yao Ming – vôlei, tênis de mesa e badminton estavam entre aqueles com os ingressos mais caros. A precificação costuma atender às demandas e tradições dos países-sede.

No caso do Rio-2016, esta análise ainda não foi feita, segundo o texto do orçamento obtido pelo ESPN.com.br. Diz o documento que “a pesquisa de mercado local, que avaliará o preço e demanda por ingressos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil e apoiará a estratégia do Programa de Venda de Ingressos, não foi contemplada neste exercício”. 

Golfe e rúgbi, esportes que voltam ao programa olímpico exatamente no Rio, não tiveram seus preços inclusos na lista, o que dá outro indício de que os Jogos de Londres serviram como “inspiração”. No texto do orçamento, não há qualquer citação à capital inglesa como parâmetro para a definição dos preços das entradas. 

Cerimônias salgadas – De acordo com a planilha de preços que consta do primeiro orçamento do Rio-2016, o ingresso de preço mais alto nos Jogos será o da Cerimônia de Abertura – o setor mais caro custará R$ 6036; o mais barato, R$ 60. O encerramento terá preços entre R$ 60 e R$ 4500. 

Dentre as modalidades, o atletismo tem o preço mais alto da planilha, com R$ 2175 por um dia de atividades. A natação custará, se mantidos os valores do primeiro orçamento, R$ 1350 diariamente. Na outra ponta, a Marcha Atlética terá preços entre R$ 60 e R$ 90. 

O primeiro orçamento do Comitê Organizador do Rio-2016 foi revelado com exclusividade pelo ESPN.com.br na quarta-feira. Os gastos previstos no documento – que não incluem a construção de arenas – são de R$ 9,4 bilhões, um aumento de 68% com relação à primeira projeção, feita ainda no período de candidatura da cidade. No período, a inflação foi de 25% pelo IGPM.

Além do estouro orçamentário, que só deve ser revelado oficialmente quando o documento vier a público, em julho, 2013 marcará ainda a entrada de dinheiro público no orçamento do comitê. Até os Jogos Olímpicos, a primeira previsão é de um aporte de R$ 1,7 bilhão.


VEJA ABAIXO A TABELA COM PREÇOS DOS INGRESSOS PARA OS JOGOS DE 2016



Fonte: http://espn.estadao.com.br/noticia/300027_inspirado-em-londres-rio-pode-ter-ingresso-de-saltos-ornamentais-mais-caro-que-futebol-e-volei

Prefeito vetará isenção de impostos de campo de golfe em Marapendi


Projeto original ganhou emendas prevendo isenção de IPTU.
Parque Olímpico diz que projeto original da prefeitura é satisfatório.

Por Lilian Quaino

O prefeito Eduardo Paes anunciou nesta sexta-feira (21) que vai vetar a isenção de impostos municipais do campo de golfe que será criado na reserva de Marapendi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, projeto que foi aprovado na noite de quinta (2) pela Câmara dos Vereadores.
O projeto de criação de um campo de golfe na reserva é da própria prefeitura, para atender aos Jogos Olímpicos de 2016. Aprovado em primeira discussão, o projeto ganhou duas emendas, de grupos de vereadorres, apresentadas durante a sessão da segunda votação, na noite de quinta. Uma das emendas isenta o campo de golfe de todos os impostos municipais, IPTU entre eles; a outra, aumenta a área a ser destinada a projetos imobiliários, incluindo um hotel. O projeto com as emendas foi aprovado por 30 votos a dez.
Os vereadores receberam as emendas com surpresa.
"Esse projeto existe há meses, houve tempo suficiente para apresentarem emendas, mas fizeram no apagar das luzes para não dar tempo de serem discutidas e entendidas pela sociedade", disse a vereadora Andrea Gouvêa Vieira, sem partido.
O próprio vereador Guaraná (PMDB), do partido do prefeito, antecipou na sessão que as emendas seriam vetadas pelo prefeito, pois atenderiam mais aos interesses da iniciativa privada do que da comunidade.
Na tarde desta sexta, a Concessionária Rio Mais, que administra o Parque Olímpico, informou que não necessita e não fará uso das situações que constam nas emendas aprovas - isenção de impostos e aumento de área imobiliária. Esta é a íntegra da nota assinada por Leandro Azevedo, conselheiro da Concessionária Rio Mais:
"A Concessionária Rio Mais reitera seu total compromisso com o sucesso do projeto olímpico da Cidade do Rio de Janeiro e, em particular, com a sua participação no contrato de concessão assinado com a Prefeitura do Rio para a construção do Parque Olímpico. Os novos parâmetros urbanísticos definidos no texto original do PLC no.113/2012, encaminhado pelo Poder Executivo Municipal, são absolutamente suficientes para a execução deste importante equipamento olímpico e de todos os demais que constam do contrato. A concessionária não necessita e não fará uso de quaisquer outros parâmetros constantes das emendas aprovadas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro no dia de ontem", diz a nota de Azevedo.

