Páginas

sábado, 31 de dezembro de 2011

Flamengo cede barra da camisa para Traffic

Por: Eduardo Lopes


Na última sexta-feira, o Flamengo anunciou oficialmente que Ronaldinho Gaúcho permanecerá no time em 2012, após o clube se acertar com  Traffic, parceira no negócio que levou o meia à Gávea. O clube, no entanto, não divulgou os detalhes dessa operação, que repassará os valores obtidos com a barra da camisa para a agência.

Com a nova medida, a Traffic terá exclusividade na propriedade, e o com o patrocínio que for acertado a agência poderá ficar com o valor total da negociação. “Agora, eles têm que se virar para conseguir um patrocinador para a barra da camisa”, resumiu o vice-presidente do Flamengo, Henrique Brandão, à Máquina do Esporte.

Há três meses, a Traffic já havia definido com o Flamengo quais propriedades comerciais seriam utilizadas pelo clube e, portanto, quais espaços a agência poderia negociar. A barra da camisa estava incluída no acordo, mas até então a empresa só poderia ter uma porcentagem do que fosse vendido.

Neste ano, a barra da camisa do Flamengo chegou a ser negociada com o site de compra coletiva “Felicidade Urbana”, em um acordo de R$ 6 milhões por um ano. O contrato, no entanto, foi vetado pelo conselho deliberativo do clube, com a alegação que havia discordâncias quanto às garantias de pagamento.

Originalmente, o acordo que levou Ronaldinho à Gávea dava uma porcentagem dos patrocínios obtidos pelo clube ao jogador. A Traffic entrou no acordo como a agência responsável por captar esses recursos e pagar uma parcela do salário do jogador.

Um grande patrocínio nunca chegou, e a relação entre Traffic e Flamengo ficou abalada quando o clube fechou com a Procter & Gamble para o segundo semestre. O acordo foi intermediado pela 9ine,  o que deixou a parceira do clube sem nenhuma porcentagem dos valores envolvidos. Ronaldinho chegou a ficar meses sem receber a parte de seu salário oriunda da Traffic.

Rúgbi vai extinguir colaboradores em confederação


Por: Máquina do Esporte

A Confederação Brasileira de Rúgbi (CBRu) decidiu acabar com o amadorismo em sua gestão a partir da temporada de 2012. A entidade promete tirar os colaboradores na administração das seleções brasileiras e contar apenas com uma comissão técnica permanente. O objetivo, segundo Sami Arap, presidente da CBRu, é fazer com que o Brasil seja uma das nações top 30 do ranking da IRB (a associação mundial da modalidade).

"Ainda há muito trabalho por fazer. Temos que profissionalizar a estrutura com pessoas altamente capacitadas e isso será feito em 2012. Usávamos pessoas ligadas ao rúgbi e muitas delas ainda ligadas ao clubes e atuando em torneios. Mas isso deve acabar. Vamos otimizar a equipe e investir melhor os recursos da CBRu. Na minha opinião, quem não se profissionalizar, morrerá lentamente ao longo dessa caminhada", afirmou o dirigente.

Para fazer isso, a entidade planeja criar uma "Diretoria de rúgbi", órgão que será responsável por elevar o nível dos atletas de alto rendimento. Esse órgão deve implementar a criação de uma comissão técnica única e permanente, que será responsável pela gestão de todas as seleções principais, além de trabalhar na elaboração de um plano de desenvolvimento do rúgbi e na detecção de novos talentos para o esporte.

"Concluímos que o alto rendimento não alcançará patamares de excelência se não elevarmos o nível das comissões técnicas. Somente com planejamento e organização voltaremos a integrar o top-30 da IRB e até almejar uma classificação para uma Copa do Mundo no longo prazo", disse Arap.

Por conta de tudo isso, a expectativa do principal dirigente da CBRu é de certa apreensão para o ano de 2012. Apesar de contar com o apoio de grandes empresas privadas, como Bradesco, Heineken e Topper, a entidade deverá passar por um processo de ajustes, na visão de Arap.

"Será um ano muito difícil em vários aspectos. Teremos várias mudanças estruturais e culturais. Somente aqueles que tiverem competência reconhecida, dedicação e capacidade de assimilação das alterações permanecerão no grupo de trabalho futuro. O maior investimento da CBRu a partir de 2012 será nas categorias de base e numa comissão técnica de nível internacional", afirmou.

Um dos trunfos da entidade para isso é a criação de uma Academia Brasileira de Rugby, nome dado ao complexo de treinamento construído em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Para refletir!

http://albertomurray.wordpress.com/2011/12/30/previsoes-realistas-de-marcus-vinicius-freire-retratam-a-incompetencia-do-comite-olimpico-brasileiro-incapaz-de-mostrar-avancos-significativos/

Esporte e entretenimento segundo Mark Cuban, o presidente do Dallas Mavericks


Por: Fabio Kadow
“I can’t think of a bigger mistake then trying to integrate smartphones just because you can. The last thing I want is someone looking down at their phone to see a replay.”
A foto acima rodou o mundo no fim da última temporada da NBA, quando o bilionário Mark Cuban, dono do Dallas Mavericks, mostrou que não largou o troféu de campeão que acabara de conquistar nem para ir ao banheiro. Cuban tem uma fortuna avaliada em US$ 2,5 bilhões segundo a revista Forbes e desde 2000, quando investiu US$ 285 milhões, é o principal acionista da franquia Dallas Mavericks.
Seu jeito arrojado e polêmico criou um estilo único de empreendedorismo na NBA. Para ele, a liga precisa se modernizar e não popua críticas aos seus principais dirigentes. Mas neste final de semana, um dia antes do Natal e da estreia da temporada da NBA 2011-12, Cuban deixou claro o que pensa sobre como um jogo de basquete deve ser visto, destacando a dobradinha “esporte e entretenimento” - que anda muito batida ultimamente, mas muito mais no discurso do que na prática pelo mundo afora.
Cuban fez um post em seu blog pessoal sobre o forte crescimento nos EUA de aplicativos e ferramentas que possam amplificar a experiência dos torcedores presentes nas arenas. Um assunto que, podemos assim dizer, “está na moda”, com todas as ligas e times norte-americanos investindo muito nisso.
Logo no título ele deixa claro sua posição “The Fan Experience at Sports Events - We don’t need to stinking smartphones!”. Para Cuban, um jogo da NBA tem que ser um momento único, onde não há tempo de “baixar a cabeça para assistir o replay no celular”, mas sim de sempre ter algo chamando a atenção, e aqui não estamos falando apenas do jogo, mas também do telão, da torcida, dos shows, da música, etc.
Em certa passagem, ele compara um jogo com uma festa de casamento, daquelas inesquecíveis, não só pelo ato em si, mas pelo clima de alegria que todos os convidados estão vivendo. Além disso, a família é outro ponto importante. Segundo ele, pouquíssimas pessoas se lembram de quanto foi o primeiro jogo da sua vida num estádio, mas todos não se esquecem que esta visita ocorreu com os pais, avôs ou irmaos, e como aquele momento foi importante para a família.
Cuban afirma que os Mavericks não vendem simplesmente basquete para o seu público, mas sim uma experiência única e emocional. “Não é nosso negócio vender basquete, nós vendemos diversão (…) Eu repito isso todos os dias para meus funcionários (…) Eu quero um espetáculo para a família toda, inclusivo, memorável, e que todos não vejam a hora de contar como foi para seus amigos.”
Por fim, o dirigente alfineta suas ligas concorrentes. Para ele, um jogo da NBA não pode ter momentos “parados”, como no futebol americano ou no baseball, onde ai sim o público tem motivos para usar o telefone celular.
“As in every business you have to always ask yourself what your product is and the best way to deliver it. In the NBA our product is fun and energy. The last thing we need to do is encourage our customers to stare at their phones.”
E assim ele termina o seu fantástico post. Claro, com uma visão enviesada e um pouco tendenciosa, já que os celulares podem sim, na minha opinião, contribuir para que o público interaja ainda mais nas arenas. Mas é notório que faz falta um Mark Cuban no Brasil. Sua visão sobre esporte e entretenimento deveria ser enviada para todos os dirigentes brasileiros, e depois de uma semana realizarmos chamada oral e pedir uma redação de 20 linhas sobre o tema.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Processo seletivo para gestores do esporte

