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domingo, 29 de abril de 2012

Challengers no Brasil e ATPs europeus evidenciam momento alarmante do tênis nacional

A situação é alarmante para o tênis brasileiro. Já estamos praticamente em maio, no meio da temporada de saibro da Europa, já tivemos alguns Challengers no Brasil, um ATP e o único tenista que continua nos top 100, entre os top 50 é Thomaz Bellucci. Não vejo os outros jogadores arriscando, jogando os qualifyings dos ATPs europeus ou Challengers maiores mundo afora. E para piorar, poucos são os brasileiros se dando bem nos Challengers em casa e eles não são novatos.   

Estive durante a semana no IS Open, no Clube Paineiras do Morumby, quando comecei a fazer esta análise e pensar nos resultados dos últimos torneios Challengers no Brasil.
Os poucos brasileiros que estão conseguindo avançar nas chaves são os mais experientes, com mais de 25 anos e em sua maioria beirando os 30 anos ou até com mais do que as três décadas de existência.
Thiago Alves, com 29 anos, foi o único brasileiro a ganhar um torneio Challenger neste ano e ganhou dois: São Paulo e Guadalajara.
Ricardo Hocevar, aos 26 anos, jogou bem na semana passada em Santos, passando o qualifying e chegando à final.
Júlio Silva, aos 32, joga neste fim-de-semana a final do IS Open, em São Paulo.
Rogério Dutra Silva, 28 anos, fez algumas quartas-de-final de Challenger e foi às oitavas no ATP de Viña del Mar.
O único novato entre os top 10 é Guilherme Clezar, com 19 anos de idade.
João Souza, o nosso número dois, com 23 anos, até que está tentando, jogando os qualifyings dos Masters 1000 e ATPs, mesclando com alguns Challengers, mas não está avançando. O melhor resultado por enquanto foi as quartas-de-final no ATP chileno.
O mais alarmante, no entanto, é o fato de ver neste fim-de-semana de três ATPs 250 na Europa, teoricamente os mais fracos, não encontrar nenhum brasileiro jogando os qualifyings e somente João Souza na chave do ATP de Belgrado (Bellucci está lesionado).
Muitos dos tenistas que jogaram os Challengers do Brasil e da América do Sul nas últimas semanas, especialmente os argentinos, já foram para a Europa. E a julgar pela quantidade de portugueses e sérvios nas chaves dos qualifyings em Estoril e Belgrado, entrar ou não na chave não seria um problema.
Além disso, e os mais novos? Ainda não conseguiram dar o salto e continuam jogando torneios Futures?

Fico tentando encontrar uma explicação. Será comodismo de ficar no Brasil e jogar mais um Challenger na outra semana e chegar na Europa para jogar o qualifying de Roland Garros sem ter enfrentado os tenistas mais bem ranqueados e que estão jogando no velho continente? Será falta de ambição, de coragem de arriscar?
Imagino que questões financeiras não sejam mais os maiores problemas, pelo menos para bancar as viagens já que a CBT arca com este custo.

Os colombianos a quem derrotamos na Copa Davis há poucas semanas estão todos na Europa.
Apenas os duplistas – André Sá, Marcelo Melo, Bruno Soares (e Feijão), estão por lá.
É triste, mas são fatos e é a nossa realidade não muito empolgante, principalmente se estivermos pensando no futuro. Parabéns aos mais experientes Alves e Silva e ao Hocevar que conseguiram bons resultados, mas precisamos de mais.
Fonte: http://gabanyis.com/?p=3067

Opinião: Essa é a realidade do esporte brasileiro. Passamos pelo momento Guga e não conseguimos desenvolver sustentavelmente esporte. Precisamos de uma política em todos os setores do esporte visando a coibição do uso político por parte dos pseudos gestores.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ciclo de Palestras GESPORTE


Seminário Turismo na copa 2014 e nos Jogos Olímpicos 2016


IRB RATIFICA BRASIL COMO PAÍS PARA INVESTIMENTO ESTRATÉGICO E CRESCIMENTO DO RUGBY EM REUNIÃO NO COB


Site da entidade máxima do rugby mundial ganha versão na língua portuguesa.


Nesta quinta-feira (26), representantes do IRB (International Rugby Board, entidade máxima do rugby mundial) visitaram a sede do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) na companhia do Presidente da CBRu, Sami Arap, e ratificaram a importância do País nos planos de expansão da modalidade. Morgan Buckley, gerente geral de desenvolvimento, e Santiago Ramallo, coordenador de desenvolvimento na América do Sul, estiveram reunidos com Marcus Vinicius Freire, superintendente do COB, para discutir questões chave para o desenvolvimento e o crescimento da modalidade no País.

O principal ponto do encontro foram as diversas oportunidades disponíveis para o rugby, principalmente com a realização da Olimpíada do Rio de Janeiro/2016, que marca a volta ao programa olímpico.
“Acreditamos que o Brasil pode aproveitar muito bem nosso novo projeto ‘Get into Rugby’, de investimento e crescimento da modalidade ao redor do mundo. Existe uma boa estrutura montada e pessoas capazes de executar o programa. O País tem um grande potencial de crescimento e o rugby tem obtido uma boa exposição na mídia nacional”, analisa Morgan Burkley.

O Rugby Ready foi desenvolvido pelo IRB, com a participação ativa do Brasil, na cidade de Lensbury, Inglaterra, em dezembro de 2010. O programa oferece a atletas, técnicos, árbitros e demais envolvidos com o esporte uma plataforma de ensino básico, abrangendo várias áreas do jogo, preparando todos para a prática de um rugby seguro.
Hoje, o Brasil é o quinto País do mundo em quantidade de certificados Rugby Ready.

RUGBY READY AGORA TAMBÉM EM PORTUGUÊS DO BRASIL.


Programa oficial da International Rugby Board foi traduzido e já está no ar.


A tradução do principal site de desenvolvimento do esporte para o português do Brasil  reforça a importância do nosso país neste novo cenário do rugby mundial.

O novo programa Rugby Ready foi desenvolvido pela Internacional Rugby Board, com a participação ativa do Brasil em Lensbury em dezembro de 2010, para oferecer a todos os atletas, técnicos, árbitros e demais envolvidos com o esporte, uma plataforma de ensino básico, abrangendo várias áreas do jogo, visando a preparar todos para a prática de um rugby seguro.

O site oficial www.irbrugbyready.com acaba de lançar mundialmente sua versão em português do Brasil.

A CBRu convida todas as federações, os clubes, os jogadores, os técnicos, os árbitros e demais simpatizantes do jogo a visitarem a página e fazerem o teste on-line do Rugby Ready. Hoje, o Brasil é o quinto país do mundo em número de certificados Rugby Ready. Sejamos os primeiros! Divulgue e apoie essa ideia.

