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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Empresários protestam contra interdições no trânsito durante Olimpíada


Cidade terá 175 km de faixas especiais onde só poderão circular veículos relacionados ao evento


Cerca de 50 pequenas empresas de Londres se uniram para protestar, por meio de carta tornada pública nesta quinta-feira, pelas restrições no trânsito previstas para acontecer durante os Jogos Olímpicos.

A capital britânica terá uma rede de 175 quilômetros de faixas especiais pelos quais só poderão circular veículos relacionados aos Jogos: atletas, patrocinadores, membros do COI, imprensa. Além disso, várias ruas dos arredores do Parque Olímpico de Stratford, no leste de Londres, serão fechadas.

As interdições começam dias antes dos Jogos, que começam no dia 27 de julho, e serão mantidas até depois dos Jogos Paralímpicos, que acabam no dia 9 de setembro.

Em carta dirigida ao órgão responsável pelo trânsito e transporte em Londres e à autoridade encarregada pelas infraestruturas olímpicas (ODE), os empresários afirmam que suas companhias estão "à sombra do Estádio Olímpico" e ameaçam empreender ações legais contra as interdições.

"Nossos negócios dependem do acesso por ruas e estradas. Estes planos vão nos afundar", afirmou Graham Phelps, proprietário de uma companhia de logística, à emissora "BBC". O empresário lamentou que a organização dos Jogos Olímpicos não levou em conta o impacto das alterações do trânsito na economia da região.

"Agora, quando faltam poucas semanas para a cerimônia de abertura, é que ficam claras as consequências do que planejaram. E não haverá compensação", reclamou Phelps.

Em resposta às queixas dos empresários, a ODE afirmou que seu compromisso de colaborar com os negócios afetados foi muito além da sua obrigação legal. "Sabemos que as mudanças significam que algumas empresas terão que operar de forma distinta durante os Jogos, mas temos certeza que o programa que traçamos deu a oportunidade para se adaptarem", apontou um porta-voz do organismo olímpico.

A empresa responsável pelo trânsito e transporte de Londres, por sua vez, argumentou que manteve aberto diálogo com "milhares e empresas e indivíduos", antes de iniciar o plano de restrições de trânsito para os Jogos Olímpicos.

Rio vai receber R$ 17 milhões do Ministério do Turismo para CATs e sinalização para a Copa



BRASÍLIA - O Ministério do Turismo empenhou, nesta quinta-feira, R$ 56 milhões para nove das 12 cidades sede da Copa de 2014. O dinheiro ficará disponível para liberação pela Caixa Econômica Federal, após assinatura de contrato com estados e municípios. O Rio foi contemplado com R$ 17 milhões para a instalação de cinco Centros de Atendimento ao Turista (CATs) e sinalização, com a instalação de placas bilingues (inglês/português) em atrações turísticas.
Trata-se do primeiro empenho do Ministério do Turismo para a Copa. Além de sinalização e CATs, o ministério financia obras de acessibilidade (ruas, orlas, pavimentação etc). A meta é liberar R$ 116 milhões até o fim do ano. Os R$ 56 milhões de hoje fazem parte desse montante.
As 3 cidades que ficaram de fora deste primeiro empenho são Cuiabá, Natal e Manaus. Em janeiro, o ministério abriu prazo para as prefeituras e governos estaduais enviarem projetos. É em cima desses projetos que aliberação de verbas será feita. Prefeituras e estados devem dar contrapartida. No caso dos R$ 56 milhões, a contrapartida será de R$ 8milhõs, totalizando investimentos de R$ 64 milhões. No Rio, estão previstos dois CATs no aeroporto Galeão.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rio-vai-receber-17-milhoes-do-ministerio-do-turismo-para-cats-sinalizacao-para-copa-5086949#ixzz1wUgVTSBt 

Evento em São Paulo discute acessibilidade para Copa 2014


Encontro entre os dias 11 e 13 de junho debate oportunidades de negócios para inovações tecnológicas

De 11 a 13 de junho, o Instituto de Tecnologia de Software (ITS) e a Mandarim Comunicação promovem o evento Copa for All, no Teatro Vivo, em São Paulo.

O encontro reunirá as principais autoridades na área para debaterem a questão da acessibilidade e infraestrutura na Copa de 2014, com foco nas pessoas com deficiência. O evento também conta com o apoio de Abridef (Associação Brasileira de Produtos e Serviços para Deficientes), Portal 2014 e Revista Reação. As inscrições são gratuitas.

O primeiro debate brasileiro com foco na acessibilidade acontece exatamente a dois anos da Copa do Mundo. O objetivo desses encontros é a oportunidade de negócios para inovações tecnológicas voltadas às pessoas com deficiência.

Entre os palestrantes confirmados para o evento está o arquiteto do Estádio Beira-Rio (Porto Alegre), Fernando Balvedi, o presidente do instituto Vivendo sem Barreiras (VSB), Iremar Cappellinne Masano, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Bruno Hideo, a secretária executiva da Comissão Permanente de Acessibilidade da prefeitura de São Paulo, Silvana Cambiaghi e o arquiteto do Estádio Nacional Mané Garricha, Eduardo Castro Melo.

O programa conta com debates sobre novas arenas esportivas, mobilidade urbana, infraestrutura, turismo, legislação, acessibilidade e outros temas com foco no respeito às pessoas com deficiência, e a discussão de novas oportunidades para inovações tecnológicas.

Representantes da Frente Parlamentar do Congresso Nacional, em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência debaterão as oportunidades e farão o encerramento.

O Brasil possui mais de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. De acordo com Jaime Stabel, do ITS, o encontro também é uma oportunidade de negócio. "Temos certeza de que, por meio desses fóruns, promovemos relevante contribuição para discutir diversas modernizações em curso no Brasil, e as demandas para que pessoas com deficiência não sejam excluídas de tudo isso. O uso de tecnologia e a visão de oportunidades para empresas criarem inovações tecnológicas será foco constante do ITS", ressalta Jaime.

Fonte: http://www.portal2014.org.br/noticias/10017/EVENTO+EM+SAO+PAULO+DISCUTE+ACESSIBILIDADE+PARA+COPA+2014.html

Fifa diz que nem todas as obras são essenciais para a Copa


Segundo o secretário-geral da entidade, algumas intervenções podem ser entregues após o torneio

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse ontem (30) que nem todas as obras para a Copa do Mundo são essenciais para a competição. “Tem projetos que podem ser entregues depois da Copa”, disse Valcke, em evento no Rio de Janeiro sobre a Copa das Confederações de 2013.

O representante da Fifa disse que "alguns projetos podem esperar". "O que precisamos são de facilidades para se deslocar do aeroporto para as cidades e das cidades para os estádios". O tom adotado por Valcke foi bem mais ameno que o do começo do ano, quando fez duras críticas ao atraso nas obras.

O secretário da Fifa lembrou que na Copa do Mundo da África do Sul nem todas as linhas de trem de Joanesburgo tinham sido entregues, apenas a principal, do aeroporto para a cidade. Para ele, mesmo com atrasos, as obras são positivas. “Vamos pensar nos benefícios. Em dez anos o Brasil será um novo país”.

O governo brasileiro reafirmou que as obras estão dentro do prazo. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, confirmou que não há com o que se preocupar em relação às obras. Ele disse que equipes acompanham os cronogramas nas seis cidades-sede da Copa das Confederações e disse que nada "desafia os prazos". “Tive a companhia e as informações detalhadas dos governadores de cada estado, o que me dá grande confiança no calendário e na entrega das obras”.

Perguntado mais uma vez sobre o atraso nas obras em estádios, especificamente, o secretário da Fifa disse que a federação e o governo têm uma só voz, concordando com Rebelo e evitando declarações polêmicas sobre o Brasil. “Temos um acordo [Fifa e o governo] para evitar informações descoladas e entregar a melhor Copa do Mundo. O resto é passado".

Durante a entrevista, o ministro e Valcke também falaram sobre os ingressos para a Copa do Mundo e para a Copa das Confederações. Rebelo disse que não tem ingerência nesse aspecto, mas que “tem feito um esforço de conversar com a Fifa e com patrocinadores". “Falei que precisamos encontrar um caminho. Tenho encontrado boa vontade".

Fonte: http://www.portal2014.org.br/noticias/10011/FIFA+DIZ+QUE+NEM+TODAS+AS+OBRAS+SAO+ESSENCIAIS+PARA+A+COPA.html

Operação gastronômica de guerra em tempos de paz


Comitê Organizador anuncia plano para servir mais de 14 milhões de refeições nos Jogos

RIO — Do peixe com batatas fritas aos churrascos africanos, atletas e torcedores não vão passar fome nas Olimpíadas, que começam dia 27 de julho e vão até 12 de agosto, em Londres. Isso é o que garantem os organizadores dos Jogos que, nesta quarta-feira, anunciaram um plano para servir mais de 14 milhões de refeições na "maior operação gastronômica em tempos de paz no mundo".
Serão 150 pratos diferentes que irão refletir o "patrimônio e a diversidade de produtos regionais britânicos e suas receitas", assegurando ao mesmo tempo menus etica e ambientalmente sustentáveis, visando a se tornar os primeirso Jogos de desperdício zero, dizem os organizadores.
— Queremos que todos os participantes dos Jogos neste verão possam ter uma experiência fantástica com toda a comida e a bebida disponíveis — explica Paul Deighton, presidente-executivo do LOCOG, o Comitê Olímpico Local. — Não medimos esforços para encontrar produtos saborosos e de alta qualidade, que celebrem o melhor da Inglaterra.
Além do público que estará na capital britânica para acompanhar os Jogos, 15 mil atletas, espalhados por 40 instalações, terão que ser alimentados. No dia mais concorrido das Olimpíadas, estima-se que serão servidas 65 mil refeições aos competidores, a maioria delas na Vila Olímpica (cujo restaurante terá capacidade para cinco mil lugares). Os cardápios serão montados por “zonas”, com inspiração britânica, europeia, mediterrânea e africana/caribenha.
Devido a situação econômica do país, que enfrenta recessão e orçamento apertado, Deighton promete preços bem razoáveis. A expectativa é de que uma garrafa de água mineral, por exemplo, custe R$ 5; a cerveja, R$ 13; e a tradicional torta com purê de batata, R$ 25. Segundo os organizadores, uma familía de quatro pessoas poderá comer “delícias” como frango com maionese de ervas, batatas e bacon, noodles ou bife com purê de batatas por menos de R$ 125.
— Acreditamos que nossos preços são compatíveis aos encontrados em outros grandes eventos esportivos que, por sua natureza temporária, muitas vezes são maiores mesmo do que numa situação normal — encerra Deighton.
No Crystal Palace, que será a base da delegação brasileira antes e durante os Jogos, as refeições ficarão a cargo de Roberta Sudbrack. Dona de um restaurante que figura entre os cem melhores do mundo, a chef comandará um refeitório com capacidade para atender 210 pessoas simultaneamente.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/olimpiadas2012/operacao-gastronomica-de-guerra-em-tempos-de-paz-5070547#ixzz1wUDG3hFf 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fifa e governo admitem possibilidade de obras inacabadas em 2014