A Golden Goal, empresa que atua na gestão de projetos que se distribuem por toda a cadeia de valores da indústria esportiva, abre processo seletivo para gestores do esporte. Informações: http://www.goldengoal.com.br/br/index.htm#

Aldo diz não ter havido desvio de recursos no Esporte

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou ontem que a fiscalização dos convênios com organizações não-governamentais (ONGs) não identificou nenhum desvio de recursos. "Ao que me consta, não ", disse, ao fazer uma avaliação da pasta que assumiu há menos de dois meses. Rebelo afirmou que foram identificados apenas problemas formais na prestação de contas. "Às vezes é prazo de incorporação de documento, de emissão de nota. Irregularidade é isso. Não é propriamente desvio de recursos", disse.

A Justiça especializada na Copa do Mundo

Por Eduardo Carlezzo



Não há atentado à soberania brasileira no estabelecimento de uma Justiça especializada durante a Copa do Mundo de 2014. O projeto da Lei Geral da Copa, em tramitação no Congresso Nacional, prevê em seu artigo 37 que poderão ser criados juizados, varas, turmas ou câmaras especializadas para julgamento das causas relacionadas ao torneio e seus eventos paralelos. Não se trata de benefício à Fifa, como se tem apregoado. Pelo contrário. É um benefício à própria estrutura judiciária brasileira e à sociedade em geral.
Por Justiça especializada, entenda-se a criação de juizados especiais nas cidades-sede dos jogos ou a reorganização interna do Judiciário e Ministério Público com vistas a estabelecer um esquema de atuação concentrado e especializado para o processamento de casos durante o período da Copa.
Segundo estimativas do governo federal, 600 mil turistas estrangeiros virão ao Brasil para assistir a competição. Trata-se de um contingente enorme de pessoas transitando pelo país no curto período de um mês e que potencialmente significa o dobro daquelas que compareceram ao evento na África do Sul.
No caso de infrações ou crimes envolvendo estrangeiros, é fundamental que o processo possa ser solucionado rapidamente. Uma eventual execução de sentença no país do infrator se tornaria extremamente complicada e morosa, seja pelas próprias características de um processo judicial, seja pela inexistência de tratados com determinados países.
Na África do Sul, foram criadas 56 cortes especiais que funcionaram entre 28 de maio e 25 de julho de 2010 (a Copa aconteceu entre 11 de junho e 11 de julho). O objetivo principal desses juizados era processar todos os crimes cometidos neste período e que tivessem relação com o evento, especialmente aqueles onde estivessem envolvidos turistas. Foram recrutados 110 magistrados e 260 promotores de justiça. No total, 222 crimes ligados à Copa foram cometidos, resultando em 138 condenações. Assim como já ocorre no Brasil, na África do Sul a instalação dessas cortes não aconteceu sem polêmica, tendo em vista a saturação do sistema judiciário local.
Em 2006, na Alemanha, não foram criadas cortes especiais. Contudo, o sistema judiciário foi adaptado a fim de preparar magistrados e promotores para atuarem durante o evento. Com foco em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo, os processos foram instruídos de forma célere e especializada para enfrentar os desafios da Copa do Mundo.
Não temos o padrão social existente na Alemanha, onde as taxas de criminalidade são baixas. Para que se tenha uma ideia, uma das preocupações principais do sistema de segurança em 2006 eram os "hooligans" ingleses. No Brasil, o buraco é (e será) bem mais embaixo, de forma que a comparação deve ser feita com a África do Sul, país em que os delitos atingem altos índices.
O tratamento diferenciado de determinados assuntos pelo sistema judiciário não é algo novo no Brasil. No próprio futebol, de acordo com o previsto no Estatuto do Torcedor, já existem tribunais especiais dentro de estádios. Também já existem juizados em aeroportos para dirimir disputas entre consumidores e companhias aéreas. Da mesma forma, juizados específicos para a Copa não caracterizariam um benefício à Fifa, mas sim um mecanismo para conferir maior eficácia ao exercício da tutela jurisdicional.
Um dos objetivos do artigo 37 é também dar celeridade e especialização ao processamento e julgamento de questões de natureza comercial. Na última Copa, houve manifestações de insatisfação com o excessivo viés comercial/criminal dado a alguns assuntos, como o caso das holandesas presas por propaganda ilegal de bebidas durante uma partida. Se soubermos separar interesses comerciais da Fifa da necessidade de prestação da tutela jurisdicional de forma rápida e segura, a sociedade civil terá marcado um gol em 2014.
Sob o ponto de vista eminentemente processual, existem aspectos muito mais polêmicos do que a criação de uma Justiça especializada para a Copa. Por exemplo, o artigo 38 do projeto de lei confere a Fifa isenção no adiantamento de custas, emolumentos, caução e honorários periciais em várias instâncias da Justiça, assim como isenção na condenação em custas e despesas processuais, salvo comprovada má-fé.
Contudo, e não menos importante, não podemos esquecer que o governo deste país em 2007 assinou uma série de documentos com a entidade mundial do futebol, outorgando garantias e assumindo obrigações que deveriam, posteriormente, virar lei. Compromissos assumidos devem ser cumpridos. Se pleiteamos a entrada na lista dos países dito "sérios", o Brasil não pode simplesmente desconsiderar o que já foi assinado e discutir novamente cada ponto. Afinal, segurança jurídica, e judiciária, é o que todos queremos e precisamos.
Eduardo Carlezzo é advogado, sócio do Carlezzo Advogados e membro do Conselho Consultivo do Boletim Europeu de Política e Desporto, da Sports Law Association (EUA) e da British Association of Sport and Law