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/12/prefeito-vetara-isencao-de-impostos-de-campo-de-golfe-em-marapendi.html

Paes decide vetar integralmente alterações no pacote olímpico


Decisão foi tomada após aprovação pela Câmara dos Vereadores de emendas que valorizaram as áreas particulares do Parque Olímpico do Autódromo e o entorno do campo de golfe

Por Luiz Ernesto Magalhães

RIO - O prefeito Eduardo Paes disse, na tarde desta sexta-feira, que não aceitará alterações no pacote olímpico que encaminhou à Câmara dos Vereadores e foi aprovado com emendas no fim da note de quinta-feira fixando novos parâmetros urbanísticos. As emendas valorizaram as áreas particulares do Parque Olímpico do Autódromo e o entorno do campo de golfe.
— Vou vetar tudo o que foi mudado. Se a Câmara dos Vereadores derrubar os vetos, não haverá negociação mesmo que haja uma crise institucional. Vou cancelar a Parceria Público Privada (PPP) que está viabilizando a construção do Parque Olímpico e vamos procurar outro lugar para o campo de golfe olímpico. Mesmo que isso represente atrasos no projeto olímpico não vou autorizar mudanças que atendam a interesses privados sem que haja retorno para a cidade — disse Paes.
O veto só será examinado em 2013, com a posse dos vereadores eleitos em outubro. A atual legislatura se encerra na quarta-feira, com aprovação da redação final do Orçamento.
As alterações mais radicais aprovadas pelos vereadores ocorreram no Parque Olímpico. Uma das emendas dos vereadores abre a possibilidade de o consórcio ampliar a área construída em até 500 mil metros quadrados adicionais. Isso equivale a quase 50% do que a legislação atual permite para a área. No apagar das luzes da atual legislatura, os vereadores teriam, com a mudança, valorizado os terrenos em R$ 4 bilhões sem qualquer contrapartida, de acordo com fontes do mercado imobiliário. Nos terrenos no entorno do campo de golfe, o ganho dos empresários é menor: chega a cerca de R$ 16 milhões.
O prefeito lembrou que uma situação semelhante envolvendo os vereadores aconteceu nos preparativos para os Jogos Pan-Americanos e acabou trazendo prejuízos para a cidade. Originalmente, a Vila do Pan seria construída na Ilha Pura, no mesmo terreno onde hoje está sendo erguido a futura Vila Olímpica. A Câmara dos Vereadores, no entanto, decidiu mudar a localização da vila para a Avenida Ayrton Senna, determinando, no processo, a elevação do gabarito original que era de apenas três andares para permitir espigões. Na época, a mudança valorizou a área em cerca de R$ 100 milhões, segundo estimava o ex-prefeito Cesar Maia.
— O Rio não terá um novo episódio como o da Vila do Pan — disse o prefeito.
Em nota, Leandro Azevedo, conselheiro da Concessionária Rio Mais, afirma que "não necessita e não fará uso de quaisquer outros parâmetros constantes das emendas aprovadas na Câmara Municipal do Rio". Segundo ele, "os novos parâmetros urbanísticos definidos no texto original do PLC no.113/2012, encaminhado pelo Poder Executivo Municipal, são absolutamente suficientes para a execução deste importante equipamento olímpico e de todos os demais que constam do contrato".
