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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Com a cabeça em 2016


Projeto da Confederação Brasileira da modalidade nas Vilas Olímpicas da cidade pretende levar a modalidade a mais de 18 mil crianças de baixa renda

Por Lorrane Melo

Difícil acreditar, mas o que faz mesmo sucesso com as crianças e adolescentes das Vilas Olímpicas do Distrito Federal é o tênis — o esporte ganha até do futebol. Com a bolinha e a raquete na mão, eles sonham em ser o novo Gustavo Kuerten. As vagas para a modalidade, considerada de elite, acabam em poucas horas. Inspirada no sucesso do tênis, a Confederação Brasileira de Golfe (CBG) tentará implantar o esporte, pouco praticado no Brasil por conta dos altos custos, entre os jovens.

Um projeto que começou no início do ano com escolas de Curitiba e Porto Alegre, busca aumentar a base da modalidade no país. E criar ídolos não só para a volta do golfe às Olimpíadas, no Rio de Janeiro, em 2016, mas também para o futuro. De forma lúdica, com materiais de velcro, tacos de plástico e bolinhas de tênis, que proporcionam maior mobilidade aos pequenos, o golfe já foi apresentado a 1.050 crianças em cada uma das duas cidades. O projeto em Brasília, no entanto, será ainda maior.

Três professores de cada um dos nove centros olímpicos e dois profissionais do Clube de Golfe de Brasília foram capacitados para ensinar as tacadas. Ao todo, mais de 18 mil alunos de baixa renda serão introduzidos no esporte. O treinamento foi realizado na Vila Olímpica de São Sebastião, que fica mais perto do Clube de Golfe, localizado no Setor de Clubes Sul.

O processo para encontrar futuros talentos será feito em dois blocos. No primeiro, os professores serão treinados para introduzir os alunos no golfe com uma metodologia e treinamento adequados. As aulas, que foram ministradas durante dois dias pelos campeões brasileiros Nico Barcellos e Reginaldo Coelho misturaram teoria e prática — e para receberem o certificado tiveram até de fazer prova. Depois, os melhores alunos serão levados para um trabalho especial no Clube de Golfe. O material será todo doado pela confederação, que o compra a R$ 707 de uma empresa britânica com o 
dinheiro recebido da organização mundial.

“É claro que a entrada do golfe nas Olimpíadas deu um ponto de partida forte nesse processo, mas os golfistas já pediam uma popularização do esporte”, admite o diretor executivo da CBG, Márcio Galvão, acreditando que os valores do esporte só farão bem aos pequenos. “No golfe, se exercita a honestidade. Nele, você mesmo é o juiz. Também tem a parte da disciplina e concentração”, alega.

Fonte: http://www.superesportes.com.br/app/19,66/2012/09/24/noticia_maisesportes,36961/com-a-cabeca-em-2016.shtml

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