Administrador quer melhorar gramado e acesso ao Engenhão


Objetivo é ter menos jogos e mais ordem no estádio no ano que vem


RIO - Tradição em todo Réveillon, a lista de resoluções para o próximo ano enumera aquilo que alguém se propõe a fazer, sem mais adiamentos. A do Engenhão é extensa. Para 2012, o Botafogo, administrador do Estádio Municipal João Havelange, com o auxílio de órgãos públicos, promete um choque de ordem dentro e fora do complexo de maneira que os erros de 2011 não se repitam. As medidas servirão como treinamento para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O Botafogo começou a arrumar a casa de dentro para fora. Alvo constante das críticas de jogadores, técnicos e dirigentes, o gramado já está em reforma. Como a quantidade de jogos em 2011 ultrapassou o limite previsto, não houve tempo para recuperação da grama. Por isto, o Botafogo encaminhou ofícios à CBF, Federação e Conmebol nos quais solicitou maior intervalo entre as partidas e a extinção das rodadas duplas no Campeonato Carioca.
— O convênio assinado com Flamengo e Fluminense previa de 80 a 90 jogos por ano. Entre jogos e eventos (treinos de adversários visitantes), tivemos 110 partidas, número bem acima do que imaginamos. Queremos o uso racional do Engenhão — disse Sérgio Landau, diretor executivo do Botafogo e administrador do estádio.

Viaduto e solução que vem de fora
A solução para acelerar a recuperação e deixar o gramado em boas condições para as primeiras rodadas do Carioca, que começará no dia 21 de janeiro, vem de fora. O Botafogo contratou um técnico estrangeiro para cuidar da grama e importou equipamentos adequados para o reparo.
— A grama é carente da luz do sol e no inverno não recebe iluminação adequada, devido ao projeto arquitetônico do estádio. Nivelamos o gramado e, junto com o equipamento e o consultor internacional, a grama será bem tratada a tempo do Carioca — garantiu Landau.
A urgência é necessária também para resolver os problemas no entorno do Engenhão. Ambulantes, estacionamentos clandestinos e trânsito caótico nas apertadas ruas de acesso estão na mira de um grupo de trabalho coordenado pela Federação e que reúne o Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, Superintendência de Desportos do Estado do Rio (Suderj), Polícia Militar, CET-Rio, Guarda Municipal e Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop).
— Será um trabalho em conjunto e também um treinamento para a Copa do Mundo. Entendemos neste último ano que é preciso melhorar muito o acesso ao estádio e acabar com a confusão no entorno. Figuras que atrapalham o bom fluxo de torcedores e veículos, como os vendedores ambulantes, serão impedidos de se aproximarem do estádio. Os estacionamentos clandestinos, que funcionam sem planejamento, tiram receita do estádio e atrapalham o trânsito, serão extintos. Tudo isto já pensando na Copa — afirmou Landau.
Melhorar o trânsito virou obsessão. No último ano, a via-crúcis a caminho do estádio esteve, ao lado das condições do gramado, no topo da lista de reclamação dos torcedores. Seja pela Linha Amarela ou pelas ruas paralelas à linha do trem, chegar ao Engenhão em dias de jogos com grande público é um grande exercício de paciência, por mais que o incentivo ao uso do transporte público seja feito pelos administradores. O serviço, principalmente da SuperVia, não é satisfatório — após os jogos, os usuários têm de esperar cerca de uma hora para os trens saírem da estação. A solução será construir um viaduto.
— O projeto é fazer um viaduto para melhorar o acesso de uma vez por todas. Isto não é imediato, mas o choque de ordem no entorno valerá já a partir da primeira rodada do Carioca. Não conseguiremos resolver os problemas sem o apoio do poder público. Nunca — frisou Landau.
O diretor executivo também apela ao poder público para liberar o consumo de bebidas alcoolicas dentro dos estádios brasileiros. A medida será votada pelo Congresso dentro do pacote da Lei Geral da Copa do Mundo. Mas Landau afirma que a liberação para as demais competições seria mais um atrativo para os torcedores e evitaria o problema dos vendedores ambulantes.
— Enquanto a bebida alcoolica não for liberada, o torcedor ficará do lado de fora, causando tumulto nas ruas e dificultando o acesso ao estádio. Fizemos um estudo em um jogo com 30 mil pessoas. Até 20 mil pessoas podem entrar minutos antes de começar o jogo. Isto causa uma confusão enorme. Com a bebida liberada, teríamos shows programados para uma hora antes, restaurantes, bares... Além de gerar receita, colabora para a entrada mais ordenada — explicou Landau.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/administrador-quer-melhorar-gramado-acesso-ao-engenhao-3514089#ixzz1hjqVjOIT 

sábado, 24 de dezembro de 2011

Confederação Brasileira De Rugby: Presidente Sami Arap Sobrinho "Haverá Mudanças"


