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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Aldo Rebelo diz que Brasil não tem política de esporte

RIO - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, deu início à última edição do Seminário Rio Cidade Sede, promovida pelo GLOBO e EXTRA, na manhã desta segunda-feira, na Bolsa de Valores, no Centro. Durante palestra, Rebelo criticou a atual política nacional do esporte.
- Nós não temos ainda uma política nacional do esporte institucionalizada, um marco legal. Vivemos de convênios, o que não é desejado - disse Rebelo, que garantiu que a União vem tomando medidas para garantir melhorias no incentivo à prática esportiva.
- Estamos procurando recuperar a omissão da sociedade para com o esporte e esta omissão não foi pequena. Temos uma dívida muito grande com o país. O governo tem procurado criar instrumentos de longo prazo e de emergência, que contornem a dificuldade do momento.
Aldo citou ações, como incentivo ao Bolsa Atleta, que beneficia cinco mil atletas, investimentos de R$ 169 milhões provenientes de repasses percentuais de loterias esportivas, e de estatais, entre 2008 e 2011, num total de R$ 258 milhões. Ainda de acordo com o ministro, há centros de referência subaproveitados na prática esportiva, como por exemplo no Exército, que, segundo ele, "tem tradição em educação física e na ciência do esporte", assim como nas universidades, também com essa tradição.
Sobre as medidas que vem sendo tomadas para a organização dos Jogos Olímpicos, Aldo lembrou a regulamentação, na última semana, da Companhia de Controle Antidoping, pela presidente Dilma Rousseff, uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
 
Opinião:
É interessante que um Ministro dos Esportes comece a falar sobre Política de Esportes, pois há muito tempo não se discute tal tópico. O Brasil precisa ter um legado esportivo após estes diversos megaeventos e, esse legado não virá somente com a pura e simples realização destes eventos. É necessário que haja um planejamento robusto visando a integração entre os poderes (União, Estados e Municípios) para que não haja sobreposição de trabalho (como, por exemplo, a oferta do Programa Segundo Tempo pela União, o Rio Olímpico e o Rio em Forma, aqui no Estado e Cidade do Rio de Janeiro, todos com o mesmo objetivo). O que precisamos é sinergia na construção de um esporte forte e sólido, que não fique sujeito a mudanças governamentais; que haja uma política de Estado de fato e, para isso é necessário que a Gestão do Esporte seja consolidada em nosso território para que seja possível o uso consciente de ferramentas de gestão, assim como, a maior participação das Instituições de Ensino Superior através de pesquisas e laboratórios. Atualmente conduzo uma pesquisa sobre a percepção do profissional de educação física sobre a gestão do esporte na escola e fora da escola, abordando os 3 tipos (escolar, de participação e de rendimento) e a pesquisa já mostra um caminho de que não há um gestão de fato no esporte, não há planejamento e não há foco. A conferir o resultado final.

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