MP move ação civil pública requerendo anulação do concurso Porto Olímpico


Primeiro e segundo colocados são do conselho deliberativo do IAB, que ajudou a organizá-lo

RIO - Após constatar irregularidades, a 7ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo da Capital/Defesa da Cidadania, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), ajuizou ação civil pública requerendo que o município do Rio, o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) e dois integrantes de seu conselho deliberativo anulem o concurso Porto Olímpico. O concurso, lançado em novembro de 2010, tinha como objetivo escolher a melhor proposta arquitetônica para o projeto de revitalização da Região Portuária do Rio para as Olimpíadas de 2016.
Na ação, o promotor de Justiça Rogério Pacheco Alves requereu liminarmente que a Justiça impeça a contratação dos vencedores e que condene os dois primeiros colocados - respectivamente, João Pedro Backheuser e Flávio Oliveira Ferreira - a restituírem os prêmios recebidos. Os vencedores são integrantes do conselho deliberativo do IAB-RJ, responsável, em conjunto com o IPP, pela realização do concurso. A ação é resultado do inquérito instaurado ano passado, depois de a ouvidoria do MP receber inúmeras reclamações sobre o concurso.
A participação dos dois conselheiros ofende a Lei 8.666/93, de licitações e contratos, que veda a participação de dirigente em concorrência sob a responsabilidade da empresa da qual faz parte.
“Assim, a escolha dos projetos de dois influentes e atuantes conselheiros do IAB-RJ no Concurso Porto Olímpico, organizado e realizado pela entidade, afronta os Princípios Constitucionais da Moralidade e da Impessoalidade da Administração Pública”, ressalta o texto da ação.
Ainda de acordo com a ação, o edital estipulava premiações entre R$ 20 mil e R$ 80 mil para os quatro melhores projetos, escolhidos por comissão julgadora composta por quatro jurados indicados pelo município e cinco indicados pelo IAB-RJ. O edital vedava a participação de integrantes do Conselho Administrativo do IAB, mas não mencionava a participação de integrantes do Conselho Deliberativo.
Segundo o promotor, a partir da análise das atas das reuniões do conselho deliberativo – que tem ainda dois conselheiros participando do concurso: a coordenadora e um jurado –, ficou comprovado que o Porto Olímpico foi inúmeras vezes tema de deliberação, o que permitiu o conhecimento antecipado de informações pelo posterior vencedor.
“É relevante perceber que o quadro possibilitou uma situação bastante inusitada, consistente na participação, num mesmo colegiado (conselho deliberativo), de conselheiros que concorreram ao certame, João Pedro e Flávio, juntamente com a conselheira que coordenou o concurso, Norma Taulois, e um conselheiro indicado pelo IAB-RJ para atuar como jurado, conselheiro Alder Catunda Timbo Muniz”, afirmou Rogério Pacheco, segundo nota divulgada nesta sexta-feira pelo MP.
Saiba mais sobre o concurso
O resultado do concurso foi divulgado em junho de 2011. Entre os 83 concorrentes, o vencedor foi o arquiteto João Pedro Backheuser, que faria a execução mínima de 40% de todo o projeto, que inclui a construção da Vila de Mídia e da Vila de Árbitros, ambos com 11 mil quartos, um centro de convenções de médio porte, com 50 mil m², o espaço para equipamentos olímpicos temporários (como centro de mídia não credenciada, centro principal de operações, centro de distribuição de uniformes, centro principal de distribuição e centro de credenciamento), além de um hotel 5 estrelas integrado ao centro de convenção.
As instalações serão construídas em terrenos da União, a serem comprados pelo município numa área total de 850 mil m².


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mp-move-acao-civil-publica-requerendo-anulacao-do-concurso-porto-olimpico-4757886#ixzz1tHhsPIqB 

domingo, 22 de abril de 2012

Grael prega divulgação de lei de incentivo entre empresários


O Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que reúne 46% do PIB privado nacional, promoveu evento em São Paulo para discutir políticas ligadas ao esporte. Lars Grael, medalhista olímpico na vela, espera ver a lei de incentivo ao esporte popularizada entre os empresários brasileiros.
'Nosso objetivo não é concorrer com a cultura, que recebe 4% de incentivo, mas sim conquistar o mesmo tratamento. Essa lei, ainda é pouco conhecida pelas empresas brasileiras, permitirá a parceria entre os setores púbico e privado, com as empresas investindo nos vários setores do esporte, e o governo incentivando esses investimentos', explicou Grael, que participou do evento.
De acordo com ele, o Brasil está defasado em relação à posição econômica e do esporte. Portanto, investimentos são fundamentais. 'Precisamos olhar não apenas para o esporte de alto rendimento, mas também para os atletas de base, ponto que eu acho que existe um descuido maior das políticas públicas', analisou.
Ricardo Cappelli, diretor do Programa de Lei de Incentivos Fiscais do Ministério do Esporte, reconhece que a legislação precisa ser mais bem divulgada entre os empresários. Ao falar sobre o assunto, ele citou a Copa do Mundo de 2014, a ser realizada no Brasil.
'Um dos objetivos de sediarmos a Copa do Mundo no Brasil é fazer com que este evento seja um início positivo para o País e que possamos colocar a matriz do desenvolvimento esportivo em outro patamar', salientou. Para Cappelli, a lei de Incentivo ao esporte deixa um grande legado.
'Mesmo que o Congresso não prorrogue a lei em 2015, as empresas continuarão investindo nessa área. Esse é o grande benefício que a lei deixa, trazendo setores empresariais que nunca tiveram um relacionamento próximo com o esporte, e que hoje investem e associam sua marca', apontou.
Segundo Cappelli, de setembro de 2007 ao final de 2011, cerca de R$ 218 milhões foram investidos em mais de 1,5 mil projetos, como, por exemplo, formação e apoio a atletas, promoção de competições, inclusão social por meio da prática de esportes e construção de quadras, piscinas e pistas de atletismo.
'Entendemos a importância dessa década esportiva que temos pela frente', afirmou Paulo Nigro, presidente do Lide Esporte. Segundo o executivo, em um ano a empresa já apoiou quatro projetos e, em maio, parte para o quinto, utilizando 100% dos recursos da lei de incentivo ao esporte.
O Lide Esporte, de acordo com João Doria Jr., presidente do Grupo Lide, se coloca como viabilizador e potencializador da causa. 'Não somos um instrumento que substitui as instituições. Pelo contrário, somos apoiadores e defensores do uso correto da lei de incentivo ao esporte', concluiu.

