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sexta-feira, 1 de março de 2013

Novo secretário de Esporte do Rio afirma: 'serei dos melhores em breve'


A fidelidade como líder do governo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) valeu ao deputado estadual André Lazaroni a cadeira de secretário de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro.

Em substituição a Márcia Lins, que viu seu prestígio ser minado com a aproximação da sucessão estadual, Lazaroni, militante de longa data das causas ambientais no Rio de Janeiro, defende a concessão do Maracanã e promete um olhar mais atencioso para as políticas esportivas e às cidades do interior do Rio.

Em pouco mais de 20 minutos de conversa, o novo secretário confessou que ainda não conhece a fundo o edital de licitação do Complexo do Maracanã, mas garantiu que o futuro administrador será fiscalizado de perto pelos órgãos responsáveis.

- Para a população do Rio de Janeiro, a concessão do Maracanã será o melhor caminho - disse Lazaroni.

Confira abaixo a íntegra da entrevista do novo secretário fluminense.

Quais são as ideias mais urgentes para serem implementadas na Secretaria de Esportes e Lazer do Rio?

Acabo de assumir. Sentei com a secretária (Márcia Lins) para cuidar da transição. Aceitei com muito orgulho o convite, estou feliz por servir o Rio de janeiro. Já conhecia alguns projetos esportivos, mas temos aí os Jogos Olímpicos, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Enfim, teremos muito trabalho.  Acreditamos que vamos conseguir entregar belos eventos e, na secretaria, cuidar da parte da política esportiva.

O senhor já tomou parte do edital de licitação do Maracanã?

O edital foi lançado agora, ainda não tomei conhecimento. Confio no trabalho do Régis Fichtner, secretário da Casa Civil. Tenho certeza que foi bem preparado, mas estarei melhor preparado e conhecendo o edital apenas na próxima semana. Os grandes eventos, a obra do Maracanã e a concessão vêm sendo tocada pela Casa Civil. Não tenho como emitir opinião, vou ter de pular esta pergunta.

O edital prevê uma contrapartida de R$ 594 milhões em obras que incluem a modernização do Maracanãzinho, a construção de um novo parque aquático e um centro de treinamento de atletismo. O senhor acredita que este valor seja suficiente?

Acredito que sim, mas não tenho como afirmar. Preciso de uma semana para ler este edital. Minha primeira lição será essa, mas quem responde por isso é a Casa Civil.

Qual o seu olhar sobre o andamento das obras do Maracanã e a concessão do complexo?

Com relação às obras, acredito que vamos entregar dentro do prazo, apesar de um pequeno atraso que houve. O governo vai entregar um equipamento de primeiro mundo, um dos mais modernos. Confio no Governo Sérgio Cabral, senão não aceitaria o desafio. Conversei muito com o governador sobre a concessão, e entendo que é um bom caminho ceder, tendo em vista a importância para o nosso estado e para o conforto do cidadão. Não precisaremos mais usar recursos do estado na manutenção do complexo. Apesar de não termos problema de recursos, temos de pensar a longo prazo. Para a população do Rio, a concessão será o melhor caminho.

Já tem um nome para assumir Suderj (Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro)?

Nesse momento vou acumular a função, tendo em vista a importância da Suderj como executora dos programas e cuidadora dos equipamentos. A Suderj é extremamente importante. Estamos avaliando nomes, mas vou acumular neste momento.

Pensa em reunir pessoas com histórico ligado ao esporte na sua gestão?

Estamos procurando. Tenho vários amigos que são ex-atletas. Nem sempre um cara que foi um grande atleta sertá um excelente formulador de políticas. Vamos ouvir os que estão aqui, o objetivo agora é ouvir e formularmos o melhor trabalho possível.

Já conversou sobre a reabertura do Maracanã no segundo semestre?

Ainda não sei disso. Teremos o teste da Copa das Confederações-13, depois vamos conversr com a Casa Civil e esperamos que a concesão seja efetivada logo depois disso. Fiscalizaremos a concessão e a Suderj está preparada para fiscalizá-la.

Qual motivo para a troca de comando na secretaria?

Tem todo um cenário que precisa ser reformulado, é importante um tratamento com mais desenvoltura da política esportiva. A Márcia fez um excelente trabalho, sabemos disso, mas o objetivo é melhorar a política esportiva. Por muito tempo a secretaria ficou resumida ao Maracanã, mas não é só isso, temos o interior que precisa ser mais assistido, precisa de um olhar mais carinhoso. Precisamos interiorizar, tenho certeza que este foi o sentimento do governador. Mas isso (a troca) não por uma falha da Márcia

Então qual diferença marcará a sua gestão em relação a anterior?

O carinho com o interior. Não que a Márcia não tivesse, mas eu posso te afiançar que eu tenho um carinho muito maior com as crianças do interior. Lá em Porciúncula tem um talento que ainda precisa ser descoberto, em Parati também. A gente vai focar o ser humano, as crianças e jovens na descoberta de atletas. Vamos tratar o esporte como fator de bem-estar social e fazer uma grande gestão. Serei em breve considerado um dos melhores secretários de Esporte do Rio de Janeiro. O desafio é grande e estou empolgado, quero ouvir todos e fazer um grande trabalho.

Nossa politica de formação de atletas e de utilização do esporte como ferramenta de integração é deficiente?

Nós temos políticas. O que conversei é que precisamos aumentar essa politica de inclusão. O objetivo é manter, melhorar e aumentar.

Dizem que o senhor é identificado às questões ambientais e não às esportivas. O que tem a dizer?

Quem diz isso é um ignorante, não conhece a importância do esporte e do meio ambiente. Quem tem um olhar sobre o meio ambiente olha diretamente para o esporte. Sem meio ambiente equilibrado jamais teríamos praticas esportivas feitas ao ar livre. Quem não me conhece pode fazer juízo de valores de forma negativa dessa minha experiencia ambiental, mas vou trazer toda minha bagagem e aplicar no esporte. Meu gabinete está de portas abertas para a população. Estarei me preparando e farei uma grande gestão. Sem meio ambiente equilibrado não há esporte equilibrado. Uma das coisas que vamos tratar é do legado ambiental da Copa e do Rio 2016.

Falando em legado ambiental, alguns atletas da vela reclamaram da poluição da Baía de Guanabara, raia do iatismo em 2016. A secretaria pode entrar nessa briga?

Claro. Vamos interagir com o secretario Carlos Minc (do meio ambiente) e com os atletas, para que tenhamos uma Baía, que melhora a cada dia, e ter uma Lagoa Rodrigo de Freitas melhor. Estas áreas estão um pouco degradadas, mas estão melhorando a cada dia.

Fonte: http://esportes.opovo.com.br/app/esportes/clubes/flamengo/2013/02/28/noticiasflamengo,2514665/novo-secretario-de-esporte-do-rio-afirma-serei-dos-melhores-em-breve.shtml

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