Páginas

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Quando a troca de camisas no Fla-Flu não é nada amigável


Depois de oferta milionária ao rival, tricolor quer rever seu contrato com fornecedora de material esportivo este ano

Por Gian Amato

RIO - Nelson Rodrigues imortalizou a frase “O Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada”. Mas o clássico de domingo já começou há quatro meses. Em lados opostos no campo, os rivais prometem travar uma luta pela troca de camisas. Insatisfeita com a proposta de R$ 350 milhões por 10 anos feita em maio por sua fornecedora de material esportivo, a Adidas, ao Flamengo, a diretoria tricolor quer pedir a revisão, com valorização financeira, do seu contrato atual, de R$ 9,1 milhões por ano até 2014. A ideia é renegociar ao fim deste ano, ainda mais se o clube for tetracampeão nacional.
A empresa de material esportivo alemã ofereceu R$ 35 milhões por ano ao Flamengo para suceder a Olympikus no rubro-negro a partir de 2015, justamente um ano após o encerramento do contrato com o Fluminense. A quantia seria fixa por dez anos, tempo em que o Flamengo se tornaria um clube classe A dentro da concepção da empresa. Categoria na qual estão Milan, Chelsea, Real Madrid e Bayern de Munique.
O projeto elaborado para o Flamengo teve no Fluminense o mesmo efeito que o gol de barriga de Renato Gaúcho causou nos rubro-negros em 1995: surpresa e decepção no último minuto. Afinal, a Adidas e o Fluminense negociaram após o tricampeonato brasileiro, em 2010. Em fevereiro de 2011, chegaram a um acordo que, dentro dos antigos padrões da parceira que começou em 1996, foi considerado bom. Antes do título nacional, o Fluminense recebia R$ 1,6 milhão por ano mais participação nas vendas, podendo chegar ao total bruto de R$ 2,1 milhões. A empresa ofereceu aumento de 20%. O clube recusou e, enfim, chegaram à quantia de R$ 9 milhões, quase quatro vezes menos que os R$ 35 milhões oferecidos ao Flamengo.
— Tem mais dois anos de contrato. Se pudermos antecipar, seria bom — disse um dirigente do Fluminense.
O Fluminense ficou insatisfeito, também, ao ser surpreendido pelo vazamento das novas camisas oficiais antes de o clube fazer o lançamento. As camisas branca, tricolor número quatro, de treino e de goleiro foram enviadas a uma loja de um shopping na Zona Norte do Rio e compradas antes do anúncio oficial. Além disso, a camisa tricolor número quatro, feita para ser a número 1, no lugar da tradicional, desagradou à diretoria.
Devido ao temporal, do time titular, apenas Edinho foi a campo ontem de manhã nas Laranjeiras. À tarde, Fred prestou depoimento na Delegacia do Consumidor, na Gávea, porque um ingresso de sua cota para o jogo com o Corinthians foi parar nas mãos de um cambista. O capitão disse ter o costume de distribuir entradas que sobram para torcedores comuns. Naquele jogo, em agosto, quatro cambistas foram presos com ingressos de cortesia da diretoria tricolor, da Polícia Militar e de uma organizada.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/quando-troca-de-camisas-no-fla-flu-nao-nada-amigavel-6205492#ixzz27er1IXhY

Nenhum comentário:

Postar um comentário