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quinta-feira, 7 de março de 2013

MARACANÃ: ESTUDO DE VIABILIDADE FEITO PELA EMPRESA IMX/EIKE PREVÊ LUCRO DE R$ 1,4 BILHÃO!

Por César Maia 


(Folha de SP, 06) 1. O futuro administrador do estádio do Maracanã poderá experimentar um lucro de R$ 1,4 bilhão ao longo dos 35 anos de exploração da arena e de seus anexos (obs.: Ou 3,3 milhões por mês ou 40 milhões por ano, já pagos os investimentos feitos e o módico aluguel). Porém, o negócio somente é atrativo na hipótese de dois grandes clubes do Rio se comprometerem a utilizar regularmente o estádio (obs.: Os jogos nos campeonatos são a FERJ e a CBF / A escolha dos clubes seria pública ou só poderiam ser Flamengo e Fluminense? Que critérios?).
    
2. Mas, diz a análise da IMX, o governo não seria capaz de obter o mesmo resultado que uma empresa privada ao administrar a nova arena.  Sem muitos detalhes, o estudo conclui que se o Estado operasse o complexo e realizasse as obras teria um prejuízo de R$ 279 milhões (obs.: 660 mil reais por mês). Ao conceder à iniciativa privada, ganharia R$ 42 milhões (obs.: 100 mil reais por mês).
    
3. Está prevista a instalação de bares, restaurantes e até de um cinema e de um centro de convenções. Mas a principal receita do futuro concessionário, segundo o estudo, será a venda de cadeiras para clientes VIPs, assentos por uma temporada inteira para jogos de determinado clube e camarotes. Os três itens representariam 61% da receita bruta, segundo o modelo de negócio da IMX.
    
4. O estudo aponta também para uma das principais críticas ao projeto: a elitização do público do futebol. Em um trecho do documento, a IMX afirma que os clubes serão beneficiados pela "mudança do perfil do público" do estádio, bem como pelo aumento do valor dos ingressos. Não há preço estipulado no documento (obs.: TV será gratuita para o torcedor? A coreografia das torcidas desaparece? A coreografia da torcida do Flamengo é tombada).
    
5. O estudo aponta que são necessários 123 eventos anuais no Maracanã e no Maracanãzinho para se atingir este resultado (obs.: 1 evento a cada 2,8 dias. E o impacto de vizinhança, transportes, etc.?)

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