Ministro do Esporte defende rodízio no comando das confederações esportivas no Brasil e diz que furto de informações deve ser investigado
Por Márcio Iannacca
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não fugiu dos questionamentos sobre a permanência contínua de Carlos Arthur Nuzman na presidência do Comitê Olímpico Brasileiro. Nesta quarta-feira, em evento no Copacabana Palace, o político voltou a defender a alternância de comando nas confederações esportivas do país e preferiu se abster ao ser questionado se votaria no atual mandatário do COB na eleição do dia 5 de outubro, no Rio de Janeiro.
Rebelo usou um exemplo do general francês Napoleão Bonaparte para não apontar um nome para a presidência do COB.
- Não sou delegado e não voto nessa eleição. Não tenho representatividade nessa eleição. Como Laplace (Pierre, físico francês) respondendo Napoleão sobre a teoria da mecânica celeste, eu não considerei essa hipótese – afirmou o ministro.
Porém, Rebelo voltou a defender mudanças de tempos em tempos dos presidentes das confederações brasileiras. Na opinião do ministro, o esporte ganharia ainda mais credibilidade no Brasil.
- Apenas defendo, como posição de princípio, que as entidades ligadas ao esporte fariam um bem ao mesmo se estabelecessem limites de tempo e de mandatos para os seus dirigentes. Eu defendo essa posição e espero construir com todas as entidades essa ideia, porque acho que seria um bem para o país. Aumentaria a credibilidade, aumentaria o prestígio e valorizaria diante dos promotores, dos patrocinadores, o próprio esporte – analisou.
O ministro comentou ainda a demissão de funcionários do Comitê Organizador dos Jogos de 2016. Os profissionais teriam furtado documentos com informações confidenciais do Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres. Na opinião de Rebelo, o caso precisa ser investigado e os culpados punidos.
- Espero e confio que o Comitê Olímpico Brasileiro e o Rio-2016, através de seu presidente, prestem todos os esclarecimentos para que o país saiba o que aconteceu e que seja evitado que um episódio se transforme em um seriado ou um seriado possa se transformar em uma novela. Tudo será esclarecido para que a sociedade saiba o que aconteceu em Londres envolvendo o Comitê Organizador Local e o Comitê do Brasil. As providência foram adotadas em comum acordo entre os comitês, mas acho que é necessário que os pontos obscuros sejam esclarecidos em função da importância para o país da organização dos Jogos de 2016.
Conforme prevê o estatuto do COB, os presidentes das 30 Confederações Brasileiras Dirigentes de Esportes Olímpicos e os três membros natos do COB (João Havelange e os candidatos Carlos Arthur Nuzman e André Gustavo Richer) têm direito a voto.
Nuzman está à frente do Comitê Olímpico Brasileiro desde 1995. Para as eleições, apenas a chapa do atual presidente se inscreveu no prazo estipulado pelo COB. O período do mandato é de 2013 a 2016.
Fonte:http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/09/rebelo-pede-alternancia-no-poder-e-se-abstem-de-votar-em-pleito-do-cob.html
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