Brunoro Sport Business e Top Brands promovem Fórum ABA Esportes & Branding

Evento será realizado no dia 24 de abril, em São Paulo


A Brunoro Sport Business e a TopBrands promovem, em parceria com a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), no dia 24 de abril, no Centro Britânico Brasileiro, em São Paulo, o Fórum ABA Esportes & Branding. O evento, que tem como objetivo ajudar as marcas a estruturarem seus investimentos no esporte, reunirá executivos e especialistas da área para discutir o mercado de marketing esportivo e branding no esporte.
O fórum marca, ainda, o anúncio da parceria entre Brunoro Sport Business e TopBrands e a apresentação do projeto inicial entre as duas empresas para a marca da CBB (Confederação Brasileira de Basquete). O evento tem patrocínio máster de ESPN e Nielsen e patrocínio depropmark, Alpha FM, Elemidia, Valor Econômico e Editora Três.

A corrida alternativa das marcas no patrocínio esportivo


Empresas que não conseguiram cotas de patrocínio oficial da Copa de 2014 ou da Olimpíada do Rio inovam em estratégias para associar suas marcas aos grandes eventos esportivos

Por Daniel Barros e Alexandre Rodrigues


São Paulo - A partir do dia 13 de agosto, poucas horas depois de a pira do estádio olímpico de Londres se apagar, as atenções do mundo esportivo estarão todas voltadas para o Brasil.
A Copa do Mundo de futebol em 2014 e a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro são os próximos dois grandes eventos esportivos da agenda mundial, foco do interesse de atletas, técnicos e confederações e, sobretudo, de uma audiência com escala e amplitude incomparáveis.
Somadas, Copa e Olimpíada atraem cerca de 8,5 bilhões de espectadores em todos os cantos do mundo, uma conta que considera a audiência acumulada das inúmeras competições (ou seja, uma mesma pessoa pode “contar” mais de uma vez). No total, cidadãos de 205 países — com idades, perfis de renda, comportamentos e gostos variados — acompanharão os eventos.
O esporte é uma das poucas coisas no mundo do entretenimento capaz de atrair tanta gente ao mesmo tempo. E, por isso mesmo, é hoje uma das vitrines mais desejadas por empresas e marcas.
No caso dos Jogos Olímpicos, os patrocinadores oficiais mundiais, anunciados pelos comitês organizadores até dois anos antes do evento, pagarão até 320 milhões de dólares por uma cota que lhes dá direito a estampar suas marcas em ginásios, estádios, piscinas e quadras, além da preferência em comprar as cotas de transmissão das emissoras de televisão.
Até agora, há espaço para apenas 15 desses patrocinadores. É como se fosse o oceano vermelho do mar­keting esportivo: é preciso um poder de fogo enorme para estar nele. O oceano azul, com oportunidades para peixes menores, fica nas bordas desses eventos.
“Há muitas oportunidades para quem não é patroci­nador oficial, mas é preciso ser ágil na definição de estratégias e de parceiros”, diz Eduar­do Corch, diretor no Brasil da Havas Sport & Entertainment, uma das maiores agências de marketing esportivo do mundo. “Com o passar do tempo, as melhores opções somem e o que sobra fica caro.”
O vínculo com atletas costuma ser a alternativa preferida das empresas. O nadador brasileiro César Cielo, campeão dos 50 metros na Olimpíada de Pequim, tem hoje seis patrocinadores.
“A natação é um dos esportes que mais crescem no Brasil”, diz Gabriela Garcia, diretora de planejamento da Hypermarcas, empresa do setor de produtos de cuidados pessoais e medicamentos genéricos e um dos patrocinadores do atleta. “E Cielo é jovem, tem personalidade e luta por seus objetivos, características que queremos associar às nossas marcas.”
Com seu histórico de títulos e de comportamento, Cielo é um investimento de risco reduzido — e isso, claro, tem seu custo. Os valores de patrocínio normalmente não são revelados, mas é evidente que associar hoje uma marca ao nome Cielo vale muito mais do que valia há quatro anos, quando a companhia coreana de produtos eletrônicos Samsung tornou-se a única patrocinadora do então desconhecido nadador.
Por regulamento, a marca Samsung não apareceu durante as transmissões da prova que deu uma inédita medalha de ouro olímpica na natação ao Brasil. Mas, no dia seguinte à conquista, a empresa fez questão de divulgar sua ligação com o novo herói esportivo brasileiro por meio de anúncios na mídia. 
Marcas de respeito
Outro caminho possível é o patrocínio a equipes e confederações. A Sadia, marca da BRFoods, maior empresa brasileira de alimentos, investe nas confederações de natação, judô e ginástica olímpica desde que o Rio de Janeiro foi anunciado como sede dos próximos Jogos (os valores não foram revelados).
Foi a forma encontrada para enfrentar nesse campo sua maior concorrente, a Seara, uma das principais patrocinadoras da seleção brasileira de futebol e apoiadora oficial da Copa do Mundo de 2014 — estima-se que o investimento total da empresa seja de 50 milhões de dólares.
“A marca Sadia já é muito conhecida”, diz Eduardo Bernstein, diretor de marketing da BRFoods. “Mas os jogos eram nossa oportunidade de relacioná-la com qualidade de vida e hábitos saudáveis.”
Quanto mais popular o esporte, maior a exposição e maiores os valores de patrocínio envolvidos. Patrocinar modalidades como judô e natação pode fazer sentido para uma companhia de produtos de consumo de massa, como a BRFoods, mas parece fora de cogitação — pelo custo e pela estratégia — para empresas menores e mais segmentadas.
Para elas, há esportes como o rúgbi, uma unanimidade na Nova Zelândia e quase uma curiosidade no Brasil. Nos Jogos do Rio de Janeiro, o rúgbi fará sua estreia como modalidade olímpica, o que atraiu a empresa de material esportivo Topper e a montadora chinesa JAC Motors.
Ambas têm verba de marketing muito pequena se comparadas a concorrentes como Nike, Adidas, Volkswagen e General Motors, mas esperam associar o crescimento do esporte ao apoio que deram às seleções masculina e feminina. A JAC vai investir 320 000 reais por ano na confederação de rúgbi, uma fração dos 15 milhões de dólares que a Volkswagen aporta anualmente na Confederação Brasileira de Futebol.
Mas, graças a esse investimento, pode faturar com a exposição conquistada com um inédito nono lugar obtido pela equipe feminina do Brasil no campeonato mundial e com as transmissões feitas pelo canal especializado SporTV.
“Em um ambiente com tantas marcas, é preciso contar uma história única para ter relevância”, diz Mauro Corrêa, sócio da consultoria de marketing esportivo Golden Goal. “É o que essas empresas estão fazendo.”
Ações complementares costumam ser tão importantes quanto o patrocínio direto. Como a geração de mídia espontânea para a maioria das modalidades é muito baixa no Brasil, com exceção do futebol, ações em mídias sociais e anúncios em jornais, revistas e TV são fundamentais para que o público saiba que uma empresa está apoiando uma seleção ou um atleta.
A promoção de torneios amistosos e jogos de exibição também ajuda as empresas a aproveitar o clima esportivo que começa a tomar conta do país. A Gillette, marca de artigos masculinos da Procter&Gamble, vai patrocinar a primeira vinda do campeão suíço de tênis Roger Federer ao Brasil.
“É importante reservar uma quantia semelhante à investida no patrocínio para promover essas ações”, afirma Eduardo Muniz, sócio da consultoria Top Brands. 
Como em quase tudo na vida, o patrocínio esportivo tem riscos. Desde os mais simples, como o consumidor associar o patrocinador a um eventual fracasso da equipe, até aos cada vez mais comuns escândalos de corrupção envolvendo competições, passando pelas crises de imagem em que alguns esportistas se envolvem.
O astro do golfe Tiger Woods perdeu quase todos os patrocinadores depois que suas traições conjugais foram reveladas. É o tipo de pecado que qualquer ser humano — ainda que seja um superatleta — pode cometer. Há muitos outros — e convém não associá-los a marcas de respeito. Para elas, o que realmente importa é a imagem de vitória, superação, união e compromisso que o esporte pode transmitir.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Valor de mercado de Ronaldinho Gaúcho caiu 36% em 4 meses

