Se for reinaugurada em março de 2013, a Arena da Baixada só pagará todos os
recursos investidos para a adequação à Copa do Mundo em 2022. É o que aponta
estudo realizado pela Brunoro Sport Business, que avalia que o estádio não será
reformado por menos de R$ 220 milhões. A consultoria também considera que esse
prazo para quitar a dívida só será cumprido se no período de nove anos o
Atlético conseguir lotação máxima (42 mil lugares) em quase todos os jogos e
ainda viabilizar bons contratos com naming rights, publicidade, locação para
eventos, shows, restaurantes e lojas no estádio.
Segundo o estudo da
Brunoro Sport Business, a Arena da Baixada, entre todos os 12 estádios em
construção para a Copa do Mundo, seria o terceiro a se pagar mais rápido.
Ficaria atrás apenas do Beira-Rio, do Internacional, que se pagaria em 5 anos, e
do Maracanã, que levaria 8 anos e meio para zerar as dívidas.
Por outro lado, existem subsedes onde serão injetados milhões em estádios, mas
como o futebol é pouco atrativo nos estados levarão décadas para que a dívida
seja quitada. Um exemplo é a Arena Amazonas, em Manaus, onde não há time sequer
na Série C do Campeonato Brasileiro. O resultado é que a o estádio, para 46 mil
pessoas, e que custará quase R$ 500 milhões, será pago só daqui a 45,4
anos.
Na sequência vem o Mané Garrincha, em Brasília, que demorará 36,5
anos para ser pago; a Arena Pantanal, em Cuiabá, (34,2 anos) e o estádio das
Dunas, em Natal, (33,6 anos). A Arena Pernambuco pode entrar na lista de
elefantes brancos. Isto porque, os três principais clubes de Recife - Náutico,
Santa Cruz e Sport - já têm seus próprios estádios e não há previsão de que
troquem de casa após o Mundial. Com isso, se o trio mantiver suas partidas nos
estádios atuais, a Arena Pernambuco só irá se pagar em 30
anos.
Comparativo
O estudo também fez um
comparativo dos gastos que o Brasil terá com os estádios para a Copa do Mundo de
2014 em relação ao que a Alemanha gastou para a Copa de 2006. No Brasil, serão
despejados quase R$ 7 bilhões em 12 sedes, quase 50% a mais do que foi gasto há
seis anos.
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