Valcke diz que Copa depende apenas de estádios e aeroportos prontos. Aldo adota discurso parecido: 'Não são obras para Copa, são para o Brasil'

Por Fabrício Marques, Felippe Costa e Marcelo Baltar

O terceiro balanço da preparação da Copa do Mundo, apresentado pelo Governo Federal na semana passada, foi assunto no evento em que a Fifa anunciou a tabela da Copa das Confederações, no Rio de Janeiro. O relatório apontou que apenas 5% das obras para 2014 estão concluídas, enquanto 40% ainda não saíram do papel. Nesta quarta-feira, pela primeira vez Fifa e governo admitiram a possibilidade de algumas obras não ficarem prontas a tempo para o Mundial.
Tanto o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, quanto o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, adotaram um discurso semelhante e inédito quando questionados sobre o balanço apresentado na última semana.

- Talvez alguns projetos não sejam tão importantes para a Copa do Mundo. Alguns podem ser entregues após a Copa. Na África do Sul foi assim. Alguns projetos podem esperar. Essa não é a preocupação da Fifa. O que precisamos, com certeza, são dos estádios. Precisamos também que os aeroportos funcionem, que as pessoas possam se locomover de uma cidade para outra. Mas não podemos pensar que um país mudará completamente em cinco, seis anos – disse Jérôme Valcke.

Apesar de demonstrar mais confiança na conclusão das obras, Aldo Rebelo também falou que algumas obras do pacote não são determinantes para 2014. O ministro também disse que governo e Fifa devem dividir responsabilidades.
- Não são apenas obras para a Copa, são para o Brasil. Muitas delas já estavam planejadas muito antes de sabermos que o Brasil iria receber a Copa. Elas foram incluídas no pacote da Copa pelo fato de facilitarem para população local e para os turistas durante a competição. Nós já estamos trabalhando juntos com a presença de Luis Fernandes no COL. Temos absoluta confiança. Os propósitos são os mesmo. Temos de partilhar responsabilidades e desafios. Reunidos anteciparemos problemas, mas também anteciparemos soluções - disse o ministro.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/05/fifa-e-governo-admite-possibilidade-de-obras-inacabadas-em-2014.html

Fifa apresenta slogan da Copa de 2014: ‘Juntos num só ritmo’


Lema servirá de base para a elaboração de músicas-tema de eventos ligados ao Mundial

RIO - Foi apresentado oficialmente na noite desta terça-feira o slogan oficial da Copa do Mundo de 2014: 'Juntos num só ritmo' ('All in one rhythm', em inglês). O lema, criado pela agência Aktuell, servirá de base para a elaboração de músicas-tema de eventos relacionados ao Mundial, como o Fifa Fan Fest, as cerimônias de abertura e encerramento, e as campanhas feitas pela Fifa, pelo Comitê Organizador Local (COL), pelas cidades-sede e pelos governos estaduais e federal (clique aqui e assista ao vídeo de apresentação do slogan no canal da Fifa no YouTube).
- O slogan oficial é o resultado de um esforço conjunto entre o Brasil e o mundo do futebol para encontrar uma mensagem unificadora que represente o toque único que o país oferecerá à Copa do Mundo da FIFA. Com base na ideia central do 'ritmo', ele unirá as torcidas no Brasil e no exterior em torno do que será uma celebração colorida e vibrante em um ritmo exclusivamente brasileiro - declarou durante a apresentação o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, de acordo com o site do órgão máximo do futebol mundial.
- O futebol é tudo para o povo brasileiro. É por isso que ele tem um potencial tão grande de unir as pessoas e de ser uma influência positiva. O ritmo do futebol está por todas as partes no Brasil, unindo gente de todas as idades e de todas as classes sociais - destacou o bicampeão mundial Ronaldo, integrante do Conselho de Administração do COL.
O slogan foi escolhido entre as 26 propostas apresentadas por seis agências brasileiras pré-selecionadas, e o processo de escolha durou cerca de um ano e meio. Na manhã desta quarta-feira, será apresentada no Rio a tabela da Copa das Confederações, que será disputada no Brasil em 2013 como evento preparatório para o Mundial de 2014.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/fifa-apresenta-slogan-da-copa-de-2014-juntos-num-so-ritmo-5061772#ixzz1wMKHGcf4 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Adidas oferece R$ 350 milhões ao Flamengo


O Flamengo acaba de avisar à Olympikus que tem em mãos uma proposta milionária da Adidas para sucedê-la como fornecedora de material esportivo e patrocinadora do clube. O total do contrato, que é proposto por 10 anos, é de R$ 350 milhões. A proposta foi formalizada no dia 2 de maio e chegou através da Adidas Global, com participação da Adidas Latin America, através do vice-presidente geral Hélio Paulo Ferraz
A empresa alemã, que oferece R$ 35 milhões anuais (a Olympikus paga R$ 18 milhões), quer fazer do Fla um de seus clubes A, juntando-o ao Bayern de Munique, o Chelsea, o Milan e o Real Madrid, ocupando a vaga que era do Liverpool. A idéia é tornar a marca internacional, com penetração em todos os mercados - inclusive o asiático.
Nesta condição, o rubro-negro passaria a ter sua camisa exposta, em lugar de destaque, nas lojas de todo o mundo, seria incluido no "Shop in Shop" (site eletrônico da Adidas, responsável por milhões de dólares em negócios) e, entre outras vantagens (como o acesso à tecnologia "My Coach", para avaliar a evolução tática e técnica dos atletas), teria abertas as portas do "World of Sport", que é o mais moderno Centro de Treinamento do mundo, em termos de tecnológicos, podendo até passar a fazer suas pré-temporadas por lá,
A proposta, que originalmente, é para suceder a Olympikus, ao final de seu atual contrato, em 2014, tem validade por 100 dias. Caso o Fla não a aceite, outros grandes clubes europeus já estão na fila.
Como forma de celebrar o futuro compromisso, a Adidas aceita adiantar R$ 25 milhões, seis meses antes de o contrato entrar em vigor.
Como atual contratante do Fla, a Olympikus tem o direito de tomar conhecimento de qualquer proposta e também preferência na renovação, caso a iguale. Dai a obrigação da presidenta Patrícia Amorim de submeter a oferta de contrato a ela, como acaba de fazer.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Só vale mesmo pela felicidade


Por Stefan Szymanski e Simon Kuper

Em Johannesburgo, há um ano, um dos autores deste texto, Simon Kuper, teve o prazer de tomar café da manhã com o ministro do esporte do Brasil, Orlando Silva júnior. Silva, homem charmoso, vestia o tipo de roupa casual que nossos próprios ministros no Reino Unido gostariam de experimentar. E ele demonstrava grandes esperanças de que a Copa do Mundo de 2014 possa impulsionar a economia do Brasil.

“A Copa serviu de estímulo para o desenvolvimento e a infraestrutura aqui na África do Sul”, ele disse. “Seguiremos o mesmo caminho no Brasil.” Silva explicou que o país escolheu deliberadamente “regiões menos desenvolvidas” para sediar os jogos de modo a dar a elas a chance de crescimento. o Brasil já começara a construir aeroportos, portos e estádios, ele informou. Haverá empregos em abundância. em resumo, a Copa é aquilo de que a economia brasileira precisava.

Com todo o respeito ao ministro: ele está errado. Sediar um torneio esportivo não faz país algum mais rico. o Brasil tirará benefícios de 2014, mas não em dinheiro. 
Como mostramos em nosso livro Soccernomics, em termos econômicos convencionais, receber a Copa não vale a pena. ela desvia o pagamento de impostos dos contribuintes destinados a outros projetos para um único mês de futebol. em qualquer país, escolas e hospitais oferecem taxas de retorno muito melhores. Quanto mais pobre um país, mais verdadeira é essa afirmação. o Brasil sacrificou um pouquinho de seu futuro para ter a Copa de 2014.

Evidentemente, o ministro pensa de outro modo. Políticos gostam de exibir os benefícios econômicos que brotam de novos estádios e avenidas recuperadas, vangloriam-se do fluxo de turistas estrangeiros e dos efeitos de marketing de mostrar o país ao mundo. Mas serão incapazes de encontrar um único estudo econômico confiável para defender essas teses. de fato, uma busca atenta e minuciosa da literatura acadêmica revela o contrário: sediar grandes eventos esportivos é um fardo, e não um benefício.

Não é preciso pensar muito para entender as razões desse fenômeno. As coisas construídas para um torneio esportivo — um novíssimo e impressionante estádio, as ruas de acesso a ele, o aeroporto numa cidade adormecida — são quase sempre desnecessárias no cotidiano. o Brasil tem sorte de abrigar a Copa e a olimpíada em um espaço de apenas dois anos, mas isso também significa que esses eventos jamais se repetirão na vida da maioria das pessoas. o país não fará uso suficiente das instalações que estão sendo erguidas.

E, para os visitantes, todos já sabemos que o Brasil é um grande destino de turismo. Muitos estrangeiros desembarcarão para a Copa, mas outros tantos, em igual ou maior quantidade, evitarão fazê-lo durante o torneio. o ganho líquido para a economia do Brasil será insignificante.

Na verdade, como evento econômico, a Copa deve ser entendida como uma série de transferências: de mulheres para homens (que terão mais diversão), dos contribuintes brasileiros para os fãs de futebol e sobretudo para os clubes.