"Aos 32 anos, o jogador não consegue mostrar no Flamengo o futebol que se esperava dele e acumula no clube carioca uma fase de pouco brilho" diz nota da Pluri
Rio de Janeiro - O valor de mercado de Ronaldinho Gaúcho caiu 36% em apenas quatro meses, de 7 milhões de euro em dezembro a 4,5 milhões este mês, segundo os cálculos divulgados nesta quinta-feira pela Pluri, empresa de consultoria especializada em informações do mercado futebolístico.
"Aos 32 anos, o jogador não consegue mostrar no Flamengo o futebol que se esperava dele e acumula no clube carioca uma fase de pouco brilho", segundo uma nota divulgada pela empresa de consultoria para justificar seus cálculos.

De acordo com a Pluri, a atual má fase de Ronaldinho Gaúcho "gera dúvidas a respeito de seu futuro devido a seu elevado custo e à eliminação do Flamengo da Taça Libertadores".

A empresa de consultoria tinha calculado o valor de mercado do atacante em dezembro do ano passado, quando fez um estudo sobre o valor de mercado dos clubes que disputaram a fase de grupos do torneio continental. O novo cálculo foi feito este mês após a eliminação do Fla.

A empresa de consultoria esclareceu que o valor do elenco não foi calculado exclusivamente a partir do valor das contratações ou das multas de rescisão dos contratos, mas por 15 critérios objetivos e subjetivos que levam em conta desde a idade do jogador até a capacidade de retorno em mercado que pode oferecer ao clube.

"Outro fator que pesa na redução de seu valor de mercado é a dificuldade para gerar receita de publicidade a partir da presença do jogador, o que reduziu sensivelmente o interesse de futuros parceiros de fechar novas operações desta natureza", explica a nota.

Segundo a Pluri, outro fator influenciou na queda foram seus "frequentes problemas fora de campo", já que Ronaldinho Gaúcho teve problemas com dirigentes e com o técnico Vanderlei Luxemburgo, que deixou o Flamengo no começo do ano, por faltar alguns treinamentos e por sua presença constante em festas e casas noturnas.

"Após valer 70 milhões de euros (calculados pelo Pluri quando estava em sua melhor fase no Barcelona) em 2007, Ronaldinho Gaúcho está sofrendo uma mudança de sua imagem, passando de astro com talento raro para um festeiro pouco comprometido com os clubes em que atua", declarou a empresa.

"Esta pode não ser a verdade absoluta, mas é a percepção que, neste caso, conta mais", acrescentou.

Segundo a empresa de consultoria, o melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 também sofreu uma sensível redução de seu prestígio internacional, o que reduz a possibilidade de poder ser contratado por um algum clube da Europa.

A Pluri também considera pequenas as chances de Ronaldinho desperta o interesse de equipes de algum "mercado alternativo" que esteja buscando chamar a atenção no cenário internacional, como Oriente Médio, China ou Índia.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Situação do Flamengo

Os dois últimos posts foram sobre o Flamengo. No 1º, uma reportagem da Folha de São Paulo sobre uma possível quebra de contrato com a Olympikus por ela não aceitar entrar no rateio para pagar o salário de Ronaldinho. É de se estranhar essa postura, pois de acordo com a carta enviada à coluna do jornalista Renato Maurício Prado e, que foi publicada em seu blog e na edição do último domingo, 15/04, no jornal O Globo, ela comentava sobre uma suposta austeridade financeira, com o enxugamento das dívidas e abre a possibilidade de uma quebra de contrato que, poderá gerar, uma nova dívida na ordem de R$ 30 milhões para o já esvaziado cofre rubro-negro. Não seria mais interessante alinhar o discurso à prática?