A Confederação Brasileira de Rugby projeta mudanças substanciais para 2012. Depois de uma temporada com muitas conquistas, entidade planeja profissionalizar a gestão ampliando o investimento na base. A tevê ao vivo foi parte fundamental na explosão do ráguebi brasileiro na temporada que acabou de encerrar com São José Campeão do "Super 10", também repleto de sucessos e torcedores no palco que hospedou o torneio a partir das Semis em Embú das Artes no Estado de São Paulo.
Depois de uma temporada de conquistas e frustrações para as Seleções de XV e Sevens e com aumento da visibilidade da modalidade, o gestor acredita que ainda há muito a melhorar e planeja, à longo prazo, a classificação do Brasil para uma Copa do Mundo.
As equipes têm apresentado melhoria técnica e experimentado boas surpresas com os jovens árbitros. Contudo, a implementação de programas de capacitação técnica é necessária para que o país transforme-se em uma potência da modalidade. Para isso, o foco em uma gestão eficiente e essencial, tanto para a CBRu, quanto para as federações estaduais.
"Na minha opinião, quem não se profissionalizar, morrerá lentamente ao longo dessa caminhada" comentou o Presidente da CBRu, Sami Arap Sobrinho.
Além disso ele acrescentou logo o comentário a seguir: "Somos muito gratos aos vários colaboradores que tanto dedicaram seu tempo familiar e profissional à CBRu mas é chegado o momento de mudanças substanciais".
Assim os esforços serão redirecionados para novas prioridades e as responsabilidades dos novos gestores serão focadas em resultados, para que a modalidade tenha um crescimento ordenado.
A partir de agora pode conferir a reportagem com o Presidente da Confederação Brasileira de Rugby
IMPRENSA: Quais os principais fatos que marcaram o ráguebi brasileiro em 2011?
SAMI ARAP: O ano de 2011 foi marcado por reestruturações e reorganizações de Seleções e campeonatos, especialmente o aumento de competições internacionais para as Seleções brasileiras de XV e Sevens. Tivemos resultados bons no Sevens Masculino (circuito sul-americano, CONSUR, Newquay e Middlesex), Sevens Feminino, (CONSUR  e tour europeu) XV Masculino (CONSUR "A") e Seleções de Praia (II Jogos Sul-Americano de Praia Odesul no Equador). Entretanto, fomos surpreendidos no Pan-Americano  de Guadalajara e em Dubai, tal vez pelo desgaste físico dos atletas, bem como não conseguimos fazer uma preparação adequada para a nossa Seleção Sub-19. 
Focaremos esforços nas categorias de base, especialmente agora que possuímos a Academia Brasileira de Rugby (Centro de Treinamento em São José dos Campos - Estado de São Paulo). Plantamos a primeira semente do Fale Conosco (Programa de Desenvolvimento) e tivemos bom retorno das cidades visitadas. Melhoramos a capacidade financeira da CBRu, e logramos inserir o ráguebi em transmissões ao vivo na tevê. O saldo é muito positivo.
IMPRENSA: Como o senhor avalia o segundo ano da nova gestão? O que é preciso fazer para melhorar?
SAMI ARAP: A partir de Janeiro de 2010 começamos um trabalho de recuperação e reestruturação da entidade. Em 2011, melhoramos o perfil das competições, aumentamos o volume de jogos internacionais e asseguramos a Academia Brasileira de Rugby. Ainda há muito trabalho por fazer. Temos que profissionalizar a estrutura com pessoas altamente capacitadas e isso será feito em 2012. Usávamos pessoas ligadas ao ráguebi e muitas delas ainda ligadas aos clubes e atuando em torneios. Isso deve acabar. Vamos otimizar a equipe e investir melhor os recursos da CBRu.
Concluímos que o alto rendimento não alcançará patamares de excelência se não elevamos o nível das comissões técnicas. Faz-se necessário a criação de uma "Diretoria de Rugby" cujo objetivo será basicamente:
1 ) Identificação e coordenação de uma única comissão técnica para todas  Seleções de XV e de Sevens, formada por profissionais oriundos do "tier 1".
2 ) Implementação de um programa efetivo de desenvolvimento.
3 ) Criação de um programa de identificação de talentos oriundos do ráguebi e de outras modalidades.
Somente com planejamento e organização voltaremos a integrar o top-30 do ranking da IRB. (Federação Internacional) e até almejar uma classificação para uma Copa do Mundo à longo prazo. 
IMPRENSA: Quais as metas para 2012?
SAMI ARAP: 2012 será um ano muito difícil em vários aspectos. Teremos várias mudanças estruturais e culturais. Somente aqueles que tiveram competência reconhecida, dedicação e capacidade de assimilação das alterações permanecerão no grupo de trabalho futuro. Só almejamos, por exemplo, a classificação do Brasil a Copa do Mundo de Sevens na Rússia, em Março de 2013, é fundamental termos uma Seleção permanente dedicada ao Sevens, Dessa forma, os atletas masculinos de Sevens não representarão o Brasil na Seleção de XV, Precisamos treiná-los de forma coordenada e focada para o Sevens. Além disso, é necessário salvaguardá-los do ponto de vista físico. Em 2011, nossos atletas terminarão a temporada totalmente cansados e lesionados.  Com isso, abre-se uma chance para que novos atletas sejam identificados para a Seleção de XV, e ainda a Seleção Feminina de Sevens, terá a mesma chance da Seleção Masculina, até porque tem alcançado melhores e constantes resultados no âmbito da CONSUR (Confederação Sul-Americana de Rugby).
IMPRENSA: Como você avalia a experiência com a Lei do Incentivo do Esporte? Pretende ampliar a quantidade de projetos? Quais?
SAMI ARAP: A Lei do Incentivo do Esporte é uma excelente ferramenta para divulgação da modalidade, aliada a captação de recursos financeiros. É uma oportunidade sem precedentes para atrair potenciais patrocinadores para Seleções Brasileiras e torneios da CBRu. É um caminho a ser seguido pelas equipes que pretendem profissionalizar-se. Em 2012, teremos projetos de LIE para as Seleções Brasileiras e para o Super 10, Além dos projetos financiados via LIE, buscaremos melhorar a Copa Cultura Inglesa (Sub 18), manteremos a Copa Mitchel Etlin (Sub15) e implementaremos um Circuito Brasileiro de Rugby Sevens para equipes femininas. É importante fomentarmos a prática do ráguebi feminino nos Estados, buscando divulgar a modalidade e aumentar o número de praticantes. Equipes como Charrua e Desterro estão praticamente isoladas em seus Estados. As Federações Estaduais devem investir na divulgação da prática do ráguebi feminino.
IMPRENSA: A CBRu tem hoje seis federações filiadas. Como estruturá-las para auxiliar o desenvolvimento da modalidade?
SAMI ARAP: Os Estados de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo e organizaram suas Federações Estaduais, entretanto, não basta ser um "entidade de papel". É preciso ser atuante e trabalhar com metas de desenvolvimento e alto rendimento nos seus Estados. A existência da Federação concede ao Estado o direito de representação perante à CBRu mas a Federação é responsável pelo fomento da prática da modalidade, no Estado e criação de torneios competitivos. Poucos Estados implementaram suas atividades com sucesso e a CBRu torce para que as Federações se profissionalizem.
Temos ciência que outros Estados tais como Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Mato Grosso e o Distrito Federal, querem organizar suas Federações e isso é um bom começo, que acarreta na organização da modalidade no país. Sem organização, não há divulgação, permanece o amadorismo; o amadorismo não alcançará as metas de excelência necessárias para o ráguebi tornar-se uma modalidade amplamente praticada no país.
IMPRENSA: A CBRu tem hoje grandes parceiros. Ainda existe espaço para novos investidores? Quais as demandas a entidade?
SAMI ARAP: Graças a reputação e credibilidade dos membros que integram a atual Administração, a CBRu conquistou importantes parceiros. Topper, Bradesco, Heineken, Grupo CCR, Cultura Inglesa, Probiótica, Terapêutica e Cremer, além de uma ótima relação com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Ministério do Esporte (ME). Buscamos sempre novos parceiros, especialmente para o desenvolvimento regional e para as categorias de base. As Federações Estaduais e os clubes devem seguir o "modelo CBRu", e buscar parceiros locais para apoiar as atividades em seus Estados. O maior investimento da CBRu a partir de 2012 será categorias de base e comissão técnica de nível internacional.
IMPRENSA: Se a juventude è o "futuro do ráguebi brasileiro", como estimulá-los a garantir a continuidade do trabalho.
SAMI ARAP: Estamos certos que o ráguebi é uma ferramenta inigualável de educação a través de seus valores de respeito, lealdade, camaradagem, jogo em equipe, comunicação e transparência. Ráguebi é uma escola de vida, um ambiente altamente familiar e um mecanismo de inclusão social. Temos participado com muito êxito nos Jogos Escolares Brasileiros, pelo convite do COB, Alcançamos centenas de crianças até 15 anos, que ficam maravilhadas com a experiência do ráguebi sem contato ("tag ráguebi"). É muito importante estabelecer-se parcerias com as Prefeituras locais, visando obter a infra-estrutura necessária para a prática da modalidade (campos públicos) e introduzir ráguebi na grade de educação.