Com estádios novinhos em folha, que farão crescer suas fortunas, os clubes talvez sejam os maiores beneficiários. o objetivo do Brasil, disse Orlando Silva no café da manhã, “é aumentar o patamar de conforto de nossos estádios, sem excluir a classe trabalhadora”. À medida que o conforto aumentar, milhões de brasileiros de classe média e suas famílias começarão a frequentar estádios. O “efeito estádio” ajuda a explicar por que as ligas de futebol dos países que sediam a Copa quase sempre veem um aumento da venda de ingressos no período posterior ao torneio. Os torcedores da nova classe média demonstram vontade de comprar ingressos caros. É o que fará os clubes mais ricos. Recentemente, um dirigente do Chelsea de Londres nos disse que vê o Brasil depois de 2014 como “um mercado que ameaça os talentos que jogam por aqui”. Um número maior de jogadores brasileiros, ele acredita, pode ficar em casa para ganhar mais dinheiro do que conseguiria na Europa. E tudo isso graças aos generosos contribuintes brasileiros.

Mas a melhor razão de todas para sediar a Copa do Mundo é a felicidade nacional. Alguns anos atrás, Stefan Szymanski, que divide a autoria deste artigo, e Georgios Kavetsos estudaram as mudanças na sensação de bem-estar em países europeus nos meses seguintes a um grande torneio de futebol. Foram ouvidos milhares de pessoas em cada país, na baixa e alta temporada. descobriu-se que em quase todos os casos os cidadãos, em média, declaravam estar mais felizes. O estudo acompanhou diversas fontes de variação de humor — a renda, o status conjugal, o emprego e assim por diante. Receber campeonatos de futebol, inequivocamente, fez diferença positiva.

A chave parece ser a experiência coletiva. Quase todo mundo em um país-sede se sente envolvido com a competição. Falam do assunto nos pontos de ônibus, nos escritórios, nas escolas. O torneio dá às pessoas o sentimento de um propósito comum. É verdade mesmo em casos de derrota: o trauma brasileiro de 1982, quando as pessoas no Brasil chegaram a se sentar nas ruas soluçando, depois da derrota para a Itália, talvez tenha sido mais unificador que os cinco triunfos.

Sediar a Copa, portanto, fará os brasileiros mais felizes, ao menos por um tempo, e deve melhorar a vida dos clubes. Mas não fará ninguém mais rico. Os políticos poderiam ter a honestidade de confessar essa verdade.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/so-vale-mesmo-pela-felicidade

Data: 30/07/2011

O efeito dos jogos na economia britânica

Por Jonas Oliveira

O Banco da Inglaterra divulgou ontem uma previsão otimista sobre os efeitos dos Jogos Olímpicos na economia do Reino Unido. Na avaliação do órgão, os gastos internos e a presença de turistas será capaz de reverter a recessão no país, provocando um crescimento de 0,2% no terceiro trimestre do ano.

Ainda que o número seja modesto, é preciso colocá-lo em perspectiva. Os gastos domésticos gerados pelos Jogos Olímpicos podem ser apenas uma transferência de outros setores da economia. O dinheiro empregado em um ingresso para as competições deixa de ser gasto no cinema; o souvenir ligado aos Jogos substitui um presente convencional.

Mesmo o fluxo de turistas estrangeiros durante as Olimpíadas pode não ser tão positivo: muita gente deixa de visitar o país no período, para evitar o caos e os preços elevados de hotéis e passagens. Em 2004, por exemplo, o número de turistas na Grécia foi 10% menor que no ano anterior.

Em julho passado, o economista Stefan Szymanski e o jornalista Simon Kuper  escreveram um artigo para VEJA  alertando os brasileiros sobre as expectativas irreais criadas em torno da Copa de 2014. Autores do livro Soccernomics, eles defendem que sediar megaeventos esportivos trazem como benefício apenas o sentimento de um propósito comum que se cria no país.

Segundo os autores, até hoje não há comprovação de que a Copa do Mundo ou os Jogos Olímpicos sejam capazes de gerar o crescimento econômico. Em contrapartida, há um consenso de que a gastança desenfreada da Grécia para concluir as obras para os Jogos de Atenas 2004 teve reflexos na crise atual – um exemplo nada animador para os britânicos.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/olimpiadas/londres/o-efeito-dos-jogos-na-economia-britanica/

Ouro pelos trilhos


Por Jorge Luiz Rodrigues

Com 149 anos de existência, o metrô de Londres está se preparando para ver seu fluxo de pessoas transportadas aumentar significativamente nas Olimpíadas

LONDRES - Antes mesmo de se tornar a capital olímpica de 2012, o uso do transporte público é a medalha de ouro no dia a dia dos cidadãos londrinos, que fazem cerca de 3,5 milhões de viagens diárias só de metrô. Mas a chegada de 10.500 atletas, 21 mil integrantes da mídia e cerca de 881 mil visitantes extras durante as Olimpíadas — de 25 de julho a 12 de agosto — fez com que a capital inglesa tomasse medidas não menos dispendiosas na tentativa de evitar que a festa do esporte signifique o caos na rotina de uma das metrópoles mais importantes do mundo.
Se algum turista ou cidadão londrino preferir não ficar imprensado num dos trens do metrô que levam ao Parque Olímpico com o aumento do fluxo de passageiros, é bom se planejar. A campanha "Get ahead of the Games" ("Chegue à frente dos Jogos") usa histórias curiosas e cartazes criativos, como o de dois brutamontes da luta greco-romana saindo de um vagão, para incentivar a população e as empresas a planejar e a priorizar os deslocamentos durante o período do megaevento.
Mesmo com 13 linhas de metrô e outras sete de superfície, além de variados ramais de trens urbanos, Londres lançou, no fim do ano passado, a campanha nacional para encorajar os usuários do sistema a assegurar que não só a capital inglesa, mas outras cidades britânicas, não sejam prejudicadas pelo programa das Olimpíadas. Segundo números do London Partners e da Associação Britânica de Hospedagem, a capital inglesa recebe a expressiva média de 1,5 milhão de visitantes a cada mês de agosto. Porém, com os Jogos, terá 294 mil turistas estrangeiros adicionais e outros 587 mil vindos de todas as partes do Reino Unido.
Outdoors nas ruas, pôsteres bem-humorados nas estações de trem, de metrô e nos ônibus, além de anúncios nas rádios, nas TVs e nos jornais, juntamente com $nas redes sociais, buscam a comunicação direta com os usuários de transportes públicos. No site (www.getaheadofthegames.com) e nas mídias sociais, como o Twitter (@gaotg), a campanha mostra quais estações, dias e horários haverá demanda acima do normal, incentivando os passageiros normais a buscar rotas alternativas e linhas menos congestionadas.
No site e no Twitter, os usuários recebem as últimas informações e sugestões de como se planejar para o período dos Jogos e evitar as áreas de tensão e de maior demanda, como as estações Stratford, Westminster, London Bridge, Bank, Canary Wharf, Liverpool Street e West End, entre outras.

PROGRAMA EM TRÊS FASES
A campanha "Chegue à Frente dos Jogos" é coordenada pela Olympic Delivery Authority (ODA), equivalente à Autoridade Pública Olímpica dos Jogos Rio-2016, e pelo TfL (Transporte para Londres), es$écie de secretaria de transportes. Os dois órgãos calculam que só os portadores de ingressos farão 20 milhões de viagens durante os 19 dias das Olimpíadas — sendo três milhões no dia com maior número de eventos (4 de agosto). Por isso, a ODA e o TfL têm trabalhado com empresários, comerciantes e empresas para que a cidade possa lucrar com a estimativa de uma injeção de 750 milhões de libras na economia só com os gastos dos visitantes.
— A campanha tem três fases: a primeira foi focada em aumentar o conhecimento sobre onde e como o transporte público será afetado no período dos Jogos — explica, ao GLOBO, Nancy Ryder, porta-voz do TFL.
A fase dois da campanha está em andamento e mostra as alternativas disponíveis para evitar congestionamentos e superlotação, como trabalhar em diferentes horários e locais, trocar as reuniões por teleconferências, e até alternativas de transporte, como o uso de bicicletas e $caminhadas onde é possível.
— A terceira e última fase começará em junho e vai encorajar cada usuário a adotar essas medidas, assegurando que ele "Chegue à frente dos Jogos" — acrescenta Ryder.
Empresas que, durante o período dos Jogos, permitirem aos seus funcionários executar tarefas em casa, também são incentivadas e citadas na campanha. Mais de 180 já assinaram um protocolo e respondem por 350 mil funcionários.
— Por sorte, vou poder trabalhar três ou quatro dias da semana de casa, mas seria melhor estar de férias durante os Jogos — brinca a analista de sistemas Sue Maddison, passageira diária da Central Line, a linha vermelha do metrô, normalmente uma das mais procuradas do sistema e que liga o Centro ao Parque Olímpico, vizinho da estação Stratford.
Sue mora em Leyton, apenas uma estação acima do epicentro dos Jogos, e trabalha no Centro. Nos dias em que não puder fazer suas tarefas de seu apartamen$, terá de fazer uma maratona de metrô, ônibus e trem urbano para evitar a Central Line.
— Serão duas semanas. Não vai ser tão mal assim. Só espero que estejamos realmente preparados para isso — diz ela.
Para os Jogos, a cidade colocou 8,8 milhões de ingressos à disposição dos espectadores e 200 mil pessoas trabalhando na organização, entre funcionários, voluntários, staff de segurança e de empresas prestadoras de serviços. Cada portador de ingresso terá direito a viagem gratuita de ida e volta no transporte público no dia do evento que adquiriu.