Fala, Patrícia

Prezado Renato, acompanho, sempre com muita atenção, os relatos e as observações críticas de sua coluna. Delas, com respeito e sem agressões, aproveito para tirar lições. Haverá, entretanto, o ilustre jornalista de entender que certas críticas não podem ser vistas por uma simples ótica, razão pela qual lhe presto os seguintes importantes esclarecimentos. Fui eleita com a responsabilidade de administrar um clube social e esportivo com mais de 10 mil associados, centenas de meninos em escolinhas de vários esportes e não somente um departamento de futebol. A rica história do Flamengo está escrita também em letras de ouro por grandes campeões nos esportes olímpicos, como basquete, remo, natação e ginástica. E hoje temos os principais brasileiros campeões mundiais nestas modalidades. Posso lhe afirmar que quem fosse o eleito para esta gestão estaria atônito ante o caótico quadro administrativo/financeiro deixado pelos Srs. Marcio Braga e Delair Dumbrosck. Encontramos mais de R$ 400 milhões em dívidas, cerca de 500 processos trabalhistas e centenas de processos cíveis. O passivo subiu de R$ 165 milhões, em 2004, para R$ 265 milhões, em 2009, segundo os balanços oficiais. O prejuízo acumulado em 2009 atingiu R$ 135 milhões. Em 5 anos, o CRF pagou R$ 125 milhões de juros e o rombo nos orçamentos superaram os R$ 100 milhões. E o Fla ainda responde a quatro processos de dívidas junto a FIFA. Atrasos salariais e das cestas básicas, dos vales transportes e de refeições e do 13 salário dos funcionários e atletas eram constantes. Hoje, tudo está sendo religiosamente pago em dia. Nunca mais houve Natal de fome no Flamengo. Pasme, encontramos toda a bilheteria dos jogos, até 2014, cedida à empresa BWA por conta de empréstimos realizados com taxas de 40% ao ano!!! Agora, a dívida deixada de R$ 12 milhões se encontra 95% quitada.
A sede da Gávea estava em estado de abandono. O prédio do Morro da Viúva destruído, com mais de
50% dos apartamentos sem geração de rendas e a maioria penhorada em razão de dívida ativa de R$16 milhões de IPTU — que cobravam dos inquilinos e não repassavam para a Prefeitura! No futebol, após 23 anos de quase abandono, o CT George Helal vem recebendo constantes investimentos a ponto de termos o setor dos profissionais pronto até o final deste ano. Há um extenso trabalho na base, com incentivo ao "Craque o Flamengo faz em casa" e a manutenção dos direitos de jovens como Cezar, Adrian, Muralha, Luiz Antônio, Tomás, Lucas e Negueba. E tivemos 10 convocados para as seleções do Brasil. Entre os profissionais recuperamos quase 100% dos direitos econômicos e federativos alienados a empresários, representando imenso crescimento patrimonial. E fomos campeões invictos em 2011 e nos classificamos para a Libertadores. Ante ao caos encontrado procurei juntar na diretoria grande parte de pessoas sem raízes com o passado a alguns poucos mais experientes, que já deram muito ao Flamengo. O cartão corporativo atende às mínimas despesas de representação dos Vices Presidentes que, por razão estatutária, não são remunerados. A Locanty prestou trabalho na Gávea e no CT da mesma forma que outras empresas prestaram e prestam serviços ao clube. Nos dois primeiros anos deste mandato foram pagos mais de R$ 70 milhões de dívidas deixadas pela gestão Braga/Dumbrosck. E, bem ao contrário do triste depoimento público do primeiro, decretando a falência do Fla (e que pode ser visto no You Tube), aumentamos de R$ 500 milhões para R$ 800 milhões a dotação orçamentária 2012/2015. O CRF perdeu seu patrocinador de duas décadas (Petrobras) por inadimplementos fiscais que o impossibilitam, até hoje, de obter o CND. A dívida da Timemania, apesar de estarmos fazendo os pagamentos, ultrapassa R$ 250 milhões. O passivo junto à Procuradoria da Fazenda amonta mais de R$ 100 milhões. Junte-se a ela, R$ 60 milhões à Receita e mais R$ 90 milhões ao INSS e FGTS... A reconstrução social e esportiva do clube vem sendo uma árdua tarefa. À sede da Gávea voltou a ter frequência familiar com as atuais condições sadias de suas instalações. O prédio Hilton Santos (no Morro da Viúva), patrimônio rubro negro, será recuperado através da construção de um hotel com 400 quartos gerando receita de cerca de R$ 5 milhões anuais além de quitação do passivo de R$ 16 milhões de IPTU e a garantia de investimentos de R$ 17 milhões no CT George Helal. Renato, muito mais que estar presidenta, sou
mulher, mãe e dona de casa o que me dá a sensibilidade de olhar e tratar a família rubro-negra e a juventude que frequenta a Gávea bem diferentemente dos últimos gestores. Esta é a resposta de uma administração que vem promovendo um salto qualitativo na vida do clube. Nossa ousadia tem o seu preço, mas, no médio prazo, ele será pago pela luta e pelo empreendedorismo de quem bem conhece o que foi disputar competições defendendo as cores rubro- negras. Meu lamento vai para os imediatistas e para os que lá estiveram e nada fizeram. Cordialmente, saudações rubro negras, Patrícia Amorim".

Flamengo pede ajuda a Olympikus para pagar R10, escuta 'não' e já negocia com Adidas

Por Pedro Ivo Almeida

Flamengo e Olympikus já não falam mais a mesma língua. O estopim para a crise no relacionamento entre clube e empresa aconteceu há cerca de três semanas, quando dirigentes do marketing rubro-negro foram até São Paulo pedir ajuda à parceira para arcar com os salários de Ronaldinho Gaúcho - aproximadamente R$ 1,2 milhão por mês - e receberam um "não" como resposta. Incomodados, representantes do time da Gávea iniciaram contatos com a Adidas para analisar a possibilidade de um novo contrato de fornecimento de material esportivo.
A reportagem do UOL Esporte apurou que a Olympikus, que banca grande parte dos vencimentos de jogadores como Vagner Love e Deivid, não aceitou o pedido de nova ajuda financeira alegando não ver em Ronaldinho o mesmo potencial de retorno comercial de outras épocas. O desfecho da reunião, que contou com a presença de Henrique Brandão, vice de marketing do Flamengo, e Marcus Duarte, diretor executivo de marketing do rubro-negro, desagradou o clube carioca e desencadeou o processo de busca por novos parceiros.
A primeira reunião entre dirigentes do clube e executivos da Adidas aconteceu na última semana, em um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O encontro entre as partes ocorreu por intermédio de Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, que também está envolvido nas conversas, já que a fornecedora alemã planeja acertar um contrato exclusivo com o Gaúcho, hoje patrocinado pela Nike. Além disso, a empresa pretende fechar com o Flamengo para dominar as ações de marketing do ano do centenário do clássico carioca Fla x Flu - a empresa já fornece material esportivo para o Fluminense.
Mesmo garantindo não haver qualquer problema na relação com o Flamengo, Túlio Formicola, diretor de marketing esportivo da Olimpikus, subiu o tom ao comentar o possível rompimento com o clube.
"O clube é livre para fazer o que quiser. Só espero que eles lembrem que temos um contrato até o fim de 2014 que reza uma série de regras, cláusulas e compromissos. Além das parcerias para construção de museu e lojas. Se acham que podem arranjar algo melhor e arcar com a multa, é uma questão de disputa de mercado", analisou, lembrando a multa de mais de R$ 30 milhões em caso de rescisão unilateral da parceria.
Interesses opostos e novo 'round'
Um dos responsáveis pelas primeiras conversas entre Flamengo e Adidas e grande entusiasta do possível acordo, o marido de Patrícia Amorim, Fernando Sihman, tomou as rédeas da negociação após protagonizar mais uma disputa entre clube e Olimpikus. O cartola não gostou de ver seus desejos contrariados pela então fornecedora de material esportivo e incendiou a disputa nos bastidores.
Sihman queria que o Flamengo fechasse um contrato com a SPR, empresa especializada em licenciamentos esportivos, para a implementação de franquias de lojas oficiais do clube, mas viu sua vontade ser vetada pela Olimpikus. A fornecedora de material esportivo não aprovou a relação e decidiu que ela mesmo controlaria o lançamento dos estabelecimentos comerciais.
"Nós temos o direito de abrir lojas e vamos escolher o que é melhor para a parceria Flamengo/Olympikus. Não queríamos ceder isso à SPR. Isso pode até ter incomodado alguém, mas não posso fazer nada. Para nós, o interessante é que a nossa empresa cuide desse processo de franquias", explicou Túlio Formicola.
O desentendimento com a Olympikus e o possível rompimento com a empresa não é bem visto por alguns diretores e conselheiros dentro do clube. Para muitos, algumas brigas pessoais motivaram o imbróglio e o Flamengo pode ser o maior prejudicado, já que o clube segue sem um patrocinador master e a fornecedora de material esportivo é uma das principais fontes de renda no atual panorama financeiro do rubro-negro.

