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domingo, 22 de abril de 2012

Grael prega divulgação de lei de incentivo entre empresários


O Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que reúne 46% do PIB privado nacional, promoveu evento em São Paulo para discutir políticas ligadas ao esporte. Lars Grael, medalhista olímpico na vela, espera ver a lei de incentivo ao esporte popularizada entre os empresários brasileiros.
'Nosso objetivo não é concorrer com a cultura, que recebe 4% de incentivo, mas sim conquistar o mesmo tratamento. Essa lei, ainda é pouco conhecida pelas empresas brasileiras, permitirá a parceria entre os setores púbico e privado, com as empresas investindo nos vários setores do esporte, e o governo incentivando esses investimentos', explicou Grael, que participou do evento.
De acordo com ele, o Brasil está defasado em relação à posição econômica e do esporte. Portanto, investimentos são fundamentais. 'Precisamos olhar não apenas para o esporte de alto rendimento, mas também para os atletas de base, ponto que eu acho que existe um descuido maior das políticas públicas', analisou.
Ricardo Cappelli, diretor do Programa de Lei de Incentivos Fiscais do Ministério do Esporte, reconhece que a legislação precisa ser mais bem divulgada entre os empresários. Ao falar sobre o assunto, ele citou a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil.
'Um dos objetivos de sediarmos a Copa do Mundo no Brasil é fazer com que este evento seja um início positivo para o País e que possamos colocar a matriz do desenvolvimento esportivo em outro patamar', salientou. Para Cappelli, a lei de Incentivo ao esporte deixa um grande legado.
'Mesmo que o Congresso não prorrogue a lei em 2015, as empresas continuarão investindo nessa área. Esse é o grande benefício que a lei deixa, trazendo setores empresariais que nunca tiveram um relacionamento próximo com o esporte, e que hoje investem e associam sua marca', apontou.
Segundo Cappelli, de setembro de 2007 ao final de 2011, cerca de R$ 218 milhões foram investidos em mais de 1,5 mil projetos, como, por exemplo, formação e apoio a atletas, promoção de competições, inclusão social por meio da prática de esportes e construção de quadras, piscinas e pistas de atletismo.
'Entendemos a importância dessa década esportiva que temos pela frente', afirmou Paulo Nigro, presidente do Lide Esporte. Segundo o executivo, em um ano a empresa já apoiou quatro projetos e, em maio, parte para o quinto, utilizando 100% dos recursos da lei de incentivo ao esporte.
O Lide Esporte, de acordo com João Doria Jr., presidente do Grupo Lide, se coloca como viabilizador e potencializador da causa. 'Não somos um instrumento que substitui as instituições. Pelo contrário, somos apoiadores e defensores do uso correto da lei de incentivo ao esporte', concluiu.

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