Gasto com publicidade e patrocínio em eventos esportivos dobra


Dados da IFM Sports Marketing Events apresentados pelo especialista alemão, Bernd Proske, durante palestra em São Paulo revelam que o setor movimentou US$ 25 bilhões em 2002, saltando em 2011 para aproximadamente US$ 50 bilhões. 

De acordo com Proske, um dos fundadores da Proske Sports, 90% dos gastos com publicidade e patrocínio em 2010 foram vinculados a eventos esportivos e envolveram questões como hospitalidade, logística, merchandising, mídias sociais, relações públicas e comunidade em geral. 

O especialista explica que eventos esportivos chamam a atenção das grandes companhias porque mexem com a emoção e podem ser explorados por meio da hospitalidade. Estandes, restaurantes, eventos para clientes e tudo que está ligado ao patrocínio é capaz de tornar a ação ainda mais efetiva. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Acordo prevê desenvolvimento do esporte em Minas Gerais

Por: Agência Sebrae de Notícias


Parceria prepara cadeia produtiva para grandes eventos

O governo de Minas Gerais e o Sebrae no estado assinaram um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento da cadeia produtiva do esporte. A iniciativa faz parte do projeto Minas Olímpica, estratégia da Secretaria de Esportes que estimula o esporte de rendimento no estado que pretende preparar a unidade da federação para os eventos esportivos de grande porte que serão realizados no país nos próximos anos. 

O acordo foi assinado, nesta quinta-feira (22). Pelo governo do estado, assinaram representantes Secretaria de Estado de Esportes e da Juventude (SEEJ) e da Fundação João Pinheiro. 

Pioneiro no país, o projeto será desenvolvido em três etapas: diagnóstico da cadeia produtivaqualificação profissional e acesso ao mercado para federações, associações, clubes e empresas mineiras com atuação nas modalidades prioritárias do esporte no estado. 

Na primeira etapa, a Fundação João Pinheiro realizará o diagnóstico geral da cadeia produtiva do esporte em Minas Gerais e apontar as possíveis intervenções. Com o estudo, será possível analisar o ambiente institucional do esporte no estado, entre outros pontos. O levantamento vai incluir ainda o mapa dos negócios locais relacionados direta ou indiretamente à cadeia produtiva do esporte. 

Com base nas informações fornecidas pela Fundação João Pinheiro, o Sebrae em Minas Gerais vai atuar junto a federações, clubes e empresas para a realização de diagnósticos individuais completos. Nas etapas seguintes, a Secretaria de Esportes e o Sebrae atuarão em conjunto para o desenvolvimento e implementação de um projeto de capacitação das empresas e entidades do setor.

QUEM FAZ: RODRIGO GARCIA, GERENTE DE POLÍTICA E OPERAÇÕES ESPORTIVAS

Conheça as (muitas) responsabilidades de um dos gestores do Departamento de Esportes


A arbitragem, o controle de doping, a cronometragem, a distribuição de resultados das competições, as publicações relacionadas ao esporte e os serviços veterinários são apenas algumas das incontáveis responsabilidades da área de política e operações esportivas do Comitê Organizador Rio 2016™. Enumerá-las é tarefa difícil até para o paulistano Rodrigo Garcia, cuja serenidade diante do tamanho do desafio que terá pelos próximos cinco anos impressiona.
Gerente de uma das quatro áreas do Departamento de Esportes, que conta ainda com Competição Esportiva (Ricardo Prado), Arquitetura de Instalações Esportivas (Gustavo Nascimento) e Apresentação do Esporte (ainda sem gerente), Garcia comandará, em 2016, uma força de trabalho de mais de mil pessoas. Boa parte dela é composta por voluntários, que precisarão de treinamento e orientação. Outro grande contingente de profissionais, os de arbitragem, também estará sob sua guarda. Projetos para preparação de mão-de-obra brasileira estão nos planos, mas a recepção aos estrangeiros e o atendimento às suas necessidades são algumas das prioridades.
Além do planejamento da parte operacional, decisões que envolvem mais de um esporte e que exigem interface com outras áreas funcionais do Comitê, como Acomodações e Tecnologia, por exemplo, fazem parte do dia-a-dia. Da mesma forma, o contato e as trocas com as Federações Internacionais dos esportes são constantes. São elas que dão as diretrizes e, em boa parte dos casos, fazem a operação em conjunto com a organização do maior evento esportivo do planeta.
“Embora sejam os mesmos Jogos Olímpicos, cada esporte gosta de ser tratado de um nível diferente. Nós temos que fazer com que todos sejam atendidos em suas demandas, mas que eles entendam que estão em um ambiente único. Então, serão os Jogos Rio 2016™ para a Natação, o Futebol, o Tiro com Arco, o Triatlo e todos os outros. É o mesmo evento. Aí é que está a questão. Temos a interface com nossos parceiros de Londres 2012, por exemplo. Visitamos campeonatos dos esportes ao redor do mundo para entender como eles gostam de ser tratados no mundo deles. Os eventos têm a cara deles. Procuramos este conhecimento, mas faremos aqui com a nossa identidade”, analisa.
Aprendizado com os Jogos Pan-Americanos
Graduado em Esporte pela Universidade de São Paulo (USP), curso mais voltado para a gestão do esporte, Garcia levou a experiência com marketing e eventos para a organização dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007. Teve a oportunidade de gerenciar uma das principais instalações esportivas, o Estádio João Havelange, palco do Atletismo, e dali construiu a trajetória rumo ao maior espetáculo esportivo do planeta.
“O caminho de aprendizado começa nos Jogos Pan-Americanos. Depois, continua na candidatura do Rio para 2016, onde ajudei a fazer o Masterplan (o arcabouço do dossiê de candidatura). Trabalhei oito meses no Comitê de São Paulo para a Copa do Mundo de futebol e voltei. Todo esse processo foi importante. Minha área era de operação de instalações no Pan, uma interface da área de esportes com a área de instalações. Hoje, comando Política e Operações. A experiência de planejamento que tive no Pan está sendo fundamental”, diz o gerente, que cita também as oportunidades de aprendizagem nas observações em grandes eventos e nas consultorias a países menos estruturados.
“É interessante observar as diversas situações para entender melhor nossas demandas. Estivemos em Pequim 2008, que teve três vezes o tamanho do Pan. Foi minha primeira experiência olímpica. Depois, tivemos oportunidade de dar consultoria a alguns países da América do Sul e Caribe que preparavam candidaturas para Jogos regionais. Pudemos acompanhar os eventos-teste em Londres e participar de reuniões com as Federações Internacionais. Trabalhamos com organizações as mais distintas, é importante observar os detalhes”.
Evolução da organização do esporte no Brasil
Maior do que o desafio de organizar um megaevento, só o de torná-lo fonte de legados esportivos e não-esportivos sólidos para o Brasil e os vizinhos sul-americanos. Para Garcia, já é evidente o desenvolvimento da gestão esportiva no país. A tendência é de crescimento nos próximos anos.
“O Brasil está passando por um processo de evolução muito grande nessa parte de gestão do esporte, gestão de instalações esportivas. Isso fica claro. Desde antes do Pan até agora, eu consigo ver como as pessoas estão cada vez mais preparadas, como os clubes estão preparando melhor, como os eventos esportivos estão proporcionando experiência, bagagem. O legal é ver, quando vamos para um evento fora, que o que estamos planejando aqui não está distante da realidade de outros”, relata.
As responsabilidades da área de Política e Operações Esportivas são tão numerosas quanto as oportunidades que geram. Com voz serena, mas firme, Rodrigo Garcia comanda uma das áreas-chave do Departamento de Esportes e do Comitê Organizador como um todo. O desafio é de centenas de pessoas. O resultado é de milhões.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Secopa e Uneb lançam o Projeto Legados Sociais para a Copa 2014


