Prefeito estuda pedir adiamento do prazo ao COI sobre a utilização do Velódromo
Por Renato Onofre
RIO — O prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), não está com pressa para resolver as pendências existentes no projeto olímpico para a Rio 2016. A decisão, segundo o próprio, só sairá no final de outubro quando, oficialmente, a prefeitura tem a obrigação contratual com o Comitê Olímpico Internacional (COI) de finalizar as licitações previstas no compromisso olímpico.
A reutilização ou não do velódromo serviu de combustível para os adversários nos primeiros debates e gerou apreensão do comitê organizador. Entre elas, o Centro Internacional de Radiodifusão(IBC), o centro de tênis, a arena de handebol, o parque aquático, além de resolver um dos principais imbróglios do projeto: o destino do Velódromo de Jacarepaguá.
O embate levou ao principal adversário do prefeito, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), diminuir os tons de crítica ao projeto olímpico. O COI chegou a anunciar, em tom de ameaça, que qualquer mudança no cronograma acordado com o Rio poderia inviabilizar a realizações dos Jogos, em um recado claro aos prefetáveis cariocas.
Internamente, a ordem na prefeitura é não antecipar nenhuma decisão por conta do primeiro turno. A equipe trabalha apostando na continuidade do prefeito Eduardo Paes à frente da gestão. Disparado na liderança em todas as pesquisas divulgadas até aqui - sempre com mais de 50% dos votos-, Paes não tem pressa em decidir a questão agora.
Entre os projetos de infraestrutura, qual mais preocupa é a TransBrasil. Fora do cronograma inicial do evento, a quarta linha de BRT da cidade foi incluída no legado olímpico pelo próprio prefeito e terá financiamento federal. Contudo, até o momento, o compromisso pela liberação da verba não foi para o papel.
— Acho que tem uma questão (pendente) ainda no Parque Olímpico que é o Velódromo. E eu estou fazendo todo o esforço para manter o Velódromo lá porque eu acho um absurdo gastar R$ 14 milhões, mesmo que não tenha sido no meu governo, num equipamento e depois destruí-lo. Estamos estudando no limite a possibilidade de manter o local — disse o prefeito.
Ao ser questionado sobre o prazo final para decisão, o prefeito disse que ainda está indefinido e admitiu que pode pedir o adiamento junto ao COI:
— Deve sair na data limite que a gente tem com o COI. É se até lá não tivermos uma solução é estudo pedir ao COI, neste caso específico, um adiamento.
Durante a visita ao Hospital da Mulher, Paes voltou a dizer que a saúde continua sendo o principal problema da cidade. Ele disse ainda que, caso reeleito, não pretende construir uma nova unidade hospitalar na cidade e anunciou a intenção de municipalizar os hospitais Rocha Faria e Albert Schweitzer, ambos administrados pelo governo estadual na Zona Oeste.
— A minha ideia é cada vez mais avançar (na saúde) na Zona Oeste porque a prefeitura não tinha nenhuma unidade aqui. Quero municipalizar o Albert e o Rocha Faria, que são estaduais. Mas temos que fazer isso de forma bem equilibrada com a prefeitura, estado e governo federal discutindo juntos. A conta tem que ser dividida entre os três níveis de governo. Não podemos repetir os erros do passado quando se municipalizou tudo e depois foi dando problema — afirmou Paes fazendo uma referência aos problemas ocorridos no último governo do ex-prefeito Cesar Maia (DEM) que levaram a intervenção do governo federal na saúde da cidade.
Paes ainda falou sobre a falta de médicos na rede municipal:
— Não tenho dúvida que o nosso maior desafio é a saúde. E a falta de médicos é um dos problemas. Temos o compromisso de contratar mais dois mil médicos (em uma nova gestão).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/eduardo-paes-pendencias-olimpicas-so-depois-do-primeiro-turno-6210999#ixzz27iaTFnB9
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