NOVO TREM FUNCIONARÁ 24 HORAS
O orçamento da campanha é de £ 8,8 milhões (R$ 27,7 milhões), com 100% do investimento custeados pela ODA. As atividades irão até o fim dos Jogos Paralímpicos, que começarão pouco mais de duas semanas após o encerramento das Olimpíadas e acontecerão de 29 de agosto a 9 de setembro, com mais 4.200 atletas, 6.500 profissionais de im$e 2,2 milhões de ingressos.
Apesar da infraestrutura de transporte público, que faz o Rio imaginar o tamanho do desafio que terá pela frente, daqui a quatro anos, Londres ainda investe bilhões de libras em novos trens, plataformas e linhas. Como a do metrô de superfície que também passa em Stratford, estação vizinha ao Parque Olímpico; e a do trem de alta velocidade, que liga a estação Saint Pancras, parada do Euro Star, a nova estação de Stratford Internacional em apenas sete minutos, de olho nos turistas estrangeiros.
O novo trem desta última, batizado de Javelin (dardo), funcionará 24 horas por dia no período dos Jogos e servirá também aos jornalistas internacionais, que dormirão em hotéis na região de Euston, a 600m da estação Saint Pancras, e trabalharão no Centro Internacional de Rádio e TV e no Centro Principal de Imprensa, ambos no Parque Olímpico, distante cerca de 20km.
Tudo para ninguém chegar atrasado aos Jogos.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/olimpiadas2012/ouro-pelos-trilhos-5020875#ixzz1vuaedsjW 

Opinião: Enquanto isso, em competições menores no município que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, o "sistema" de trens extras não funciona como anunciado pela empresa. Deixando uma espera de 30 minutos após o horário anunciado. Pode-se verificar no planejamento de Londres um real esforço para que o transporte funcione, sem grandes reinventar a roda.

Disputa ameaça campo de golfe para 2016


Empresa que reivindica posse de terreno onde modalidade vai ser ser disputada pede, na Justiça, suspensão de contratos

RIO - Um imbróglio judicial ameaça o cronograma das obras de construção do campo de golfe onde serão disputadas as provas da modalidade esportiva nas Olimpíadas do Rio, em 2016. Na tarde desta quarta-feira, o advogado da empresa Elmway Participações entrou na Justiça com um pedido de suspensão e nulidade de contratos e atos administrativos para edificações no terreno de 1,2 milhão de metros quadrados na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca.
A área, ao lado do condomínio Riserva Uno, tem a titularidade disputada desde 2009 pela Elmway e pelo empresário Pasquale Mauro. Em março, o prefeito Eduardo Paes e o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, anunciaram uma parceria público-privada com Pasquale e a construtora RJZ Cyrela, para a construção de um campo de golfe no local. Após o anúncio, a Elmway solicitou judicialmente a cópia do contrato da parceria. O pedido gerou um mandado de busca e apreensão no gabinete do prefeito e no escritório da Cyrela, expedido pela 15 Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça.
— Solicitamos acesso ao contrato firmado para a construção do campo de golfe logo que o anúncio das instalações olímpicas foi feito. A Justiça determinou busca e apreensão, mas tanto a prefeitura como a Cyrela informaram que o documento não existe. Por isso, entrei com um pedido de suspensão e nulidade de qualquer contrato, acordo ou ato administrativo para construções ou edificações no terreno, até que a titularidade seja definida judicialmente — diz o advogado Sérgio Antunes Lima Júnior, que representa a Elmway.
A empresa diz ter adquirido o imóvel por R$ 10 milhões de um espólio em 2006. A disputa para determinar quem é o proprietário da área aguarda julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por meio de nota, a prefeitura informou que, no dia 18 deste mês, recebeu uma oficial de Justiça com um mandado de busca e apreensão para recolher o contrato relativo à construção do campo de golfe na Barra da Tijuca. Segundo o município, a oficial foi informada de que não existe contrato de qualquer natureza assinado pelo Executivo a esse respeito. Ainda de acordo com a nota, o campo de golfe é um empreendimento exclusivamente privado, que será desenvolvido pelo Comitê Rio 2016.
Já o Comitê Rio 2016 informou que o acordo com “o proprietário do terreno, Pasquale Mauro; a construtora RJZ Cyrela; e a empresa que administrará o campo está sendo finalizado e ainda será assinado”. Sobre a disputa de titularidade da área, o comitê afirma que “o acordo será firmado com o proprietário do terreno, conforme o Registro Geral de Imóveis do Rio de Janeiro”.
Ainda segundo o Comitê Rio 2016, a construção do campo de golfe será iniciada no próximo semestre. O custo previsto das obras é de R$ 60 milhões. Um evento teste está programado para 2015.
O empresário Pasquale Mauro e a construtora RJZ Cyrela foram procurados pelo GLOBO, mas não se pronunciaram sobre o assunto.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/disputa-ameaca-campo-de-golfe-para-2016-5016760#ixzz1vuZ62Ib9 

Organização divulga desenho dos ingressos para Jogos de Londres


Bilhetes terão uma tecnologia criada especialmente para evitar falsificações

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos (Locog) de Londres apresentou ontem (21) o modelo dos ingressos da competição, que terão uma tecnologia criada especialmente para evitar falsificações.

Os bilhetes, desenhados pela companhia Futurebrand, terão um pictograma do esporte ao qual correspondem e serão de diferentes cores - rosa, azul, laranja, roxo e amarelo -, variando de acordo com o local de cada evento, o que ajudará os espectadores a encontrar seu destino.

Todos os ingressos, que também terão um desenho dos locais das competições, serão do mesmo tamanho, exceto os da cerimônia de abertura, que são maiores e de cor dourada.

Os bilhetes também terão impressos o nome do comprador, um código de barras e um holograma, assim como outras medidas de segurança para evitar a revenda e a falsificação.

O Locog, que nesta segunda-feira abriu a venda de ingressos para os Jogos Paraolímpicos, recomendou que as entradas sejam adquiridas somente em pontos autorizados.

"É importante que todos mantenham seus bilhetes em lugares seguros e que fiquem atentos aos pontos de venda. Se comprarem em locais não autorizados, acabarão perdendo os eventos e o dinheiro", disse Paul Deighton, diretor-executivo dos Jogos de Londres 2012.

O comissário-chefe da Polícia metropolitana de Londres, Nick Downing, assegurou que os ingressos contêm muitas medidas de segurança para detectar as falsificações.

"A melhor maneira de assegurar que as entradas são verdadeiras é comprá-las dos vendedores autorizados que existem na web", disse Downing.

A 30ª edição Jogos Olímpicos da era moderna será realizada na capital britânica de 27 de julho a 12 de agosto, enquanto os Paraolímpicos irão de 29 de agosto a 9 de setembro.

Foonte: http://www.portal2014.org.br/noticias/9927/ORGANIZACAO+DIVULGA+DESENHO+DOS+INGRESSOS+PARA+JOGOS+DE+LONDRES.html

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ambev põe gerentes em times do Rio de Janeiro


Por Guilherme Costa

Primeiro foi a estrutura. Agora, a preocupação maior é o que fazer com ela. A Ambev iniciou neste ano uma segunda etapa no plano da companhia para o futebol brasileiro. Para isso, colocou quatro gerentes para trabalhar dentro dos times do Rio de Janeiro.

Os profissionais escolhidos pela Ambev são torcedores, respectivamente, de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Eles trabalham alocados nas equipes, funcionando como gerentes de contas.

“A ideia é acelerar as decisões e facilitar a interação com o clube. Queremos melhorar a gestão do patrocínio, e para isso colocamos esses profissionais lá”, relatou Rafael Pulcinelli, gerente corporativo de marketing da Ambev.

Ainda neste ano, Pulcinelli passará a supervisionar 11 profissionais. A ideia de gerentes alocados nos clubes não funcionará em todas as regiões – no Rio Grande do Sul, por exemplo, um mesmo executivoatenderá Grêmio e Internacional.

A Ambev lançou no ano passado um plano de investimento contundente no Brasil. A missão da empresa é fazer do futebol nacional o melhor do mundo.

Para isso, a empresa concentrou esforços no desenvolvimento da estrutura de clubes nacionais. A Ambev estabeleceu parcerias com mais de 30 equipes em âmbito nacional, e cada projeto foi montado de acordo com as necessidades mais prementes do time.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a Ambev assumiu a gestão do gramado do estádio Engenhão, reformou a sala de troféus do Fluminense, realizou obras nos vestiários do Vasco e entrou no projeto de um novo CT para o Flamengo.

“Nós fizemos do Rio de Janeiro um piloto para o restante do Brasil. Testamos várias ideias que depois foram levadas para outras regiões”, completou Pulcinelli.

Fonte: http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/gestao/25/25303/Ambev-poe-gerentes-em-times-do-Rio-de-Janeiro/index.php

IBOPE Media e Repucom lançam empresa de pesquisa de marketing esportivo na América Latina


São Paulo – O IBOPE Media (www.ibope.com), joint venture entre o Grupo IBOPE e a Kantar Media, e a Repucom (www.repucom.net), membro do grupo RSMG Insights, anunciam hoje o lançamento de um abrangente serviço de pesquisa de marketing esportivo na América Latina.

Diante da liderança global da Repucom em pesquisas de esporte e da incontestável liderança do IBOPE Media em pesquisa de mídia na América Latina, a parceria inicia suas operações com o nome de IBOPE/Repucom Sports, com sede em Buenos Aires, na Argentina. Ao longo do ano iniciará a atuação nos demais países da região, com exceção do Brasil.

“O esporte está estampado na sociedade latino-americana e, como líder em pesquisas na América Latina, o IBOPE Media procurava oferecer um serviço de nível mundial para a região, especialmente para o setor esportivo. Vimos uma oportunidade de parceira com a Repucom, líder mundial neste segmento”, conta Carlos Augusto Montenegro, presidente do Grupo IBOPE.

“Nós acompanhamos o crescimento do setor de esportes na América Latina e consideramos diversas maneiras de entrar neste mercado. No entanto, um parceiro apropriado foi a chave para a implementação bem sucedida dos serviços. O IBOPE Media é parceiro ideal para este assunto”, diz o CEO da Repucom, Paul Smith. “Coletivamente estamos trazendo expertise esportiva mundial e produtos relacionados ao conhecimento local. Este é mais um passo para a estratégia de consolidação da Repucom como um líder mundial na indústria de pesquisa esportiva.”

A demanda crescente por serviços relacionados ao esporte na América Latina combinada com o aumento da sofisticação da indústria criou uma necessidade por informações confiáveis, consistentes e precisas. O IBOPE/Repucom Sports vai permitir que governos, marcas, emissoras, agências e detentores de direitos possuam informações mais transparentes sobre os benefícios e os valores gerados pelo investimento em esporte.