Por: Selma Morais

A busca pelos legados sociais em função da Copa do Mundo de 2014, na Bahia, continua sendo o maior objetivo das diversas ações do Governo do Estado, a exemplo do Projeto Legados Sociais para a Copa 2014 que será lançado nesta quinta-feira (22), entre a Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa) e a Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
O evento contará com as presenças do Secretário da Secopa, Ney Campello, do Reitor da Uneb, Lourisvaldo Valentim da Silva, da comunidade acadêmica e da sociedade civil. A solenidade será no Teatro da Uneb, no Cabula, às 8 horas.
O projeto tem como principal objetivo a elaboração e implantação de um conjunto de projetos e ações socioeducativas, culturais, ambientais e regionais, visando à promoção de legados socioeconômicos. A ideia prioritária é mobilizar a população com a Copa 2014 e os eventos associados, em todo o Estado da Bahia.
As ações serão desenvolvidas até novembro de 2013 e irão viabilizar o atendimento das demandas na geração de emprego e renda, qualificando e formando profissionais para atuarem em grandes eventos, como monitores e voluntários, por exemplo. Através da experiência que tem em trabalhos comunitários e extensionistas, a Uneb poderá atender plenamente os objetivos de ser propulsora de legados sociais para a comunidade do Estado da Bahia.

São Paulo apresenta projeto inovador e moderno para cobrir o Morumbi


Por: Agência de Futebol do Interior

O Tricolor fechou parceria com a empresa Andrade Gutierrez para fazer a obra

São Paulo, SP, 20 (AFI) - Foi anunciada na tarde desta terça-feira a parceria entre o São Paulo e a empresa Andrade Gutierrez para o projeto de modernização do Estádio do Morumbi, que inclui a construção da cobertura do local. O evento contou com a presença do Governador do Estado, Geraldo Alckmin, do Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do Presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, e do Vereador e Conselheiro são-paulino, Marco Aurélio Cunha.
Além da cobertura do estádio, o Morumbi vai receber uma arena multiuso para shows e eventos, um hotel com centro de convenções, um novo memorial, terá a capacidade do atual estacionamento ampliada e os acessos do público serão reconfigurados. Durante as obras, a capacidade máxima para o público (67 mil pessoas) não será alterada, assim como a estrutura existente para receber os torcedores.
"Queremos fazer a cobertura do estádio, estádio que se moderniza a cada passo. O Morumbi precisa fazer a sua cobertura, a cidade precisa de um hotel nessa região, que é carente disso. Queremos hospedar aqueles que vêm pra cá. Temos nossos parceiros da Andrade Gutierrez, portanto, o insumo básico para essa obra. O projeto da cobertura já está protocolado junto ao poder público municipal, e gostaríamos de contar com a clarividência do governador para realizarmos a obra", afirmou o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio.
"É uma obra importante para o Esporte a modernização do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, a nova arena multiuso, o novo hotel, todo esse complexo esportista e turístico, são obras muito importantes pra cidade, estado e país. A grande dificuldade das megacidades é a mobilidade urbana, e teremos aqui a linha 4 do metrô, a mais moderna do país. Teremos em 24 meses a inauguração da estação de metrô próxima ao estádio. A cidade de São Paulo precisa ter estrutura, parabéns ao São Paulo", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
"A nação tricolor merece essa obra. Em São Paulo teremos a Copa do Mundo, que criou circunstâncias para que o Corinthians seja apoiado em múltiplos aspectos para ter o seu estádio. Agora temos que ter o mesmo entusiasmo, energia, e pensar também nos outros clubes, para que eles fiquem no mesmo patamar. Nada mais justo do que criarmos condições para que o São Paulo também seja apoiado para que possa ter o seu estádio reformado, ajustado. Vamos fazer um esforço grande para fazer o correto", completou o prefeito Gilberto Kassab.

A cobertura!
Para conseguir cobrir todos os assentos do Morumbi sem interferir na parte estrutural ou na comunicação visual da fachada do estádio, será instalada uma cobertura leve, com estrutura metálica e a menor quantidade possível de pontos de apoio em torno do estádio. A cobertura será suspensa por cabos e vai proporcionar também conforto acústico para os arredores do estádio.

A cobertura será viabilizada com recursos provenientes da exploração comercial dos espaços da arena de show e do hotel. O prazo de conclusão estimado é de 18 meses a partir do início das obras, que acontecerá assim que a Prefeitura de São Paulo emitir as licenças, alvarás e demais autorizações para a construção.
O projeto arquitetônico da cobertura é de autoria da empresa Projeto Alpha Engenharia de Estruturas, do engenheiro e especialista em estruturas metálicas Flávio D'Alambert, com a consultoria do renomado Ruy Ohtaque.


Arena multiuso e hotel!
A arena multiuso visa receber um novo nicho de negócios para o clube: eventos para até 25 mil pessoas, demanda da cidade de São Paulo, que hoje não possui casas de espetáculos existentes para essa capacidade.