COI revela preocupação com alto custo para ser sede olímpica

Em uma época marcada pela crise econômica mundial, Jacques Rogge, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), demonstrou preocupação com o alto custo imposto às sedes para sediar uma Olimpíada.
Estima-se que Londres gastará cerca de 11 bilhões de libras (R$ 32 bilhões) para sediar os Jogos que terão início em julho. Esse valor extrapola em 19% a última previsão feita pelo governo britânico.
Já a Olimpíada do Rio-2016 têm previsão de gastos de R$ 28,9 bilhões, em valor corrigido pela inflação.
Segundo o site "Around the Rings", especializado em movimento olímpico, o dirigente disse que pretende tomar medidas para conter os altos gastos assumidos pelas sedes para receber os Jogos.
Atualmente, o COI já estabelece um número máximo de atletas de 10.500.
"Temos que ser razoáveis. O custo dos Jogos deve ser acessível financeiramente", disse o dirigente belga durante encontro do Comitê-Executivo do COI em Moscou.
"Temos que avaliar se é necessário reforçar essas medidas [para conter os gastos]."
As 119 medidas implementadas em 1992 para reduzir os custos devem ser reavaliadas no próximo encontro do COI, em Québec (CAN), em maio.
"Não vamos propor nada radical", disse Rogge, em uma entrevista coletiva.
"O trabalho maior para controlar o custo, a complexidade e o tamanho dos Jogos foi feito há dez anos."
Rogge festejou o fato de ter tantas cidades interessadas em sediar eventos olímpicos. Baku, Doha, Istambul, Madrid e Tóquio são candidatas a receber o evento após o Rio.
"Vivemos uma crise econômica. Então, estamos muito felizes de ter cinco cidades candidatas aos Jogos de 2020 e seis competindo pela Olimpíada da Juventude."

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Seminário inclusão social no esporte e Jogos Olímpicos - novos conceitos e pesquisas

Apesar da manhã de tempo fechado na cidade do Rio de Janeiro, o evento acadêmico sobre inclusão social no esporte e Jogos Olímpicos - novos conceitos e pesquisas, organizado pelos professores Lamartine P. DaCosta e Valeria Bitencourt, da Universidade Gama Filho, campus Downtown, contou com presença de um bom público. O evento iniciou com a palestra do Prof. Otto Schantz, da Universidade de Koblenz-Landau, que falou sobre o esporte paralímpico. O professor ressaltou as diferenças entre o esporte Olímpico e o Paralímpico, a magnitude, a diferença econômica entre as duas manifestações e as diferenças conceituais entre ambas. As Professoras Marta Gomes e Valeria Perisse, apresentaram, respectivamente, o projeto da FAETEC e do trabalho do Instituo Semente do Esporte (ISE).  Paulo Rodrigo, da FIOCRUZ, discursou sobre a questão do doping e a falta de um olhar mais crítico sobre a matéria e a sua preocupação sobre a entrada do doping nos Jogos Escolares. A seguir, Sérgio Tavares, representando a SMEL/RJ, mostrou o trabalho que vem sendo realizado sobre o levantamento das ações esportivas dentro da capital. Em seguida, apresentou o trabalho sobre a UPP Social. Encerrando a maratona de palestras, a Prof.ª Arianne Reis, da Universidade Southern Cross, apresentou o seu projeto, subsidiado pelo COI, sobre o legado olímpico em jovens de áreas de risco na cidade do Rio de Janeiro. Foi ressaltada a questão do impacto e do legado dos jogos sobre essa população. Certamente a pesquisa irá gerar resultados que corroborem a situação atual do esporte na cidade.

sábado, 14 de abril de 2012

TCU investiga uso de verba de Jogos Olímpicos



Por Luiz Ernesto Magalhães

Relatório conclui que Ministério do Esporte repassou a cidades de São Paulo dinheiro destinado a preparar o Rio

RIO - O Tribunal de Contas da União (TCU) considerou irregulares convênios do Ministério do Esporte para repassar quase R$ 16 milhões de verbas que deveriam ser usadas para preparar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016. Desse total, cerca R$ 13 milhões sequer ficaram na cidade: foram destinados à reforma e construção de instalações esportivas em São Bernardo do Campo (SP) e Lins (SP). Mais R$ 3 milhões foram direcionados para obras que na verdade eram de responsabilidade do Ministério da Defesa para os Jogos Mundiais Militares de 2011, no Rio.
No caso dos Jogos Militares, o relatório do TCU considera agravante o fato de que parte desses recursos acabou sendo usada para pagar despesas de um contrato sob investigação do próprio TCU. O contrato se refere à reformas no Centro Nacional de Tiros que, segundo o TCU, tem indícios de superfaturamento.
Em seu voto, a ministra Ana Arraes também questionou a demora para que a Autoridade Pública Olímpica (APO) divulgue a chamada Matriz de Responsabilidades. No documento devem constar os orçamentos, os prazos e qual ente público — se União, estado e município — será responsável por implantar cada projeto. Há meses, a União estuda repassar à prefeitura e ao Estado recursos para a execução de alguns projetos que de início seriam de sua responsabilidade.
São Bernardo teve repasse de R$ 12 milhões
Os convênios foram firmados em 2010. Em relação às instalações localizadas em municípios de São Paulo, o Ministério do Esporte alegou em sua defesa que os projetos eram importantes para dotar o país da infraestrutura esportiva necessária e preparar atletas para os Jogos Olímpicos. Ana, no entanto, acolheu o entendimento dos auditores do TCU de que o programa de onde saíram os recursos explicitava que o dinheiro só podia ser usado no Rio.
Para São Bernardo, por exemplo, R$ 12 milhões foram destinados para construir o Centro de Desenvolvimento do Handebol Brasileiro. O complexo esportivo contará com alojamentos para atletas e espaços para que as quatro seleções da modalidade possam treinar simultaneamente.
O presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira, disse que a previsão inicial era que as obras fossem concluídas no fim do ano passado. Mas os trabalhos não começaram.
— O dinheiro está disponível. O problema é que os projetos das obras ainda estão sob análise da Caixa Econômica Federal. Não vou entrar no mérito da decisão do TCU. Mas, pessoalmente, acho que ações para melhorar a infraestrutura do esporte são investimentos para as Olimpíadas — justificou Manoel Oliveira.