“Mantendo uma longa relação entre a Kantar e o IBOPE Media, nós temos prazer em trabalhar para desenvolver serviços adicionais em pesquisa de mídia com foco no crescente setor de patrocínios esportivos. Estamos empolgados com este novo negócio e com a perspectiva de oferecer aos clientes da Kantar informações adicionais sobre o que acontece no mercado latino-americano”, afirma Richard Brinkmann, da Kantar Sports.

O IBOPE Media é uma joint venture entre o Grupo IBOPE e a Kantar Media. Está presente em 13 países da América Latina e é líder inconteste em pesquisa de mídia na região. Seu escopo de serviços inclui acompanhamento do investimento publicitário e medição de audiência em diferentes meios, como televisão, rádio, mídia impressa e online.| www.ibope.com

Repucom – Liderança em análise e pesquisa de marketing esportivo -Como líder mundial em análise e pesquisa de marca, a Repucom oferece avaliação confiável de patrocínio esportivo com alcance global e conhecimento local. Utiliza sua extensa e constantemente atualizada base de dados nacional e internacional para oferecer ideias cruciais para a efetividade do conteúdo da marca, revelando as práticas de marketing mais eficientes para o patrocínio. A Repucom oferece com exclusividade uma análise baseada em evidências da marca que pode ser utilizada para medir a atividade da marca em eventos ou mensurar o desempenho de concorrentes por meio de um inventário de patrocínio. Desde 2004, a companhia se estabeleceu mundialmente como provedora de dados para as principais maracas, agências, detentores de direitos e emissoras da indústria esportiva. Como membro do grupo RSMG Insights, a Repucom integra uma rede global composta por 1.400 funcionários em 14 países. Utilizando tecnologia de ponta para avaliação de mídia, pesquisa de mercado e auditoria comercial, a RSMG Insights criou a primeira indústria global de serviço completo para pesquisa e consultoria para patrocínio.[ www.repucom.net]

RSMG Insights-RSMG Insights – Líder global em pesquisas esportivas-Como uma holding estratégica, a RSMG Insights gerencia um portfolio de empresas que por mais de 25 anos estão entre as líderes no fornecimento de serviços na indústria de pesquisa esportiva. A RSMG Insights foi criada em novembro de 2010 com o objetivo de oferecer uma plataforma global de monitoramento de patrocínio e análise e avaliação de negócios esportivos. Entre as empresas do grupo estão a REPUCOM, SPORT+MARKT, IFM Sports e IFM Sports Marketing Surveys. [www.rsmg-insights.com].

A Kantar Media oferece recomendação estratégica e inteligência competitiva para as marcas líderes mundiais, anunciantes, agências e outros, auxiliando na navegação e a ter sucesso em uma indústria de mídia em rápida evolução. Isso inclui análise de oportunidades em mídia paga, conselhos sobre a reputação da marca, gerenciamento corporativo, engajamento do consumidor por meio de mídia própria e avaliação da reação dos consumidores na mídia espontânea. A Kantar Media fornece aos seus clientes uma ampla gama de conhecimentos a partir de pesquisa de audiência, inteligência competitiva, comportamento do consumidor e recomendações digitais para a efetividade do marketing e influência online. Sua equipe atualmente trabalha com 22.000 empresas, acompanhando 3 milhões de marcas em 50 países. A Kantar Media é uma unidade da Kantar, o braço de consumer insight da WPP, o maior grupo de serviços de comunicação do mundo.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=202833

Londres-2012 deve bater 100 mi de libras em hospitalidade


Os Jogos Olímpicos de 2012, que serão realizados em Londres, devem superar a marca de cem milhões de libras em receita oriunda da venda de pacotes corporativos. A projeção positiva faz parte de uma análise feita pela Prestige Ticketing, responsável pela venda desse tipo de ingresso.

Segundo a empresa, 80% das entradas corporativas para Londres-2012 já foram comercializadas. A Prestige disponibilizou um total de 88 mil pacotes.

A Prestige montará estruturas especiais para convidados em Londres, como um aparato para três mil pessoas ao lado do parque olímpico. Além da recepção, a empresa fará serviços como transporte e catering para o público selecionado.

“O mercado corporativo tem sido nosso foco desde o início, mas nós também vendemos uma série de pacotes de hospitalidade para pessoas físicas”, relatou Alan Gilpin, diretor de operações da Prestige, em entrevista ao site “SportBusiness”.

Fonte: http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/olimpiadas/25/25275/Londres-2012-deve-bater-100-mi-de-libras-em-hospitalidade/index.php

Gestão do esporte na Rádio

José Carlos Brunoro, presidente de conselho da Brunoro Sport Business, terá uma coluna diária na nova rádio Bradesco Esportes FM, do Grupo Bandeirantes de Comunicação. O executivo comentará diariamente sobre o tema “Gestão no Esporte”, área em que Brunoro atua há mais de 40 anos e acumula inúmeros contratos e negócios de sucesso, entre eles: presidente do conselho da Brunoro Sport Business (empresa onde é sócio fundador), diretor de marketing da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), diretor de projeto do Audax São Paulo Esporte Clube, na capital paulista, e do Audax Rio de Janeiro Esporte Clube, no Rio de Janeiro, clubes empresa do Grupo Pão de Açúcar, diretor de esportes da Parmalat na América do Sul quando implantou, em 1992, o sistema de co-gestão Palmeiras-Parmalat, avaliado até hoje como o principal case de sucesso no marketing esportivo brasileiro.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=203852

quinta-feira, 17 de maio de 2012

"O conceito de arena é puro marketing", diz arquiteto da Copa


Autor do novo Mané Garrincha fala também sobre sustentabilidade na arquitetura esportiva

Por Rafael Massimino

Existe diferença conceitual entre as arenas que estão em construção para a Copa e os estádios existentes no Brasil?
Nenhuma. Na verdade, foi durante a Copa dos EUA, em 1994, que os estádios começaram a ser chamados de arenas. Minha teoria é que o pessoal de marketing passou a usar esse nome para vender o produto de um modo diferente e arrecadar mais anunciantes. Mas é exatamente o mesmo produto.

Mas a arquitetura de estádios evoluiu desde 1994, certo?
Sim, e principalmente por causa das Copas, que lançam tendências. Nos EUA, ocorreu a adaptação dos estádios de futebol americano para o soccer. Já a França criou um produto novo, o estádio multiuso, com arquibancada retrátil que cobre a pista de atletismo. A Coreia e o Japão construíram estádios tecnológicos: sai o campo, gira a cobertura, abre e fecha. Na Alemanha, ganhou destaque a tradição da eficiência, e foi também a introdução de alguns conceitos verdes nos projetos.

E a África do Sul?
Apesar dessa evolução no conceito dos estádios, apenas a África do Sul não teve inovação. Simplesmente importaram projetos alemães.

Os estádios brasileiros terão qual diferencial?
Os 12 estádios da Copa terão certificado de construção sustentável. Essa é a nossa inovação. Quando se analisa o calendário mundial, vemos que isso estava na ordem do dia. Desde a ECO-92 até a Rio+20, o Brasil sempre teve papel destacado nas discussões sobre economia sustentável. A Copa e a Olimpíada foram os cenários ideais para introduzir esses conceitos na arquitetura esportiva.

Quando começou esse processo?
Por iniciativa dos alemães, a Fifa acabou criando o programa Green Goal. Recomendava redução do consumo de água, algo sobre geração de energia, mas no geral era muito básico. Para se ter uma ideia, o grande legado sustentável da Copa de 2006 foi a implantação de um programa de gerenciamento de resíduos no Allianz Arena.

De 2006 para cá já se foram seis anos sem estádios certificados. O que aconteceu nesse meio tempo?
Um exemplo que não foi muito positivo é a Olimpíada de Pequim. O Ninho de Pássaro tem placas fotovoltaicas, mas a energia gerada é ínfima perto do impacto do estádio. Alguma montanha na Austrália foi botada abaixo para extrair todo o minério necessário para a construção. A energia embutida naquele estádio é muito grande.

Usaram a sustentabilidade para fazer marketing?
A expressão correta é green wash, ou “verniz verde” em português. Está na moda dizer que meu estádio é verde, então vou inventar uma história. Mas se analisar a linha de produção não tem nada de verde. A base da concepção daquilo foi mostrar para o mundo um símbolo de poder econômico da China. A estrutura é esteticamente muito bonita. Mas foi quando comecei a perceber que a beleza não estava mais na extravagância das coisas, mas na eficiência.

Quando isso veio para o Brasil?
Em 2008, ajudei a elaborar o plano “Copa Verde”. Posteriormente, envolvemos órgãos como o Green Building Council Brasil (GBC Brasil) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que acabou por vincular o financiamento para a construção de estádios à obtenção dos certificados. Mas queríamos que o banco desse condições mais favoráveis de acordo com a graduação do certificado. 

Mas não foi isso que ocorreu.
Infelizmente não. Se você parte para uma graduação básica, os investimentos são muito menores. O BNDES preferiu fazer um pacotaço e oferecer até R$ 400 milhões para quem conseguisse qualquer nível de certificação. O que aconteceu com isso? Todo mundo foi para o básico.

O que diferencia os graus de certificado? 
Os 10 pré-requisitos são os mesmos para todos os certificados (simples, silver, gold e platinum). Com 20% de economia você consegue um certificado básico. Uma redução de 30% a 40% gera mais pontos e vai mudando a categoria. No caso do Mané Garrincha, todas as reduções são acima de 50%. O pulo que pretendemos fazer do gold para o platinum, que são quase 20 pontos, deve ser obtido na geração de energia solar.

Como funciona o processo de certificação?
Há vários pré-requisitos, começando pela escolha do terreno adequado. Se eles forem cumpridos, é necessário, então, gerar um modelo energético (isso porque, ao contrário de uma residência, não há como comparar um estádio com outro). O projeto e a obra recebem pontuações em categorias como reciclagem de resíduos, eficiência energética, economia de água etc. São dez itens. Durante a fase de projetos, você tem um agente de comissionamento que verifica se os sistemas projetados realmente economizam. Com a obra pronta, há uma avaliação para determinar qual grau de certificado será dado ao edifício.

