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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rodrigo Caetano: 'Somente com parcerias, clubes podem sobreviver nos olímpicos'


Diretor executivo de futebol do Fluminense recebeu prêmio de Melhor Gestão Esportiva

Por Francisco Junior

A presença do diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, no Prêmio Superar 2012 não ficou restrita apenas aos assuntos ligados ao mundo do futebol ou a questões sobre gestão esportiva. Durante a festa de premiação no hotel Windsor, realizada na noite da última segunda-feira, o dirigente, que recebeu o prêmio de Melhor Gestão Esportiva do ano, conversou com o ahe! sobre esportes olímpicos e paralímpicos.

Na avaliação do homem forte nos assuntos ligados ao futebol do atual campeão brasileiro, caso os clubes de tradição investissem nos esportes olímpicos e paralímpicos, a vida dos atletas poderia ser bem mais tranquila.

- Os clubes têm história dentro dos esportes olímpicos, mas precisam de parcerias para viabilizar qualquer tipo de projeto. É complicado falar em investimento nos esportes olímpicos e paralímpicos quando a maioria dos clubes de futebol possui um passivo enorme - analisou.

Rodrigo Caetano demonstrou uma felicidade imensa por ter sido homenageado durante o evento do Instituto Superar. Além de ter atuado como meio-campo no Grêmio, Juventude e Mogi Mirim, o dirigente do Tricolor das Laranjeiras garante que sempre foi bastante ligado aos esportes.

- O (Marcos) Malafaia está de parabéns por esse evento. O maior exemplo de guerreiros são esses atletas, que tanto orgulham nosso país. Fico feliz de ver um evento como esse contando com patrocinadores fortes, dispostos a investir na evolução do esporte paralímpico. Tomara que outras empresas privadas despertem e invistam. São muitos esportes e não podemos ficar dependentes somente do governo - disse o gaúcho de Santo Antônio da Patrulha, de 42 anos, fazendo questão de garantir que o clube não está focado apenas no futebol.

- Como esportista que sou, vou sempre defender os esportes olímpicos. Mas, sabemos que eles precisam de um projeto autosustentável. E, somente alcançaremos isso com parcerias com empresas privadas. O Fluminense conta com uma equipe bastante qualificada nesse assunto (esportes olímpicos e paralímpicos). O Sandro Lima, atual vice-presidente de futebol, é oriundo desse segmento (foi vice-presidente de Esportes Olímpicos) e atua sempre como um grande defensor dessa causa - completou.

Homenagem de Ricardinho mexe com Rodrigo Caetano

Além de ser homenageado com o prêmio de Melhor Gestão Esportiva de 2012, Rodrigo Caetano passou por outro momento de emoções fortes. Após representar a seleção brasileira de futebol de 5 e receber o troféu do Prêmio Superar de melhor equipe paralímpica, Ricardinho lembrou, em seu discurso, a ajuda do então dirigente do Grêmio para que pudesse se recuperar e disputar os Jogos Olímpicos de 2008, na China.

- Primeiro, tenho que dizer que me senti muito honrado com a escolha para receber esse prêmio. Hoje, essa função que exerço está ganhando cada vez mais importância e ser apontado espontaneamente é muito gratificante. Mas, o meu maior prêmio da noite foi ter sido lembrado pelo Ricardinho em relação a algo que aconteceu há quatro, cinco anos.

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Na fase final de preparação para a competição em Pequim, o atleta da seleção sofria com um problema no púbis, que não conseguia encontrar solução.

- Ele realmente precisava. O Ricardinho jogava em um time ainda sem expressão e o futebol de 5 ainda está engatinhando no processo de evolução em nível nacional. Então, ele foi procurar esse tratamento em um clube com o tamanho e a dimensão do Grêmio, que tem boa estrutura para atender a esse problema. O maior objetivo era fazer com que ele se recuperasse. Fizemos tudo sem alarde, sem fazer barulho. Então, vê-lo relembrando esse fato, espontaneamente, é o melhor prêmio que recebi nesta noite - finalizou Rodrigo Caetano.

A curiosidade da passagem de Ricardinho pelo Grêmio é que o paratleta é torcedor do maior rival do tricolor gaúcho, o Internacional.

Fonte: http://www.ahebrasil.com.br/noticias/2012/12/13/paradesporto/rodrigo+caetano+somente+com+parcerias+clubes+podem+sobreviver+nos+olimpicos.html

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