TCU quer que Ministério use verbas do programa no Rio
Para a cidade de Lins (SP), o Ministério do Esporte fechou um convênio de R$ 975 mil para a reforma do estádio municipal. Do total, R$ 358 mil já foram liberados, de acordo com o Portal da Transparência.
No caso das instalações de Deodoro, o Ministério do Esporte argumentou que o Centro de Tiro será usado nas Olimpíadas. O TCU não concordou com o argumento, alegando que o intervalo de cinco anos entre os Jogos Militares e Olimpíadas trará a necessidade de gastos futuros com manutenção, reforma e até novos investimentos para atender a exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Em seu voto, Ana Arraes determinou que o ministério só use as verbas do programa olímpico no Rio. E pede que os técnicos do TCU identifiquem e realizem audiência com os responsáveis pelos repasses.
Procurado, o Ministério do Esporte não localizou ninguém que pudesse comentar o relatório. A Autoridade Olímpica informou que ainda não foi informada sobre a decisão do TCU.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/tcu-investiga-uso-de-verba-de-jogos-olimpicos-4645836#ixzz1s35e34Kr 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

CBRu fecha acordo com federação e time da Nova Zelândia

Parceria provisória vai auxiliar seleção brasileira masculina no Sul-Americano


A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) anunciou nesta segunda-feira um acordo com a federação de Canterbury e o Crusaders (Nova Zelândia) com a finalidade de auxiliar o desenvolvimento da modalidade no Brasil e a implementação do programa de alto rendimento da entidade.

De acordo com a CBRu, um acordo provisório de 60 dias propiciará à entidade, Canterbury e Crusaders a oportunidade de alcançar algumas metas de curto prazo, enquanto as partes desenvolvem os detalhes do acordo principal. Em 12 de abril, Tabai Matson, ex-All Black, chegará em São Paulo para iniciar os trabalhos com a gestão da CBRu, visando o preparo de um relatório de avaliação preliminar, bem como liderar os treinamentos da seleção brasileira masculina. Em 28 de abril, um técnico de jogadores de linha e um técnico de avançados chegarão em São Paulo para auxiliar a preparação da equipe nacional que disputará o Consur "A", em Santiago do Chile, entre 17 e 27 de maio. Após esse período de 60 dias, o presidente da CBRu, Sami Arap, fará reuniões com representantes do Canterbury e do Crusaders na Nova Zelândia com a finalidade de assinar o contrato definitivo de longo prazo.

- Se o Brasil tem a ambição de unir-se ao seleto grupo composto das melhores equipes de rugby do mundo, é fundamental que nossos programas de desenvolvimento e alto rendimento sejam implementados sob a coordenação do Crusaders, a equipe mais vitoriosa na história do Super Rugby da Nova Zelândia. O Brasil terá uma oportunidade única para aprender as melhores práticas do Crusaders e desenvolver soluções que incluem educação e competição de alto nível - disse Arap.

O CEO da federação de rugby de Canterbury e do Crusaders, Hamish Riach, também ficou satisfeito com o acordo.

- Estamos estimulados com o desejo do Brasil de melhorar seu nível de rugby e disponíveis para apoiar as iniciativas da confederação no desenvolvimento de atletas e técnicos. Desejamos estabelecer uma parceria de longo prazo com a CBRu que combine a cultura do rugby sul-americano com as metodologias e práticas comprovadas de nossa organização - explicou Riach.

O Crusaders é uma equipe neozelandesa profissional de rugby sediada em Chirstchurch que disputa o torneio Super Rugby. Trata-se da equipe mais vitoriosa da história da competição, com sete títulos (1998, 1999, 2000, 2002, 2005, 2006 e 2008).


Suposta camisa oficial do Botafogo circula na internet


Novidade ficaria por conta dos dizeres 'Tenho estrela' no uniforme número dois do Alvinegro

No dia do lançamento oficial do novo uniforme do Botafogo com parceria com a Puma, uma suposta camisa que será apresentada na noite desta segunda-feira, em General Severiano, circula na internet. Uma das novidades é uma frase na camisa branca com o dizer "Tenho estrela". 
A parceria com a nova fornecedora está firmada desde janeiro e devido a alguns entraves burocráticos, só está sendo apresentada quase três meses depois.
O Alvinegro tem vínculo com a Puma por três temporadas.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/botafogo/Suposta-Bota-oficial-Puma-internet_0_679132163.html#ixzz1rZXIyRlb 

Infraero começa a disponibilizar acesso a internet em nove aeroportos


Serviço está disponível em BH, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio e São Paulo

A Infraero começou a oferecer acesso à internet em nove aeroportos do país. O serviço está disponível desde a última semana aos passageiros de Belo Horizonte (Pampulha), Brasília (Juscelino Kubitschek), Fortaleza (Pinto Martins), Porto Alegre (Salgado Filho), Recife (Gilberto Freyre), Rio de Janeiro (Galeão e Santos Dumont) e São Paulo (Guarulhos e Congonhas).

Para ter acesso à internet sem fio e ilimitada na sala de embarque, o usuário deve conectar-se à rede "INFRAERO wi-fi grátis". Antes, é necessário fazer um cadastro com informações pessoais. O login, nos outros acessos, será feito após a digitação de um e-mail, de uma senha criada e do número do cartão de embarque.

A única operadora até o momento é a Tim, que participou de consulta pública no ano passado. Por isso, o número de acessos simultâneos é reduzido. Em Guarulhos, por exemplo, 500 passageiros poderão utilizar o serviço ao mesmo tempo.

A previsão da Infraero é que mais duas empresas entrem no projeto neste mês para aumentar a abrangência do serviço. A estatal prevê que todos ao aeroportos da Copa do Mundo tenham acesso à internet nos próximos meses.

Os aeroportos de Brasília, Rio e São Paulo contam com o serviço desde o ano passado. Os passageiros, contudo, tinham apenas 15 minutos de acesso gratuito à rede mundial de computadores.

Fonte: http://www.portal2014.org.br/noticias/9563/INFRAERO+COMECA+A+DISPONIBILIZAR+ACESSO+A+INTERNET+EM+NOVE+AEROPORTOS.html

Porto Alegre: Capital participa de programa de qualificação para Copa

Por Cristiane Serra


Porto Alegre está entre as cidades participantes do programa Pronatec Copa, uma iniciativa do Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), que irá qualificar profissionais do setor turístico para o mundial de futebol. As inscrições foram abertas no dia 3 de abril e contemplarão as 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, além dos municípios do entorno e destinos de visibilidade internacional.
 
