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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O velódromo da discórdia


Prefeito do Rio cogita pagar R$ 100 milhóes para reformar o velódromo ao invés de gastar R$ 115 milhões para erguer um novo

Por Michel Castellar

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, voltou a causar uma saia-justa nesta sexta-feira ao dizer que o velódromo dos Jogos Pan-Americanos Rio-2007 não será demolido para a construção de um novo. A afirmação foi feita durante o balanço apresentado pela capital fluminense em Londres, sobre os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016 que, amanhã, chegarão a marca de quatro anos para o seu início.

No dia 26, o LANCE! revelou que pelos cálculos iniciais, a reforma do atual velódromo, que o deixará em condições para os Jogos Rio-2016, foi orçada em R$ 105 milhões. E que, com R$ 10 milhões a mais, seria possível erguer um novo.
- Se gastarmos R$ 5 milhões a menos, já se deixa de gastar dinheiro público - disse Paes.

Ao fazer essa afirmação, o prefeito do Rio deixou  nas entrelinhas a possibilidade de investir R$ 100 milhões para reformar um equipamento. E, neste caso, o custo-benefício pode não ser benéfico.
- A conta não é só matemática. Temos uma infraestrutura pronta, que consumiu uma série de recursos públicos e não justificaria derrubar o velódromo que, à época, custou R$ 14 milhões - afirmou o prefeito do Rio.

A insistência do prefeito em reformar o velódromo é vista no Comitê Rio-2016 como uma declaração política. Já que Paes está em campanha para ser reeleito.
Mas os preparativos para a transferência do velódromo do Rio continuam em andamento. O Ministério do Esporte trabalha em parceria com a prefeitura de Goiânia para viabilizar a mudança.
O consenso entre os organizadores dos Jogos é o de que reformar o velódromo não será aconselhável.
- Acho que seria um péssimo exemplo demolir um investimento feito com recursos públicos para fazer a vontade de uns poucos - discursou o prefeito do Rio.

Aeroporto, doping e Maracanã
Em uma plateia repleta de jornalistas estrangeiros, o Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 foi sabatinado com todo o tipo de perguntas. Dentre elas, as situações do aeroporto, as críticas sobre o laboratório de doping e o fechamento do Maracanã.
- O governo federal já constituiu um grupo operacional e já temos o compromisso de entregar a primeira versão do modo operacional no fim deste ano - disse o diretor-geral do Comitê Rio-2016, Leonardo Gryner, ao falar sobre o Aeroporto Internacional Tom Jobim que, recentemente, despertou a atenção do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge.

Sobre as críticas referentes à falta de estrutura para a realização de exames de doping, Gryner ressaltou que o governo federal já trabalha na resolução do problema. Mas admitiu que o país está atrasado em relação a essa questão.

Indagado sobre o Maracanã, o diretor-geral do Comitê Rio-2016 reafirmou que o estádio será fechado para partidas de futebol quatro meses antes dos Jogos. A medida é para prepará-lo para a Cerimônia de Abertura.

Durante o balanço, o Rio-2016 frisou que todos os preparativos estão dentro do cronograma do COI.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/rio2016/velodromo-discordia_0_748725365.html#ixzz22XHPJWeM 

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