Ao buscar material para a construção da minha dissertação, deparei-me com toda a parte de legislação voltada ao esporte brasileiro. Livros, leis, decretos, resoluções, atas de reunião dentre outros meios de reulamentação do nosso esporte. E, com a proposição deste blog desde outubro último, foi natural a busca nos mais diversos veículos sobre gestão do esporte. Dois fatos me intrigam entre o real e o abstrato: recentemente o ministro dos esportes Aldo Rebelo relatou a falta de uma política pública voltada ao esporte no Brasil e, recorrentemente vemos alguém nos órgãos de imprensa reforçando o fomento ao esporte voltado ao social e ao esporte escolar. No entanto, o que vemos na prática é: três entes federativos (União, Estados e municípios) trabalhando na mesma esfera, oferecendo projetos com o mesmo perfil, sobrepondo competências e privilegiando a política. Outro ponto é a questão da educação física enquanto campo adequado para a formação da base para o desenvolvimento esportivo do país. Aonde mesmo está essa discussão? Em relação ao alto rendimento, já encontramos um apoio "um pouco" maior por parte do governo. A composição do Conselho Nacional do Esporte, em estudo realizado por Bueno, mostrou uma composição, no mínimo, estranha; percebam como é alta a participação de pessoas ou entidades voltadas ao esporte de alto rendimento: 63,6% dos participantes tinham alguma ligação com o esporte de alto rendimento. Tendo ligação com o esporte escolar temos 4,5%; com o esporte de participação, 9,1% e com outras ligações, 22,7%. Esse levantamento é de 2008. Hoje, se formos até a página do Ministério do Esporte, poderemos perceber que a situação seja até pior, pois algumas vagas estão em vacância. Outro ponto estranho foi a ata da última reunião de 2011 deste mesmo Conselho. O então ministro, Orlando Silva, cita que aquela reunião era para regulamentar a lei nº 9.615, regulamentada pelo decreto-lei nº 2.574. Não seria o momento da construção de uma nova legislação voltada, realmente, ao desenvolvimento do esporte brasileiro? Da discussão sobre o legado esportivo de fato e, não o da construção de equipamentos esportivos? Da inserção na agenda brasileira da gestão esportiva? Fora isso, tem-se o fato do uso da Lei de Incentivo conforme citado por José Cruz em seu blog. Será que não é hora de levarmos o esporte a sério?
Nenhum comentário:
Postar um comentário