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sábado, 29 de dezembro de 2012

Após revisão de custos, Estádio Nacional é o mais caro da Copa


Governo revê Matriz de Responsabilidade da Copa e divulga aumento nos gastos de obras do torneio. Mané Garrincha vai custar mais de R$ 1 bilhão

Foi publicada esta semana no Diário Oficial da União mais uma revisão na Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de 2014 - documento de referência assinado pelo governo em janeiro de 2010 e que define os investimentos na preparação do Mundial. Seis obras que não ficariam prontas até 2014 foram retiradas do documento e outras oito foram incluídas. O que mais chamou a atenção foi o aumento nos gastos para a conclusão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Em vez dos R$ 812,5 milhões previstos anteriormente, a arena será erguida por R$ 1,015 bilhão.
Com o aumento dos gastos, o Mané Garrincha será o estádio mais caro entre os 12 que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014. A Arena do Corinthians, em Itaquera, custará R$ 820 milhões, e o Maracanã, no Rio de Janeiro, R$ 808,4 milhões. A previsão. Vale lembrar que o Estádio Nacional vai receber o confronto entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho, na abertura da Copa das Confederações.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), o aumento no custo do Mané Garrincha na Matriz ocorreu por conta da inclusão de itens que foram licitados separadamente, como a cobertura, as cadeiras, o placar eletrônico e o gramado. Ainda de acordo com o GDF, o valor indicado no documento será reduzido quando forem aplicados os benefícios do Recopa (isenção fiscal concedida pelo governo aos estádios do Mundial). A estimativa é de que o custo total do estádio seja de aproximadamente R$ 850 milhões.
Também houve revisão nos valores de cinco projetos. Com as mudanças, o valor total de investimentos previstos na Matriz para as áreas de mobilidade urbana, portos, aeroportos, estádios, telecomunicações, turismo e segurança caiu 12,5% em comparação com a última versão (novembro de 2012), passando de R$ 29,252 bilhões para R$ 25,581 bilhões
Também foram revisados na Matriz de Responsabilidades os valores da reforma do terminal de passageiros de Fortaleza (R$ 195,9 milhões), do terminal marítimo do Rio de Janeiro (R$ 91 milhões), do terminal de passageiros do Aeroporto de Guarulhos (R$ 269 milhões), do Corredor Marechal Floriano (R$ 52,2 milhões), em Curitiba, além da extensão da Linha Verde Sul do BRT da capital paranaense (R$ 20,6 milhões).
Ao todo, foram 20 modificações efetivadas. Entre as obras excluídas, cinco são de mobilidade urbana e uma em aeroporto. O projeto do corredor metropolitano de Curitiba, que custaria R$ 137 milhões, foi suprimido a pedido do governo do Paraná. O monotrilho e o BRT de Manaus, que custariam R$ 1,59 bilhão saíram do documento a pedido do governo do Amazonas. A retirada do monotrilho de São Paulo, que receberia investimento de R$ 1,88 bilhão, também foi oficializada, atendendo a solicitação do governo do Estado de São Paulo. A reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire de Natal, obra de R$ 221 milhões, saiu a pedido do governo do Rio Grande do Norte. A ampliação da pista do aeroporto de Porto Alegre, que custaria 228 milhões, foi retirada a pedido da Infraero.
Foram incluídos ainda oito novos projetos, todos de mobilidade urbana. Um deles é referente à três vias de acesso ao estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, com custo de R$ 8 milhões. Outro prevê a ampliação da estação de metrô Cosme e Damião e o viaduto da BR-408, em Recife, com investimento de R$ 32,4 milhões. Há também intervenções no entorno do Maracanã e da estação multimodal da Mangueira, no Rio de Janeiro, com custo de R$ 271,1 milhões, e obras de acessibilidade e rotas de pedestres em Salvador, com custo de R$ 19,6 milhões. Os outros projetos incluídos tratam de intervenções viárias no entorno da Arena Corinthians, em São Paulo, que custarão R$ 317,7 milhões.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2012/12/matriz-da-copa-passa-por-nova-revisao-e-custo-do-mane-garrincha-sobe.html

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