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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ary Graça vai se basear no Brasil para gestão da FIVB


O dirigente vai se licenciar da CBV e da CSV e está confiante na renovação com José Roberto Guimarães e Bernardinho

Eleito na semana passada como novo presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o brasileiro Ary Graça garante que há muito a ser feito para melhorar o vôlei em plano mundial. Segundo ele, que pedirá licença do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e da Confederação Sul-Americana de Voleibol (CSV), a entidade que comanda o esporte mundialmente precisa modernizar sua gestão.

“É preciso modernizar a gestão da FIVB. Eles usam estrutura de 60 anos atrás. E temos que mudar para aproveitar o fato de sermos o segundo esporte em popularidade no mundo, atrás do futebol. Na Olimpíada de Londres, fomos o esporte mais visto na televisão e também aquele que tinha mais procura no ‘black market’ (mercado paralelo de ingressos)”, afirmou o novo mandatário, eleito para comandar a entidade pelos próximos quatro anos, em entrevista ao Sportv.

E para alcançar sucesso em sua empreitada, Graça aponta o modelo de administração a ser seguido: o brasileiro. De acordo com o dirigente, que comandou a CBV nos últimos 15 anos, o Brasil é visto como modelo de gestão no esporte, com centros de treinamento de alta tecnologia e boa infraestrutura.

“Vamos profissionalizar a gestão, como fizemos no Brasil. Colocar gente que entende em cada um dos departamentos, como já estou fazendo, por exemplo, com o polonês, que chefiará o marketing. De colocar tecnologia. As pessoas reconhecem que o nosso país é o centro do voleibol do mundo e visualizaram que precisavam do brasileiro para mudar”, analisou o dirigente.

Graça ainda garantiu que nunca foi um sonho seu assumir a presidência da entidade. Segundo ele, foi a necessidade de compartilhar conhecimento tecnológico e de gestão que o fez se candidatar ao posto de maior dirigente do vôlei. 

“Senti que era uma obrigação minha estar lá para existir um progresso, levar a tecnologia. Temos que descentralizar o vôlei pelo mundo. Do ponto de vista comercial, precisamos abrir mercado. Para o esporte. Nos últimos 60 anos, apenas seis equipes diferentes foram campeãs mundiais e outras sete campeãs olímpicas. É necessário, portanto, eu transferir o nosso conhecimento para vender melhor o vôlei para os patrocinadores”, concluiu o presidente. 

O distanciamento da CBV, contudo, não impede o dirigente de costurar as renovações de Bernardinho e José Roberto Guimarães, técnicos da seleção brasileira masculina e feminina, respectivamente.

"A (renovação) do Bernardinho está bem encaminhada. Já o Zé é mais difícil, ele não gosta de mim porque nunca me venceu enquanto fomos jogadores. Brincadeira, ele acabou de me ligar. Seria maluco se dispensasse um tricampeão olímpico. Ele está mantido e já está convidado para renovar, mas ainda precisamos conversar com calma", afirmou o dirigente.

O dirigente ainda aceitou comentar as rusgas existentes entre os treinadores. "São dois técnicos extraordinários e não quero me envolver no relacionamento deles. Não posso obrigar um a gostar do outro, mas posso assegurar que o relacionamento deles em Saquarema (CT da seleção brasileira) é absolutamente profissional, com um clima ameno e de bem-estar".

Fonte: http://www.gaz.com.br/noticia/370401-ary_graca_vai_se_basear_no_brasil_para_gestao_da_fivb.html

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