A RJZCyrela também divulgou uma nota em que afirma que "reitera seu total compromisso com o sucesso do projeto olímpico da Cidade do Rio de Janeiro e, em particular, com a sua participação na construção do Golfe Olímpico". A assim como a Rio Mais, a construtora afirma que "não necessita e não fará uso de quaisquer parâmetros constantes das emendas aprovadas na Câmara Municipal do Rio de Janeiro" na quinta-feira".
"Em relação ao compromisso assumido de construção do Golfe, os novos parâmetros urbanísticos definidos no texto original do PLC no.113/2012, encaminhado pelo Poder Executivo Municipal, são absolutamente suficientes para a execução deste importante equipamento olímpico e de todos os demais que constam do contrato", diz trecho da nota.
A Vila do Pan, inicialmente, foi um sucesso de vendas. Mas os problemas surgiram posteriormente. Nem todas as áreas de lazer prometidas saíram do papel. Cesar descumpriu um acordo para a prefeitura arcar com a construção das ruas de acesso ao condomínio. A construtora Agenco concluiu essas obras, mas de maneira inadequada. Agora, o município está gastando mais de R$ 30 milhões para refazer as ruas.
Tanto na época do Pan quanto agora, um dos líderes do movimento para aprovar as mudanças foi o vereador Jorge Pereira (PT do B). Na noite de quinta-feira, Pereira, que desistiu de tentar se reeleger, discursou em favor das alterações do projeto. As emendas foram apresentadas para discussão e análise apenas meia hora antes de a proposta entrar em votação.
Na PPP firmada para a urbanização do antigo autódromo, o município transferiu mais ao consórcio a propriedade de 800 mil metros quadrados nos quais não serão construídos equipamentos esportivos para a edificação de prédios residenciais e hotéis. Em troca, o grupo Rio Mais assumiu as obras. Em contrapartida, a prefeitura se comprometeu repassar no prazo de 15 anos mais de R$ 300 milhões para a conservação do futuro bairro olímpico.
No pacote olímpico encaminhado ao Legislativo em novembro, a prefeitura propunha algumas mudanças na legislação da área do autódromo para ampliar a parceria. As novas regras urbanísticas valorizavam os terrenos para compensar o consórcio pela construção dos prédios do IBC/MPC (centro de transmissão dos jogos), que não estava prevista no contrato original.
Ao fim das Olimpíadas, o prédio do IBC/MPC poderia ser ocupado pelo consórcio ou demolido para outros projetos imobiliários. O que os vereadores fizeram foi pegar o potencial construtivo desse terreno (cerca de 500 mil metros quadrados) e transferi-lo para lotes vizinhos. A área do IBC/MPC, no entanto, continuava a ser de propriedade do consórcio.
No caso do campo de golfe, o acordo com o grupo do empresário Pasquale Mauro não previa aumento de potencial construtivo. As adequações apenas atendiam a demanda do mercado imobiliário, trazendo a valorização de futuros prédios residenciais. Os vereadores, porém, decidiram ampliar os benefíios. O grupo Rio Mais, do empresário Pasquale Mauro, ganhou mais 42 mil metros quadrados, e hotéis também passaram a ser permitidos. Além disso, o campo de golfe - que será público mas administrado pela iniciativa privada - ganhou isenção eterna de tributos municipais (IPTU e ISS).


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/paes-decide-vetar-integralmente-alteracoes-no-pacote-olimpico-7117513#ixzz2FjXj7dCm