Por Letícia Casado
Levantar a taça da Libertadores da América pode ser aquilo que o Corinthians precisa para fechar novos patrocínios ao time. Segundo o Valor apurou, o clube negocia com a Iveco, operação da Fiat para a produção de veículos pesados, a venda de uma cota de patrocínio até dezembro deste ano. A Iveco fechou acordo para patrocínio pontual, na semi e na final da Libertadores, e não confirma as negociações. Procurado, o Corinthians não atendeu a reportagem.
Em abril venceu o contrato de R$ 38 milhões da Hypermarcas com o clube. Parte do valor era para bancar o jogador Ronaldo. Agora, o time, sem o jogador, estaria pedindo R$ 50 milhões pela temporada 2012/2013. A Iveco teria oferecido R$ 35 milhões, proposta rejeitada pelo clube. Atualmente, Fisk e TIM patrocinam o clube. O contrato com TIM se estende até julho de 2013.
A rede de escolas de inglês Fisk pagou R$ 10 milhões pela barra da camisa por um ano, até 31 de dezembro de 2012. Christian Ambros, diretor da Fundação Fisk, diz que "vai sentir o movimento do mercado" antes de pensar na próxima temporada. "Normalmente, fazemos ano a ano, com possibilidade de renovação", afirma, sem informar o valor máximo que a escola está disposta a pagar.
Além da Iveco, o Corinthians levou outros patrocínios pontuais na camisa na reta final da Libertadores: Marabraz, Bombril e Magazine Luiza. Comenta-se no mercado que os patrocínios renderam R$ 7 milhões ao clube na soma total dos anunciantes.
Em comunicado na semana passada, o clube informa que seus jogos tiveram "as quatro maiores marcas de audiência da TV no ano", e que o primeiro jogo contra o Santos teve média de 40 pontos.
Segundo Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria, que elabora estudos sobre o mercado de futebol, apesar de uma eventual conquista da Libertadores ajudar a valorizar o time, as empresas levam em conta o retorno sobre o investimento, que não é claro, apesar da exposição da marca. "Hoje o mercado sinaliza que os clubes pedem valores altos demais e não conseguem dar dados confiáveis sobre o retorno", diz.
Um levantamento feito pela Pluri mostra que o Corinthians é o clube cuja torcida tem o maior poder de consumo no país. "A massa de renda dos corinthianos é maior que a dos flamenguistas", diz Ferreira. "Nos dez estados de maior PIB do Brasil, a torcida do Corinthians é a maior. Ela está presente onde está o dinheiro, e isso confere um poder de compra muito maior do que o de outras torcidas", diz.
Para o jogo de anteontem contra o Boca Juniors, na Argentina, a operadora de viagens CVC vendeu 315 pacotes com ingressos para a arquibancada corinthiana em apenas uma hora. O preço: a partir de US$ 2.088 (R$ 4.400), com voo, traslados, hospedagem e ingresso. Segundo a operadora, mais de 11 mil torcedores se interessaram pelo pacote. A CVC estima que mais de 3 mil pacotes para o Japão devam ser vendidos, caso o time dispute a Taça Toyota, em dezembro.
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