Como estão as negociações para a geração de energia no estádio?
Graças ao projeto do Mané Garrincha, conseguimos uma lei para troca de energia. O Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) só certifica se você puder vender o excedente que gera. Foi um parto mudar isso. Conseguimos uma lei federal de compensação que prevê mais ou menos o seguinte: se você gera energia na sua casa de campo, o excedente pode ser compensado na sua residência em São Paulo. Ou seja, o gerador particular de energia não pode vender o excedente, apenas trocá-lo.

Quanto o Mané Garrincha vai gerar?
Você gera 2,5 MW, o equivalente a mais de duas mil residências. O estádio tem sobra de energia, já que o pico de consumo ocorrerá durante os eventos e no horário noturno. Os escritórios, por exemplo, não têm iluminação ligada durante o dia por causa da iluminação eficiente.

Foi difícil convencer as construtoras?
Para a construtora tudo é preço. Se eu vou gastar mais, estou diminuindo o lucro. Mas elas começaram a entender que não existe valor mensurável para a exposição gerada por esses projetos. A Andrade Gutierrez é uma construtora muito conceituada, mas não tinha no portfólio um projeto com certificação Leed. Agora vai poder mostrar isso para o mundo inteiro num evento midiático como a Copa do Mundo.

Fonte: http://www.portal2014.org.br/noticias/9868/O+CONCEITO+DE+ARENA+E+PURO+MARKETING+DIZ+ARQUITETO+DA+COPA.html

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Velódromo olímpico fracassa em negociação de naming rights


A negociação envolvendo os naming rights do velódromo que será usado nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 fracassou. A Sky estava muito perto de um acordo com o equipamento, mas segundo o jornal “The Telegraph”, as conversa naufragou.

A Sky negociava um contrato de dez temporadas, com pagamento de um milhão de libras por ano para dar nome ao velódromo. Os proprietários do aparato agora tentam outras duas companhias, mas as conversas estão em estágio inicial.

Caso um contrato pela venda do direito do nome do velódromo não seja concluído, haverá uma taxa extra repassada aos habitantes de Herfordshire, Essex e Londres, que já fazem uma contribuição anual pelo financiamento de estruturas olímpicas.

Depois do término dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, o velódromo será aberto ao público. O equipamento também conta com pista de BMX e trila de mountain bike.

Fonte: http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/patrocinio/25/25148/Velodromo-olimpico-fracassa-em-negociacao-de-naming-rights/index.php

No país dos apelidos, o desafio de lucrar com um 'Itaquerão'


Clubes sofrem para fechar contratos de naming rights em seus novos estádios. Corinthians enfim achou um interessado. Mas a torcida vai adotar novo nome?

Giancarlo Lepiani, com reportagem de Davi Correia

É dia 12 de junho de 2014. A seleção brasileira de futebol dá o pontapé inicial na segunda Copa do Mundo realizada no país jogando no novíssimo Estádio Santander, em São Paulo. Um mês e 62 partidas depois, chega a data da decisão do Mundial, 13 de julho de 2014 - e o Brasil volta a campo, desta vez no Rio de Janeiro, para conquistar o hexacampeonato no gramado da reformada Arena Petrobras. O leitor mais atento deve ter percebido pelo menos três elementos altamente duvidosos no cenário hipotético descrito acima. Em primeiro lugar, a existência de estádios prontos a tempo do torneio; em segundo, em uma projeção um pouco mais improvável, a presença da seleção brasileira (que, a apenas dois anos da estreia, ainda está sem cara) na finalíssima da Copa; e uma terceira, ainda mais inacreditável, a adoção dos nomes de grandes empresas para se referir aos estádios Itaquerão e Maracanã. Durante o Mundial, eles não teriam mesmo o nome de nenhum patrocinador, já que a Fifa veta esse tipo de propaganda. A esperança dos envolvidos na construção dos estádios do Mundial, porém, era a comercialização dos chamados "naming rights" das arenas para antes e depois do evento, custeando pelo menos uma fração dessas obras multimilionárias. Até agora, no entanto, não existe nenhum negócio fechado - e é não é fácil achar alguém fora dos clubes que acredite no sucesso desses contratos no Brasil. Pelo menos alguns acordos devem sair. Mas aí virá a segunda parte da batalha: fazer o torcedor se acostumar aos nomes corporativos.

"É uma questão cultural, algo novo e que demora a se desenvolver", afirma Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO, ao avaliar a chance de um estádio brasileiro ser conhecido pela marca de seu patrocinador. "É preciso incrementar a plataforma de patrocínio para que uma empresa esteja disposta a pagar os valores pretendidos pelos clubes. Só pelo nome no estádio é pouco." O Corinthians, por exemplo, tenta arrumar alguém disposto a despejar até 40 milhões de reais por ano para dar nome ao seu futuro estádio. Diante da popularização do nome Itaquerão, entretanto, a tarefa mostrou-se duríssima - e só agora o clube engatou uma negociação consistente com uma empresa interessada. De acordo com a coluna Radar de VEJA, as conversas com a Brahma estão avançando, e a Ambev cogita usar o nome de sua centenária marca de cerveja no estádio por 20 anos. Mas será que qualquer outra versão - como "Arena Brahma" - será capaz de ofuscar o título extraoficial, relativo ao bairro da Zona Leste de São Paulo onde o estádio está sendo construído? "O brasileiro gosta de dar apelido para as coisas, é uma questão cultural", lembra Erich Beting, especialista em marketing esportivo. Uma coisa que pesa a favor do Itaquerão, contudo, é o fato de jamais ter sido palco de um jogo sequer. "Tradicionalmente, o naming rights funciona para estádios novos, não para os antigos, que já têm seu nome e suas histórias", diz Beting. "Vai ser difícil tirar o nome do Maracanã, por exemplo."

Veto da Globo - O estádio que vai receber a final da Copa não está à procura de patrocinadores no momento. É bem provável, porém, que o Maracanã passe para as mãos da iniciativa privada depois do Mundial - Eike Batista surge como o principal interessado. Nesse caso, existe a chance real de que o estádio mais famoso do planeta ganhe algum nome de fantasia. Na boca do torcedor, contudo, ele jamais deixará de ser o Maracanã. Entre as novas arenas em construção no Brasil, há vários candidatos a um patrocínio batendo de porta em porta nas empresas com verba publicitária vultosa o bastante para assumir um gasto desse tipo. Além do Corinthians, que tenta o maior negócio do gênero no país, também tentam atrair interessados clubes como o Palmeiras, que planeja para 2013 a inauguração de sua nova arena, e o Grêmio, que corre para inaugurar o substituto do Estádio Olímpico ainda neste ano. Todos esbarram na resistência das TVs ao uso dos nomes de fantasia em suas narrações e programas. O Corinthians fez de tudo para colocar essa exigência em seu contrato de exibição das partidas do Brasileirão pela Globo. Mesmo sendo parceiro fidelíssimo da emissora, não conseguiu a garantia. O canal a cabo de esportes do grupo, o Sportv, também não falará os nomes dos patrocinadores no ar.

A rejeição aos naming rights na TV não é generalizada. Os canais ESPN e a recém-chegada Fox Sports prometem adotar os nomes de fantasia em suas programações, mas isso não deve ser o bastante para convencer os investidores. Para Erich Beting, a resistência dos meios de comunicação não explica, sozinha, a dificuldade em fechar os acordos. De acordo com ele, toda a estratégia adotada pelos clubes na busca por contratos de naming rights vem sendo equivocada. "Quem vende e quem compra precisa entender o conceito. Na verdade, o melhor negócio não é nem dar nome ao estádio. É obvio que isso é interessante, mas as empresas podem ter benefícios ainda maiores com um contrato desse tipo, como poder fazer ações de relacionamento com clientes dentro do estádio, ter direito a ingressos para todos os eventos e poder fechá-lo por alguns dias pra uso próprio." O melhor exemplo, conforme Beting, é a Allianz Arena, erguida em Munique para receber a abertura da Copa de 2006. Passados seis anos do Mundial, o estádio - que, dentro de duas semanas, será palco da final da Liga dos Campeões - segue sendo rentável tanto para o Bayern, que manda seus jogos no local, como para a patrocinadora. E, tanto na TV como na arquibancada, não existe "Municão" ou "Bayernão" - ninguém chama a arena de qualquer outro nome que não a marca da companhia seguradora alemã.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/no-pais-dos-apelidos-o-desafio-de-vender-um-itaquerao

Por que os grandes clubes sofrem para arrumar patrocínios


Flamengo, Corinthians e São Paulo estão em destaque na TV, mas sofrem para encontrar interessados em estampar camisas. E a culpa é dos próprios cartolas

Giancarlo Lepiani, com reportagem de Davi Correia

 duas semanas do início da principal competição do futebol brasileiro, os três clubes mais populares do país têm um problema em comum. Flamengo, Corinthians e São Paulo entrarão na competição sem patrocínio nos espaços nobres de suas camisas, apesar da grande exposição de seus uniformes no Campeonato Brasileiro. As três agremiações somam cerca de 70 milhões de torcedores. Todas têm elencos caros e chances reais de conquistar o título. As partidas serão exibidas ao vivo por duas emissoras de TV aberta e um canal por assinatura, sem contar as transmissões no sistema pay-per-view. Ainda assim, esses três clubes penam para arrumar empresas interessadas em estampar suas marcas nas camisas vestidas por ídolos como Ronaldinho Gaúcho, Lucas e Luís Fabiano. Se não conseguirem fechar novos contratos a tempo, os times vão estrear no Brasileirão com uniformes inusitados - com logotipos pequenos de anunciantes menos conhecidos (como escolas de inglês) nos ombros ou na barra das camisas, mas com espaços em branco no peito e nas costas, espaço reservado às cotas mais caras de patrocínio no futebol. Até poucos anos atrás, só clubes pequenos vendiam esses espaços periféricos. Hoje, essa estratégia virou um paliativo para os grandes clubes que não conseguem encontrar um patrocinador generoso o bastante para custear toda a receita de marketing pretendida por seus cartolas.

