Para fazer a cadeia produtiva do voleibol funcionar da forma mais adequada possível, é preciso voltar a atenção para a formação e a capacitação específica de profissionais. Com essa ideia fixa, a Confederação Brasileira de Voleibol lançou oficialmente nesta QUINTA-FEIRA (19.07), em seu auditório, a Universidade Corporativa do Voleibol (UCV), em mais uma iniciativa pioneira.
O evento, que contou com a presença de mais de 120 pessoas, entre ex-atletas, dirigentes esportivos, patrocinadores, representantes de sindicatos e profissionais de diversas instituições de ensino, foi apresentado pelo presidente da CBV, Ary Graça, que logo mostrou a importância de se investir na educação no país.
“O Brasil tem andado mais rápido do que o ensinamento. Por isso, precisamos investir na educação. Foi quando pedi que criassem algo nesse sentido, que desenvolvessem um projeto para acabar com essa minha ansiedade. E que, com o advento da tecnologia, pudéssemos atingir todo o país. Assim, nasceu a Universidade Corporativa do Voleibol”, declarou o presidente.
Tecnologia essa que permite a educação à distância, base do ensino que será adotado na UCV. Já foi assim, em caráter experimental, que nasceu o primeiro curso, de Formação de Árbitro Regional de Quadra, em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a Federação Mineira de Voleibol, realizado de maio a julho.
“Abrimos o curso para 40 pessoas e tivemos mais de 300 inscrições. Foi um sucesso. O ensino à distância lhe permite passar todo o ensinamento através de fóruns, chats e vídeos, numa didática bem interessante. Tivemos aulas presenciais também. E é uma metodologia que pode ser aplicada perfeitamente a quaisquer outros esportes”, disse em seu discurso o ex-árbitro Josebel Palmeirim, coordenador da Escola de Árbitros.
Era possível perceber no semblante dos presentes a força que as palavras de Ary Graça e Josebel Palmeirim causava. O lançamento da UCV é um marco e tem tudo para revolucionar o mercado esportivo brasileiro. O vôlei agradece.
“É uma ideia fantástica. É um mundo novo nascendo, dando novas oportunidades a qualquer pessoa que queira o vôlei como opção de vida. Dá a chance de os interessados ampliarem seus conhecimentos e ingressarem nesse nicho maravilhoso”, elogiou Jaqueline Silva, campeã olímpica nos Jogos de Atlanta-96 ao lado de Sandra Pires e hoje treinadora das seleções femininas de base de vôlei de praia.
“É algo pioneiro e fundamental. Um momento até bem oportuno para mim, por exemplo, que encerrarei minha carreira no fim do ano e estou nesse processo de transição. E a Confederação está abrindo mais uma porta, agora para as pessoas se capacitarem. Será uma honra continuar colaborando com o voleibol”, comentou Franco, jogador que também disputou a Olimpíada de 96 e já atua nas areias há 25 anos.
O ex-jogador de vôlei Antonio Carlos Moreno, um dos melhores atletas de sua geração, tendo disputado quatro Olimpíadas (1968, 72, 76 e 80), será o coordenador da Escola de Pessoas. Hoje consultor e coach, ele também está maravilhado com essa iniciativa de cursos especializados voltados para o desenvolvimento contínuo e sustentável do voleibol brasileiro.
“Abracei essa causa assim que me convidaram. Como minha formação é professor, e sou apaixonado pela profissão, tenho a oportunidade de repassar meu conhecimento e preparar e transformar pessoas. Dar treino é fácil. O difícil é ensinar a jogar. O universo é muito maior, e a Universidade Corporativa do Voleibol está caminhando nesse sentido, com profissionais qualificados que capacitarão pessoas para o vôlei”, disse Moreno.
Lembrando que são 13 as escolas que formarão pessoas como agentes transformadores no desenvolvimento do voleibol: Árbitros, Treinadores, Vivavôlei, Marketing, Comunicação, Tecnologia no Esporte, Administração, Pessoas, Gestão de Eventos, Competições Esportivas, Centro de Treinamento, Direito Desportivo e Finanças.
Fonte: http://www.cbv.com.br/v1/noticias.asp?IdNot=16884
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