Por Gian Oddi
Primeiro, responda qual o jogo mais atrativo:
Uma partida contra o Grêmio, terceiro colocado do Brasileirão, dos “ex” Kleber e Vanderlei Luxemburgo, às 18h30 de um sábado.
Uma partida no mesmo estádio, mas contra o 17º Sport, do ex Rivaldo (o lateral-esquerdo, não o meia), às 21h de uma quinta-feira.
A resposta é óbvia e não exige grandes justificativas. Os dois jogos aconteceram na sequência, no mesmo estádio, sob condições climáticas similares. E a situação do Palmeiras não mudou significativamente de uma rodada para outra.
Então, está claro: nada além da redução de preços explica a incrível diferença de público presente nos dois jogos: enquanto contra o Grêmio apenas 12.035 pessoas estiveram no estádio do Pacaembu, no confronto contra o Sport esse número subiu para 30.463.
Até aí, tudo normal.
O número que deve, contudo, chamar atenção dos dirigentes palmeirenses (e da maioria dos outros clubes da Série A) é outro: apesar da redução de 50% no preço dos ingressos do jogo do Grêmio para o jogo do Sport, a renda nas duas partidas foi a seguinte:
Palmeiras x Grêmio, com os ingressos custando mais - R$ 423.806
Palmeiras x Sport, com os ingressos pela metade do preço – R$ 599.780
Portanto, além dos benefícios óbvios como mais torcedores estimulando o time (e, claro, pressionando a arbitragem), o Palmeiras faturou R$ 175.974 a mais no jogo em que os ingressos custavam menos.
Depois do exemplo tão claro e incontestável, deu para entender que cobrar menos pode significar arrecadar mais? Ou é preciso desenhar?
Fonte: http://espn.estadao.com.br/post/280087_a-logica-do-futebol-brasileiro-cobra-se-menos-arrecada-se-mais
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