Secretário da Fifa diz que data já era mesmo 27 de abril
Dirigente terá nova reunião com governador e prefeito na sexta
Estádio ficou inundado após temporal que atingiu o Rio na terça
Por Carolina Oliveira Castro
RIO - O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, reconheceu estar preocupado com a situação das obras no Maracanã após sobrevoar o estádio e ver a inundação provocada pelo temporal da noite de terça-feira no Rio de Janeiro. O dirigente terá uma nova reunião com o governador Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e representantes do Consórcio Maracanã (formado pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebretch) nesta sexta-feira.
- Não existe plano B para o Maracanã. Por isso devemos ter respostas amanhã (sexta). Claro que estamos preocupados, por conta da imagem que vimos ontem (quarta) - disse Valcke, que se reuniu nesta quinta, num hotel em São Conrado, Zona Sul do Rio, com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo; o presidente da CBF, José Maria Marin; e membros do Comitê Organizador Local (COL), entre eles o ex-jogador Ronaldo Nazário.
Valcke tentou passar tranquilidade em relação ao prazo final para a obra do Maracanã. Quando foi indagado sobre a nova data (27 de abril), o dirigente mostrou surpresa com a pergunta.
- Não sei o porquê da questão com a data. Não sei de onde vocês tiraram o dia 15 de abril - respondeu aos repórteres. - Para a Fifa o prazo sempre foi 27 de abril - disse.
No site da Fifa, porém, a data limite estipulada é 15 de abril. E o próprio Valcke já havia dito, em outra ocasião, que a cobertura e o gramado do Maracanã teriam que estar prontos no dia 15. O novo prazo, dia 27, surgiu na quarta-feira à noite, depois de reunião entre Valcke, o governador Cabral e o prefeito Paes. A assessoria do governo do Estado não comentou a mudança de data, apenas confirmou que entregará o estádio em 27 de abril.
A imagem dos operários de cueca, tirando água da cobertura que está sendo instalada no Maracanã, também mereceu comentário do secretário-geral da Fifa. Os operários - a maioria da Alemanha, contratados pela empresa responsável pelo içamento da cobertura - trabalhavam sem qualquer equipamento de proteção. Eles retiravam a água com baldes.
- Foi uma situação de tempestade e o que se viu foram operários fazendo o que podiam, nas condições que podiam. Quero agradecer a todos os operários, pois sem eles não conseguiríamos realizar as Copas - disse o dirigente francês.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/valcke-admite-preocupacao-com-maracana-mas-minimiza-mudanca-de-prazo-para-entrega-da-obra-7772587#ixzz2Mt1yr0EY
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