O programa vai formar 40 mil profissionais por semestre em 32 áreas ligadas ao receptivo turístico, como auxiliar de cozinha, camareira e garçom, além de aulas de inglês, espanhol e libras (linguagem de sinais). Com duração mínima de 160 horas, as aulas serão presenciais e gratuitas e os participantes receberão, também, auxílio para alimentação e para transporte. No total, serão 240 mil vagas ofertadas pelo Sistema S (Sesc, Sesi e Senai) e instituições federais de educação profissional.
 
Para participar do Pronatec Copa, o candidato deve ter 18 anos ou mais, e morar em uma das 12 cidades-sedes da Copa ou nas proximidades ou ainda em um dos destinos turísticos selecionados. Ao realizar a inscrição, com os dados pessoais (nome completo, endereço e CPF), o aluno deverá escolher o curso de qualificação que deseja fazer, de acordo com o seu interesse ou com a área de atuação profissional. As inscrições devem ser feitas pelo site www.pronateccopa.turismo.gov.br.

Marketing esportivo no Brasil vive a ditadura da visibilidade

Por Fabio Kadow

Com o sucesso do projeto desenvolvido pelo Corinthians para a contratação de Ronaldo todos os demais times brasileiros passaram a lotear seus uniformes com o intuito de arrecadar mais dinheiro. Esteticamente acredito que tantos torcedores, como jogadores e até dirigentes vão concordam que este movimento está, praticamente, assassinando as camisas dos clubes. Sendo assim, por que as marcas continuam investindo na compra destes espaços?
A palavra que bem resume este momento é uma só: visbilidade. Executivos de marketing querem ver as suas marcas expostas, o máximo possível, na mídia. Fora isso, os clubes começaram a mostrar no mercado os números de retorno de mídia que elas podem ter numa temporada ou até mesmo em apenas um jogo. Ou seja, o discurso é "se você fosse comprar por este espaço na emissora, usando como cálculo o preço de tabela do mercado de anunciantes, iria pagar X de milhões, já patrocinando meu time este valor é muito inferior a isso, olha que bom negócio". Esta é a conta fácil.
E assim criamos nos últimos anos uma falsa verdade que reina absoluta, de que só com visibilidade se faz uma ação de marketing esportivo. Uma mentira tão grande quanto o dinheiro investido. Sim, a exposição da marca é importante e deve sempre ser considerada (e mensurada). Mas trabalhar só pensando nela que está o erro. Tudo tem que estar dentro de um planejamento de comunicação feito pela empresa (ou pela agência), com diversas outras ações estratégicas de ativação desta propriedade que acaba de ser adquirida por milhões, que impactam nos negócios, nas vendas, nos serviços, enfim, no objetivo final.
E mais, qual a percepção do consumidor perante esta salada de marcas? Ele realmente reconhece? Num exercício rápido, você é capaz de dizer quem estava na barra da camisa do Santos na final da Libertadores do ano passado?
Você sabia, por exemplo, que o Manchester United tem 28 patrocinadores? E, além da AON, que aparece na camisa, estamos falando de empresas como Audi, DHL, Turkish Airlines, Hublot… todos players importantes e que, certamente, não estão fazendo um mal negócio só pelo fato de não estar na camisa. Este é só um exemplo. A Liga do Campeões e a FIFA não permitem mais do que o patrocinador master no uniforme, preocupados com a imagem e o valor da marca que o campeonato tem que ter perante a televisão e seus patrocinadores oficiais.
No Brasil, com a falta de uma entidade gerenciando profissionalmente os campeonatos, esta discussão nem entra na agenda das reuniões.
Nos Estados Unidos o assunto mais forte do momento é sobre a possível liberação de patrocínio nos uniformes de jogo da NBA e NFL, principalmente na liga de basquete, onde, como você vem acompanhando aqui no blog, o debate já dura alguns anos. Um decisão sensível, e que por isso mesmo é alvo de conversas longas entre todos os envolvidos: clubes, mídia, jogadores, empresas que já tem contratos assinados (lembram do caso da Samsung com o Palmeiras?), etc.
São cenários diferentes, tradições distintas, mas o que valorizo neste momento nos americanos é a maneira como estão tratando o tema antes de tomar qualquer decisão. Por fim, reforço a importância da questão financeira, mas o que questiono é o modelo de negócios atual do Brasil, onde tudo passa pela marca aparecer no uniforme, o que atrapalha tanto para o clube criar novas oportunidades, como para as marcas pensarem numa estratégia diferente.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Obras do novo Autódromo à espera de acordo

  CBA receberá cronograma para construir nova pista

RIO - A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) receberá em dez dias planilhas detalhadas com prazos para a desativação do autódromo Nelson Piquet e a construção de novas pistas em Deodoro. O anúncio foi feito na quarta-feira durante uma reunião de dirigentes da CBA com o Comitê Rio 2016, a Autoridade Pública Olímpica (APO), governo do Estado e prefeitura que tentam um acordo que permita o início das obras do futuro Parque Olímpico. No terreno, ficarão as principais instalação esportiva dos Jogos de 2016.
— Nós temos prazos. E explicamos que não será possível esperar as obras do autódromo de Deodoro ficarem prontas para desativarmos o autódromo atual. O que estamos negociando é uma forma de conciliar a agenda olímpica com o automobilismo — disse o prefeito Eduardo Paes.
Numa tentativa de reduzir as resistências, Paes pretende discutir já na próxima semana com a Federação de Automobilismo do Rio, formas da prefeitura divulgar mais a atividade. Uma das ideias é incluir as corridas no calendário oficial de eventos da cidade.
Calendário prevê realização de corridas até novembro
O diretor jurídico da CBA, Felipe Zeraik, disse que ainda é cedo para dizer se a entidade aceitará o cronograma. Um acordo judicial assinado pela prefeitura antes dos Jogos Pan-Americanos e renovado durante a candidatura às Olimpíadas prevê que o autódromo Nelson Piquet só seja desativado quando houver uma alternativa na cidade:
— Existe um calendário de provas a ser cumprido. Teremos que estudar a proposta — disse o diretor jurídico.
O governo federal decidiu repassar para o estado a verba para a construção do novo autódromo que já tem licença ambiental. A data para a licitação das obras ainda não foi definida. As obras de infraestrutura do Parque Olímpico por sua vez, serão executadas numa parceria público privada com a prefeitura, cuja licitação já foi concluída. O edital prevê que parte das instalações sejam demolidas ainda esse ano. Mas já há provas marcadas no autódromo até novembro.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/obras-do-novo-autodromo-espera-de-acordo-4498163#ixzz1rBubbRDH