"O problema é que os clubes ainda não conseguiram incrementar seu negócio a ponto de aumentar o interesse das marcas", avalia Amir Somoggi, diretor da área de consultoria esportiva da BDO. Para ele, o patrocínio de futebol está ficando caro demais para as empresas - os clubes têm aumentado suas pedidas na hora de negociar, sem oferecer as contrapartidas necessárias para fazer o contrato valer a pena. A começar pelo fato de um patrocinador ter de brigar por destaque com o logotipo de outras empresas num mesmo uniforme. "As empresas já perceberam que não vale pagar 30 milhões de reais na camisa de um clube e dividir espaço com outras marcas", destaca Erich Beting, especialista em marketing esportivo. Na opinião de Amir Somoggi, os clubes brasileiros ainda trabalham o patrocínio num modelo ultrapassado, em que o acordo financeiro com a empresa se resume à exposição do logotipo na camisa e nada mais. "A solução seria melhorar o departamento de marketing dos clubes, oferecer aos patrocinadores mais alternativas", afirma Sommoggi. "Assim, as empresas veriam as grandes equipes como potenciais geradores de negócios, e não apenas de exposição na mídia." O melhor exemplo desse novo enfoque no marketing do futebol é encontrado na Inglaterra, casa do clube mais valioso do planeta. De acordo com ranking divulgado pela Forbes, o Manchester United fechou 2011 valendo nada menos que 2,2 bilhões de dólares. Sua receita total no ano foi de 1 bilhão de reais. Desse montante, 308 milhões vieram de patrocínios, sete vezes mais que o Corinthians, campeão brasileiro nesse quesito (veja na tabela abaixo). No ano passado, o United fechou um novo contrato com a empresa de entregas americana DHL. Pelo acordo, o clube receberá 30 milhões de reais anuais durante quatro anos para estampar o logotipo da DHL, mas apenas nos trajes de treino, nunca nas partidas. Para um clube brasileiro, é um valor espetacular até para um contrato de patrocínio master, com direito a logotipo na camisa de jogo, em placas no estádio e nos panos de fundo das entrevistas coletivas.

Carros e aviões - A Europa é um mercado muito mais rico que o Brasil, evidentemente. Mas não é só isso que explica a diferença de patamar quando se trata de contratos de patrocínio no futebol. As alternativas de negócio citadas por Amir Somoggi como melhor caminho para os clubes brasileiros dispostos a lucrar mais com patrocínios já são adotadas pelos supertimes europeus. Para seguir no exemplo do Manchester United, a Turkish Airlines, uma das companhias aéreas que mais crescem no mundo, fechou recentemente um contrato milionário com os ingleses. Assim como a DHL, ela não tem espaço no uniforme da equipe. A ligação entre as marcas é feita de outras formas - com ações institucionais, por exemplo. Quem embarca num avião da Turkish é pego de surpresa por um vídeo de segurança diferente. Ao invés das aeromoças, ídolos da equipe, como Rooney e Nani, fazem as demonstrações de como agir em caso de emergência (assista no quadro abaixo). No segundo clube mais valioso do planeta, o Real Madrid, os anéis da montadora alemã Audi não aparecem na roupa dos jogadores. Mas a agremiação espanhola fatura todos os anos com ações de marketing conjuntas com o patrocinador - como a entrega de carros zero quilômetro aos jogadores (confira as imagens a seguir). No ano passado, o terceiro na lista da Forbes, o Barcelona, fechou um contrato similar, também com a Audi. A rivalidade acirrada entre os dois clubes não impediu que tanto o Real como o Barça acertassem com os alemães. A montadora espalhou por todo o planeta imagens tanto de Messi como de Cristiano Ronaldo ao lado de seus automóveis novinhos, todos da mesma marca. Enquanto isso, no Brasil, a disputa entre os clubes e a falta de profissionalismo dos dirigentes transformam-se em obstáculos adicionais na missão de fechar um bom patrocínio.

No início do ano, uma oportunidade de ouro apareceu para preencher os espaços vazios nas camisas e salvar as contas de Flamengo, Corinthians e São Paulo. A montadora sul-coreana Hyundai, patrocinadora oficial da Copa do Mundo de 2014 e empresa em ascensão no mercado automotivo brasileiro, ensaiou um contrato simultâneo com os três clubes de maior torcida do país. Não seria a primeira vez que clubes rivais teriam o mesmo patrocínio: na Copa União, em 1987, a Coca-Cola colocou sua marca nas camisas de quase todas as equipes do torneio. No Rio Grande do Sul, Grêmio e Internacional também têm patrocínios em comum. A novidade no caso da Hyundai seria o tamanho do negócio - os valores praticados nos anos 1980 são ínfimos se comparados aos contratos atuais, e a operação costurada pela Hyundai mexeria com os dois principais mercados consumidores do país. Mas, para desespero dos cartolas, a transação esfriou e pouca gente acredita que o acordo ainda vá sair. Os próprios dirigentes, porém, acabaram azedando o negócio. As conversas com os coreanos acabaram sendo dominadas pelas disputas entre os três concorrentes. O Corinthians se dizia próximo de acertar um valor próximo dos 50 milhões de reais por ano. O Flamengo queria receber valor idêntico ou superior ao dos corintianos, já que têm a torcida mais numerosa. Os são-paulinos, por sua vez, brigavam por um contrato próximo dos flamenguistas, pois sustentam ter uma marca valorizada e uma fatia maior dos torcedores jovens. De acordo com informação do Radar on-line de VEJA, o Flamengo acabou se conformando em ganhar menos que o Corinthians, mas nem sequer cogitava ser igualado ao São Paulo. A Hyundai, ao que parece, perdeu a paciência com o trio. E os clubes, já no quinto mês do ano, ainda seguem à procura de anunciantes.

Medo de perder - Enquanto os clubes demoram a entender a nova lógica do mercado e custam a oferecer oportunidades mais completas de negócio, as próprias empresas já tomam a iniciativa de buscar alternativas para ligar suas marcas ao esporte. "Elas já estão percebendo que pode valer mais a pena se posicionar de outra forma, com uma presença mais próxima dos torcedores, ao invés de apenas colocar um logotipo numa camisa", diz Erich Beting. "A Ambev, por exemplo, já faz esse trabalho muito bem. Investiu nas reformas dos centros de treinamento dos clubes do Rio e em outras ações que não envolvem patrocínios no uniforme." É justo dizer, contudo, que a culpa pela escassez de bons negócios no setor não é só dos cartolas e da estrutura pouco profissional dos grandes clubes. "Fechar patrocínio não é uma situação fácil em lugar nenhum. E nem todas as empresas brasileiras têm a visão correta na hora de negociar com as equipes", lembra José Carlos Brunoro, diretor-presidente da Brunoro Sport Business. De acordo com ele, ainda há muitos executivos que têm receio de investir no esporte por um simples motivo: avaliam que o sucesso de um contrato está ligado aos resultados do clube no campo, e não a outras variáveis como fidelização do torcedor e a valorização de uma marca em novos mercados. "Eles acham, em resumo, que é ruim para o produto se o time perde", afirma o especialista. "E esse é outro desafio dos profissionais de marketing esportivo no país. É preciso mostrar que o esporte é uma ferramenta de comunicação completa. Não é só o resultado que justifica o patrocínio. E não é só o clube que é responsável por fazer o negócio ser lucrativo para todos."

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/por-que-os-grandes-clubes-sofrem-para-arrumar-patrocinios

Anunciados emblema oficial e embaixadoras


O emblema oficial e as embaixadoras da Copa do Mundo Feminina Sub-20 da FIFA Japão 2012 foram anunciados hoje na sede da Federação Japonesa de Futebol (JFA) por Junji Ogura, presidente da JFA e do Comitê Organizador Local, e Kohzo Tashima, vice-presidente da JFA e do Comitê Organizador Local.

As jogadoras Aya Miyama e Homare Sawa, que conquistaram o título da Copa do Mundo Feminina da FIFA com o Japão no ano passado, serão as embaixadoras do torneio.

"É uma honra ser escolhida embaixadora do torneio", disse Miyama. "Estou feliz também por ver um emblema tão bonito. Independentemente da idade e do sexo, quero que todos os torcedores apoiem a jovem seleção feminina japonesa e aproveitem a chance de ver as melhores jogadoras jovens do mundo."

O emblema oficial mostra um origami que simboliza a tradição e a esperança do Japão, com o rosa da juventude das mulheres que participarão do torneio, o amarelo do sol de agosto, quando a competição será disputada, o verde dos gramados e o azul do céu, que convida todos os participantes a abrirem as asas e voarem pelo mundo.

Por sua vez, o coração cor de rosa que aparece no número do ano expressa gratidão pelo apoio contínuo que o Japão vem recebendo da FIFA e da família do futebol em todo o mundo desde o terremoto de março de 2011.

Fonte: http://pt.fifa.com/u20womensworldcup/news/newsid=1631402/index.html?cid=twitter_voiceofthesite

O QUE FALTA AO MARKETING ESPORTIVO BRASILEIRO


JOSÉ CARLOS BRUNORO, PRESIDENTE DO CONSELHO DA AGÊNCIA BRUNORO SPORT BUSINESS, VÊ POTENCIAL DESPERDIÇADO POR CLUBES E EMPRESAS

De um lado, clubes de futebol com departamentos de marketing demasiadamente concentrados em conseguir patrocínios. De outro, empresas que sabem que precisam investir em esporte de alguma maneira, em função da chegada da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos ao Brasil, mas ainda se restringem a buscar exposição de marca.

Esse é o diagnóstico feito por José Carlos Brunoro, presidente do conselho da agência Brunoro Sport Business (BSB), a respeito do marketing esportivo no país atualmente. “Os clubes ainda estão muito longe do ideal”, analisa. “E é mais difícil vender planejamento estratégico para as empresas, porque a maioria insiste em conseguir só visibilidade, pensando em curto prazo”.

Em entrevista a Época NEGÓCIOS, o executivo, considerado como um dos precursores do marketing esportivo no Brasil, detalhou a situação do mercado e de suas várias faces: entidades, agências, empresas, instituições de ensino e empregos. E, em especial, todos os efeitos que a Copa e a Olimpíada irão causar em cada uma dessas vertentes.

A carreira de Brunoro no esporte começou em 1964, como atleta, e em 1978, como gestor, na posição de técnico da equipe de vôlei da Pirelli. De lá para cá, participou da reconhecida “Era Parmalat” no Palmeiras, quando a companhia montou esquema de co-gestão com os paulistas, trabalhou com o piloto Pedro Paulo Diniz e com o Pão de Açúcar, entre outras experiências.

