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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

De olho no Rio-2016, Brasil pode ganhar cinco campos de hóquei sobre grama


Atualmente existem apenas dois campos com dimensões olímpicas, ambos no bairro carioca de Deodoro

Por Murilo Bonfim

SÃO PAULO - Nas próximas semanas o Ministério do Esporte deve divulgar o resultado de um projeto de convênio aberto pela Confederação Brasileira de Hóquei: a construção de cinco campos para a prática do esporte no País. “Precisamos das áreas de treinamento para fomentar o hóquei”, diz o gerente-geral da Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama, Eduardo dos Santos. Hoje existem apenas dois campos com dimensões olímpicas, ambos no bairro Deodoro, no Rio de Janeiro - heranças dos Jogos Pan-americanos de 2007.

Segundo o Ministério, todas as propostas recebidas durante chamada pública estão em fase de análise e ainda é possível fazer ajustes de documentação. Ao fim dessa etapa, se a confederação estiver com os documentos em dia, o projeto será convertido em convênio. O acordo prevê campos nos estados onde há federação de hóquei: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e um outro no Rio de Janeiro.

“Foi uma ideia que tive junto às federações em outubro do ano passado, mas tivemos atraso por causa da troca de ministros”, explica Santos, completando: “O campo é importante também para que outras seleções venham fazer aclimatação. Acho que todos os convênios que tiverem foco para os Jogos de 2016 serão aceitos.”

Olimpíada

“O fato de que nossas seleções de hóquei têm vaga cativa em 2016 por sermos país-sede é ilusório”, diz o técnico da seleção feminina Eduardo Martins Junior. Segundo ele, em tese, todas as modalidades precisam ter representatividade do país que hospeda o evento, mas a Federação Internacional de Hóquei faz uma exigência mínima de posição no ranking mundial. A seleção feminina, que está na 51ª posição, deve atingir o 40º lugar. Já a masculina precisa subir dois degraus: do 32º ao 30º.

A não representatividade de um país-sede da Olimpíada não seria uma novidade no hóquei: foi o que aconteceu com a seleção grega em Atenas, em 2004. “Foi uma vergonha. A Grécia não tinha nível de hóquei. Isso não deve acontecer conosco, estamos à frente e temos condições de conseguir uma vaga de forma digna”, aposta Martins Junior.

Para impulsionar a seleção feminina, o técnico aposta na preparação intensiva e no intercâmbio de atletas para treinamento de alto nível no exterior. Um técnico principal holandês com experiência em duas edições dos Jogos Olímpicos também vem ao Brasil para dar suporte aos treinadores.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,de-olho-no-rio-2016-brasil-pode-ganhar-cinco-campos-de-hoquei-sobre-grama,948098,0.htm

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