A arena ficará localizada em um ponto no qual nem o público nem o palco acesso ao gramado do estádio. Dessa forma, os shows não farão com que o estádio seja interditado para jogos devido à necessidade de montagem e desmontagem do palco.
O hotel terá quartos voltados para dentro e para fora do estádio. Os hóspedes poderão desfrutar de piscina coberta, equipamentos esportivos, centro de convenções para até três mil pessoas e acesso aos estádio e à arena.


Novo memorial e estacionamento!
O novo memorial do clube terá o espaço ampliado para poder mostrar ao são-paulino grandes histórias dos 76 anos do São Paulo, um dos clubes mais vitoriosos do futebol brasileiro. Já o estacionamento vai ganhar mais vagas, partes delas destinadas ao estádio e divididas em dois andares. O restante das vagas ficará à disposição do hotel.



Sociedade de Propósito Específico (SPE)!
Neste primeiro momento, o São Paulo e a Andrade Gutierrez vão assinar um memorando de entendimento que celebra a parceria entre o clube e a empresa. É com base nesse documento que a Andrade Gutierrez passa a ter legitimidade para buscar a aprovação das autoridades competentes e celebrar contratos com os demais parceiros do projeto.

A Andrade Gutierrez atuará como integradora do projeto para, juntamente com o clube, garantir sinergia e fluência nas negociações. A construtora será também responsável pelas obras.
O projeto não contará com aporte de dinheiro público, nem será investido qualquer valor proveniente do São Paulo Futebol Clube, seja do investimento direto do caixa do clube, seja pelo comprometimento de receitas atuais e/ou futuras. Os recursos serão viabilizados integralmente com receitas do próprio projeto, a partir de uma estrutura conhecida como Project Finance.
Após o término das obras, todo o complexo será administrado por uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), durante todo o período de operação, após o qual todas as benfeitorias realizadas no estádio se reverterão em favor do patrimônio do São Paulo.
A SPE será criada para gerir o negócio e composta pelos parceiros investidores do projeto, responsáveis pelo aporte dos recursos necessários que serão recuperados durante o período de concessão do hotel e da arena multiuso.
Ao São Paulo caberá fazer a cessão dos direitos de superfície do estádio do Morumbi à SPE e garantir a livre utilização pelos parceiros durante o prazo da concessão, que ainda será determinado entre as partes.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Políticas públicas para o esporte


Vale a pena ler esse artigo escrito por Alberto Murray no início de 2011. A discussão sobre gestão esportiva começou a ficar mais latente a partir do Pan Americano de 2007, realizado no Rio de Janeiro. No entanto, se não fosse por alguns jornalistas e comunidades acadêmicas envolvidas com a gestão esportiva, o assunto não estaria nas pautas de discussão. Essa semana o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse que não existe política pública de esporte no Brasil. Sim, com isso, todos concordam, mas e daí? O que tem sido feito? O que fazer? Iremos passar pela década de ouro para o esporte e não teremos um legado esportivo? Deixo aqui essas perguntas para reflexão.
Fonte: http://albertomurray.wordpress.com/2011/01/13/folha-de-sao-paulo-politicas-publicas-para-o-esporte/

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ministério do Esporte quer incentivar o futebol feminino no Brasil

Por: Agência Câmara de Notícias

A diretora do departamento de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Esporte, Cássia Damiani, disse agora há pouco que está sendo criada uma coordenação especial de futebol feminino, como forma de incentivar essa modalidade esportiva.

Damiani também afirmou que estão sendo planejados eventos para debater a inclusão das mulheres no esporte. "Vamos ainda realizar um seminário para discutir o esporte para as mulheres e queremos criar uma medalha do mérito esportivo. Porém, é preciso debater também as questões econômicas", disse.
A diretora participa neste momento de audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto para discutir a participação das mulheres no esporte.
Mulheres excluídas
A professora da Universidade de São Paulo (USP), Katia Rubio, falou sobre a história da participação das mulheres nos jogos olímpicos. Disse que na antiguidade a mulher era excluída das competições porque não era considerada cidadã. Depois, já em jogos olímpicos da era moderna, esse argumento foi sendo desconfigurado. Mas, segundo ela, havia o argumento de que as mulheres eram "fracas dos nervos".

Ela destacou que a primeira participação feminina brasileira em jogos olímpicos foi em 1932, com Maria Lenk, na natação. A nadadora chegou a ser recordista mundial em 1939, mas a Olimpíada de 1940 foi cancelada por causa da guerra.
"Esse cenário de poucas mulheres competindo começa a se transformar na década de 80, com a profissionalização do esporte brasileiro. Espero que esse momento de reunião nos permita pensar em estratégias e políticas que efetivamente contribuam para o esporte das mulheres no Brasil", disse Kátia Rubio.
A audiência pública ocorre no Plenário 5.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Relatório sobre megaeventos e direitos humanos

Veja aqui ótima reportagem sobre megaeventos e direitos humanos. Ótimo achado do jornalista José Cruz. Não perca!

Aldo Rebelo diz que Brasil não tem política de esporte

RIO - O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, deu início à última edição do Seminário Rio Cidade Sede, promovida pelo GLOBO e EXTRA, na manhã desta segunda-feira, na Bolsa de Valores, no Centro. Durante palestra, Rebelo criticou a atual política nacional do esporte.
- Nós não temos ainda uma política nacional do esporte institucionalizada, um marco legal. Vivemos de convênios, o que não é desejado - disse Rebelo, que garantiu que a União vem tomando medidas para garantir melhorias no incentivo à prática esportiva.
- Estamos procurando recuperar a omissão da sociedade para com o esporte e esta omissão não foi pequena. Temos uma dívida muito grande com o país. O governo tem procurado criar instrumentos de longo prazo e de emergência, que contornem a dificuldade do momento.
Aldo citou ações, como incentivo ao Bolsa Atleta, que beneficia cinco mil atletas, investimentos de R$ 169 milhões provenientes de repasses percentuais de loterias esportivas, e de estatais, entre 2008 e 2011, num total de R$ 258 milhões. Ainda de acordo com o ministro, há centros de referência subaproveitados na prática esportiva, como por exemplo no Exército, que, segundo ele, "tem tradição em educação física e na ciência do esporte", assim como nas universidades, também com essa tradição.
Sobre as medidas que vem sendo tomadas para a organização dos Jogos Olímpicos, Aldo lembrou a regulamentação, na última semana, da Companhia de Controle Antidoping, pela presidente Dilma Rousseff, uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
 
Opinião:
É interessante que um Ministro dos Esportes comece a falar sobre Política de Esportes, pois há muito tempo não se discute tal tópico. O Brasil precisa ter um legado esportivo após estes diversos megaeventos e, esse legado não virá somente com a pura e simples realização destes eventos. É necessário que haja um planejamento robusto visando a integração entre os poderes (União, Estados e Municípios) para que não haja sobreposição de trabalho (como, por exemplo, a oferta do Programa Segundo Tempo pela União, o Rio Olímpico e o Rio em Forma, aqui no Estado e Cidade do Rio de Janeiro, todos com o mesmo objetivo). O que precisamos é sinergia na construção de um esporte forte e sólido, que não fique sujeito a mudanças governamentais; que haja uma política de Estado de fato e, para isso é necessário que a Gestão do Esporte seja consolidada em nosso território para que seja possível o uso consciente de ferramentas de gestão, assim como, a maior participação das Instituições de Ensino Superior através de pesquisas e laboratórios. Atualmente conduzo uma pesquisa sobre a percepção do profissional de educação física sobre a gestão do esporte na escola e fora da escola, abordando os 3 tipos (escolar, de participação e de rendimento) e a pesquisa já mostra um caminho de que não há um gestão de fato no esporte, não há planejamento e não há foco. A conferir o resultado final.

