Por Érico Leonan
São Paulo - Os duelos entre Corinthians e Santos, válidos pela semifinal da Libertadores, nos dias 13 e 20 de junho, vão muito além das quatro linhas e ultrapassam os R$ 500 milhões. Os dois, dos três elencos mais valiosos da competição, entrarão em campo de olho na vaga na final, que poderá render cerca de R$ 3 milhões ao campeão, mais a valorização da marca.
"Nessa altura do campeonato, restando quatro jogos para o título, o poder de barganha com patrocinadores é maior. O clube fica mais em evidência e o marketing pode trabalhar em função disso”, afirma Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, empresa especializada em economia e negócios do esporte.
A Conmebol não torna a competição rentável como outros torneios, visto que a premiação paga pela entidade é baixa. Na primeira fase, as equipes recebem US$ 120 mil pela classificação. Nos mata-matas seguintes, os vencedores embolsam US$ 180 mil nas oitavas de final, US$ 230 mil nas quartas e US$ 310 mil na semifinal.
“Se contarmos em valores de premiação, o vice-campeão leva US$ 600 mil e o vencedor US$ 2 milhões. Além disso, tem a renda de bilheteria, ativações promocionais dos patrocinadores e uma exposição de marca quase que imensurável”, analisa o diretor de marketing da Traffic, Eduardo Morato.
E a valorização de mercado não fica presa apenas aos clubes. Os jogadores também passam pelo mesmo processo. “Atletas de menores expressão vão nessa carona. Não é o caso do Neymar, que já é um dos melhores jogadores do mundo e não precisa desse tipo de vitrine. Porém, aqueles que estão começando conseguem redimensionar os valores de contrato”, analisou Wagner Ribeiro, um dos empresários brasileiros mais conhecidos no futebol.
O marketing dos clubes também aproveita a exposição da mídia para projetar lucros maiores. No caso do Timão, os trabalhos são voltados para a primeira decisão de Libertadores da história do alvinegra. “Temos um estudo bem detalhado das vendas em nossas 105 lojas e o resultado do mesmo reflete positivamente na venda de produtos. Quanto mais próximo de um bom resultado na competição, maior e mais significativa é a receita gerada”, revela Caio Campos, Gerente de Marketing do Corinthians.
Já o Santos, que tem um plantel com quase o dobro de valor de mercado, segue com o ideal de estabilizar a marca no cenário mundial “Na verdade, o ganho desportivo é muito maior. Avançar às finais valoriza o jogador, o time e a marca Santos. Trabalhamos para internacionalizar nosso produto cada vez mais”, avalia o diretor de futebol do Peixe, Felipe Faro, responsável por gerir uma equipe avaliada em 137 milhões de euros (R$ 340 milhões).
Fonte: http://marcabrasil.ig.com.br/futebol/html/2012/6/especialistas_analisam_elencos_e_veem_santos_e_timao_prontos_para_faturar_38090.html
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