Os clubes de futebol estão, hoje, mais profissionais? Estão mais bem preparados para aproveitar as oportunidades que a Copa traz?
Os clubes estão começando a vislumbrar coisas melhores, mas ainda estão muito longe do ideal. Principalmente em gestão. Quando ela não é profissional, competente, também não tem um marketing adequado. O marketing no esporte vem junto da gestão bem feita. Por isso que, lá atrás, a Parmalat foi essencial. Era uma empresa com tradição enorme de investir, mas que não acreditava em pagar sem participar da gestão. Ela queria ver como a marca era trabalhada, para onde ia o dinheiro, se o produto estava em dia com as ações de marketing, e ela serviu como exemplo do que pode ser feito. Precisamos nos comprometer melhor na gestão dos clubes.

E em relação ao marketing?
O marketing dos clubes tem basicamente a função de buscar recursos, por meio de patrocínios ou licenciamentos, e poderia ser mais do que isso. Clubes são grandes marcas que poderiam ser trabalhadas para valorizar produtos, ter diversificação, faturar em mais segmentos.

Muitos dirigentes falam em internacionalização da marca do clube, principalmente aqueles que obtiveram mais vitórias em um passado recente, como Santos e Internacional. Os clubes de modo geral estão prontos para ir para o exterior? O mercado brasileiro já foi totalmente dominado?
Eu ouço falarem isso, mas não vejo plano neste sentido. Os clubes brasileiros têm a vocação para ouvir uma coisa e dizer que podem fazer, mas não é bem assim. Às vezes querem fazer, expandir o nome, mas, como tudo, precisam de planejamento, investimento. Essa é uma palavra que os clubes não gostam de ouvir. Quando se fala em investir para ter publicidade, clube não gosta. É preciso planejar quais áreas serão penetradas, em quais mercados, quanto vai precisar investir para isso, montar um calendário, conseguir transmissão de televisões, uma série de coisas.

O Corinthians é um caso recente. O Luis Paulo Rosenberg, agora vice-presidente, falou muito em explorar o mercado chinês por meio da contratação de um jogador de lá. Essa é uma tentativa válida?
Muito, mas é uma situação pontual. Atrás disso, não sei se há algo planejado. Como o Rosenberg é altamente qualificado, ele sabe que isso vai demandar outras coisas. É como uma empresa lançar um produto: o mercado precisa estar preparado.

Em tempos de divulgação de balanços financeiros, como agora, aparecem números que mostram receitas cada vez maiores nos clubes. Mas, ao mesmo tempo, percebe-se que os maiores impulsos vêm de poucas receitas, como negociação de direitos de TV. Os clubes ainda são reféns desse tipo de renda? O que deve ser feito para mudar o cenário?
Sem dúvida, mas não é um fator brasileiro. É mundial. Clubes em todo lugar do mundo são reféns de TV e patrocínios. É lógico que lá fora eles têm bilheteria mais forte, arenas com rendimentos altos, outras atividades, mas essas são fundamentais. Não tem muita fórmula do que fazer. É preciso melhorar a participação de outras receitas, com maior frequência do público no estádio, consumo nas arenas, licenciados, mas TV e patrocínio sempre serão as principais.

Na mesma linha, outros esportes também têm sofrido com poucas fontes de receita. O caso mais recente é o time de vôlei da Cimed, que acabou depois que o laboratório perdeu a parceria da Sky. Há salvação para esportes que não têm uma base tão grande e fanática de torcedores como o futebol? Qual?
Isso está acontecendo, perigosamente, nos esportes amadores, principalmente no vôlei. E acontece por não ter um trabalho de base. Eles ficam reféns só das contratações, porque poucos têm trabalho de base, e aí não conseguem manter a equipe. Se os times de vôlei tivessem categorias de base, caso perdessem patrocinadores, daria para manter um time menos competitivo e buscar caminhos durante o ano. É perigoso montar só o profissional e não ter como sobreviver quando um patrocinador sai.

O Brasil tem pela frente uma maratona de grandes eventos. Copa das Confederações, Copa do Mundo, Copa América, Jogos Olímpicos e, inclusive, os X-Games, que a BSB passa a organizar pelos próximos três anos. O país está pronto para receber tantos eventos?
A partir de 2014, teremos uma estrutura cada vez melhor para receber esses grandes eventos, em função de estarem sendo feitas todas as etapas, todo esse caderno de encargos, que preveem mais segurança, mobilidade urbana, entre tantas necessidades. A partir daí, vamos conseguir receber com mais facilidade.

Acontece que, ao mesmo tempo em que o Brasil recebe tantos eventos, apenas para citar um exemplo, o UFC teve de voltar para Las Vegas depois de não ter conseguido um lugar em São Paulo ou no Rio de Janeiro para fazer o confronto entre Anderson Silva e Chael Sonnen. Não é um mau presságio para um país que terá tantos eventos esportivos?
O problema é que todo mundo acha que só existe vida no eixo Rio-São Paulo. O Paraná não é um Estado que suporta grandes eventos? Minas Gerais? Rio Grande do Sul? Todo mundo acha que só São Paulo e Rio podem suportar, e nós temos estruturas e locais espetaculares em outros eixos. Levar os X-Games para Foz do Iguaçu cumpre exatamente essa ideia.

Enquanto se fala muito sobre profissionalismo nas entidades esportivas, como está o mercado do lado das marcas? As empresas estão prontas para trabalhar com os grandes eventos?
As empresas querem fazer, mas ainda não sei se estão prontas. A visão da empresa, na maioria dos casos, se restringe a visibilidade. Aquelas que querem investir bem, de maneira qualificada, têm de ter investimentos estratégicos. E dá para fazer isso no Brasil, porque estamos em um período, até 2016, em que dá para fazer todas as ações em volta dos eventos. Não é mais um terreno pontual. E ainda assim empresas insistem em conseguir só visibilidade, pensar em curto prazo. É mais difícil vender planejamento estratégico para as empresas. Nesse lado, elas têm planejamentos mais bem feitos em diversos segmentos, mas não no esporte. E a maioria não vai ter como ficar de fora de ações esportivas nos próximos anos, pelo menos entre as grandes.

Novamente traçando um paralelo entre entidades e empresas, os clubes já têm diretores de marketing dedicados, embora muitos sejam ainda voluntários. Algumas empresas, por sua vez, têm gerências voltadas para marketing esportivo. Isso é uma tendência?
Isso já existe em algumas empresas, gente dedicada ao desenvolvimento esportivo. Não há um departamento de marketing esportivo, mas alguém que fala com o mercado, com as agências e com os patrocinados. Muitas já têm, e é uma tendência mesmo. Agora, um departamento só para isso eu não acho que valha a pena. É melhor ter um ou dois responsáveis, apenas.

É consenso no mercado que marketing esportivo não é só estampar marca em camisa, fazer patrocínio e medir retorno de mídia. Quem, hoje, faz melhor uso dessa ferramenta, no sentido de também buscar ativação, entre outras partes que a compõem?
A visibilidade é só uma parte. Marketing esportivo é comunicação 360°, que atinge todos os públicos, interno e externo, que constrói marca, e é preciso aprender a atuar nesse sentido. O Banco do Brasil é um exemplo claro do que deve ser feito, e é legal porque eles são uma estatal. Eles fazem muito bem o trabalho interno, externo, diretamente no evento e fora dele, com o consumidor.

Virou moda falar em marketing esportivo, e então surgiram várias pequenas agências para lidar com assuntos específicos, como gerenciamento de carreiras e captação de patrocínios. Como você vê a chegada dessas agências ao mercado?
É natural que apareçam muitas, porque as pessoas acham que é uma grande oportunidade, mas acho que vão ficar somente as mais preparadas, as mais competitivas, com maior conhecimento de mercado. Também ocorre o fato de agências de fora virem ao Brasil, mas é uma situação perigosa.

Por quê?
Porque elas podem vir só para essas oportunidades pontuais, ficar durante os eventos e ir embora depois. Pode ser até que venham porque têm um cliente global que estará presente. E também porque muitas entram sem conhecer o mercado brasileiro. Aqui temos situações diferentes. Falar de futebol aqui é diferente. E isso gera um outro tipo de situação, que são agências estrangeiras buscando união com empresas nacionais.

Com a Copa a dois anos de ser realizada no Brasil e os Jogos Olímpicos a quatro, fala-se muito em mais oportunidades para trabalhar com marketing esportivo. Esse pressuposto está correto? Os megaeventos estão mesmo gerando empregos a brasileiros nessa área?
Temos, paralelamente, gestão esportiva e marketing. Estamos precisando de gestores esportivos para todas essas atividades. Essas competições trazem empregos principalmente na parte paralela a elas. As empresas que as patrocinam, mesmo, são poucas, então há mais chances de trabalhar no entorno, e isso tem acontecido.

Quais são essas áreas paralelas?
Dá para trabalhar em confederações, entidades, fazer exploração específica de atletas, montar eventos que tenham como pano de fundo essas competições, projetos educacionais voltados para legado esportivo, gestão de arenas – e não só as que recebem a Copa, mas as de outras cidades, que querem ser sub-sedes e fazem arenas menores. Aí já há uma gama maior de empregos.

As instituições de ensino estão preparando profissionais de modo adequado para trabalhar com marketing esportivo no Brasil? Se não, onde estão as deficiências?
Todas estão abrindo MBAs, coisas voltadas para esse mercado, mas adequadamente são poucas. Fico assustado com aquelas que abrem só pelo comércio, com mensalidades baixíssimas e professores pagos de forma ridícula. Mas já vimos iniciativas grandes em capacitação, e há casos legais, como o do Sebrae, que têm preparado cursos para a rede hoteleira, para taxistas, uma série de empregos na base que são necessários.

Por fim, sobre o período que irá suceder os grandes eventos, inclusive, existe o temor no mercado de que as oportunidades irão sumir depois que a Copa e os Jogos acontecerem. Você tem a mesma visão? O que será do marketing esportivo no período pós-2016?
É uma incógnita. Se as empresas forem inteligentes e tiverem planejamento estratégico, esperamos que o esporte esteja consolidado como prática, que haja um legado. Eu espero que seja um grande mercado a partir de 2016. É uma incógnita, mas estou otimista que isso não ocorra.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2012/05/o-que-falta-ao-marketing-esportivo-brasileiro.html