Márcio Fortes: ‘Rio não partirá do zero para realização dos Jogos’

Ex-ministro comparou a organização das Olimpíadas no Rio e em Londres

RIO - Durante o Seminário Rio Cidade Sede, realizado pelo GLOBO e “Extra”, na Bolsa de Valores do Rio, o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, comparou a organização das Olimpíadas no Rio e em Londres, e disse que, diferentemente da cidade europeia, a capital fluminense "não partiu do zero".
— Londres teve que fazer tudo do zero. Nós já temos a experiência dos Jogos Panamericanos e Militares, o que mostra a capacidade de o Brasil realizar grandes eventos. Tivemos que fazer adaptações, em alguns casos, reformas, para atender a exigências das federações, e tivemos que investir em conservação, além, é claro de investir em coisas novas — disse.
Sem citar valores, o ministro afirmou que o orçamento dos jogos abrangerá o que já havia sido planejado e apresentado no momento da candidatura, num total de R$ 23 milhões na parte de insfraestrutura, assim como outros investimentos já em curso, como em habitação e saneamento.— Já temos instalações esportivas construídas, em locais servidos de transporte. Em Londres não havia tradição de prefeituras, aqui antes mesmo da candidatura nós já tínhamos programa de parcerias, que é o PAC, desde 2007, com entorno de R$ 9 bilhões já em curso, para, por exemplo, saneamento, com repercussões na Baía de Guanabara ou Sepetiba, que passaram pela melhoria da qualidade do esgoto tratado, além de investimento forte para urbanização das favelas, algumas próximas dos locais de eventos — explicou.
Rio está aproveitando as experiências de outras cidades
A presidente da Autoridade Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques detalhou como funcionam os 11 grupos de trabalho dos três níveis de governo para preparar as Olimpíadas. Segundo ela, o Rio está aproveitando as experiências de outras cidades. Ela destacou também a colaboração de todos os níveis de governo para que o planejamento do evento seja bem sucedido:
— Os Jogos Olímpicos serão no Rio de Janeiro, mas os benefícios serão para o Brasil como um todo. Queremos os jogos como um catalisador para uma cidade melhor para o Rio e seus visitante Isso se dará com a transformação em transportes, meio ambiente e social. O que for possível fazermos até a Copa do Mundo e as Olimpíadas nos faremos — disse Maria Silvia.
Maria Silvia destacou os projetos de implantação de 150 quilômetros de quatro corredores expressos de ônibus (BRTs) e a ligação do metrô com a Zona Oeste. O primeiro dos projetos - o corredor Transoeste (Barra/CampoGrande e Santa Cruz) - ficará pronto já no ano que vem.
— Não é só um sistema. O tempo de deslocamento vai reduzir de 50% a 60%. Tem impacto ambiental e na qualidade de vida da cidade — disse Maria Silvia.
Maria Silvia destacou também que as Olimpíadas são catalizadoras de outros grandes projetos ao transmitir um senso de urgência como a reurbanização da Zona Portuária, a universalização do ensino de inglês na rede municipal de ensino e o Morar Carioca, que se propõe a urbanizar todas as favelas até o ano de 2020 com a remoção das comunidades que não puderem ser mantidas.
Até outubro, Comitê Rio 2016 investiu R$ 85 milhões
Até outubro deste ano, de uma previsão de R$ 110 milhões, o Comitê Organizador investiu R$ 85 milhões em ações para os Jogos Olímpicos. Até o fim do ano, a expectativa inicial era aplicar R$ 137 milhões. A informação é do diretor geral do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner. Esses recursos são provenientes de verbas do Comitê Olímpico Organizador (COI) e de empresas privadas. Para 2012, a previsão é investir R$ 205 milhões. Gryner explicou que as previsões orçamentárias ainda são referentes ao planejamento do projeto da candidatura de 2008.
— O orçamento foi fechado em outubro de 2008, e ele vai sofrer uma primeira revisão somente depois dos jogos de Londres, quando teremos lições aprendidas — disse.
Segundo Gryner, o orçamento geral do comitê previsto para ser aplicado até 2016 é de R$ 5,6 bilhões, dos quais 31% do COI, 24% do setor público e 45%, privado. Destes investimentos, 24% serão para as operação de instalações e 17% para teconologia, respectivamente em primeiro e segundo lugares na lista de prioridades do comitê. Gryner informou ainda que, a partir do próximo mês, estará no ar o site da transparência da instituição, onde será possível acompanhar o andamento financeiro e os processos seletivos de compra e de pessoal.
O diretor de Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos de Londres, Dan Epstein, fez uma exposição no seminário sobre medidas adotadas para construir o Parque Olímpico que tornaram uma das áreas mais degradadas da capital britânica em um dos pontos mais valorizados da cidade. Segundo ele, muitas iniciativas sustentáveis puderam ser adotadas sem que necessariamente isso implicasse no aumento de gastos de infraestrutura. Nas situações em que os investimentos iniciais foram maiores, Dan explica que, a longo prazo, isso pode significar economia:
— O importante é ter um planejamento adequado para que os orçamentos sejam respeitados. O Parque Olímpico foi pensado não apenas para os dias de evento, mas para o legado das próximas décadas. Criamos um plano contra enchentes, com a remoção de mil residências, recuperamos rios e os prédios são planejados para economizar no consumo de energia e água. A Vila Olímpica, por exemplo, foi planejada para economizar ate 70% de energia com um custo adicional de 5% a mais.
Segundo Dan Epstein, os custos da sustentabilidade representam de 1% a 1,5% do total das obras. Entre os investimentos feitos está a construção de uma nova linha de trens para atender ao bairro olímpico. O reaproveitamento de materiais também foi um dos destaques. Ao reciclar 8 mil metros cúbicos de entulho isso permitiu economizar pelo menos 6 mil viagens de caminhões para descartá-los em outro lugar.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/marcio-fortes-rio-nao-partira-do-zero-para-realizacao-dos-jogos-3384783#ixzz1gLtaJS33