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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Apartamentos do Porto Olímpico serão lançados ao mercado em abril


As unidades habitacionais estão sendo erguidas no terreno conhecido como Praia Formosa, nos arredores da Rodoviária Novo Rio
Projeto terá o maior edifício residencial da cidade, com 40 andares

Por Isabela Bastos

RIO — Os 1.330 apartamentos de dois e três quartos que estão sendo construídos na Zona Portuária, dentro do projeto Porto Olímpico, deverão ser lançados no mercado em abril, informou, na tarde desta segunda-feira, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), Alberto Silva. As unidades habitacionais estão sendo erguidas no terreno conhecido como Praia Formosa, nos arredores da Rodoviária Novo Rio, e, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, deverão funcionar como vilas de mídia não credenciada e de árbitros. O conjunto de sete prédios começará a surgir na paisagem até o fim deste ano. A previsão é que os primeiros blocos fiquem prontos em meados de 2015 e todo o conjunto seja entregue nos primeiros meses de 2016. O Porto Olímpico terá o maior edifício residencial da cidade, com 40 andares. Os prédios — de alturas variadas, o menor deles com 12 pavimentos — começaram a ser erguidos no ano passado.
O prefeito Eduardo Paes disse, nesta segunda-feira, que espera a venda completa do empreendimento.
— A gente está subsidiando tanto, dando condições (de compra) tão especiais e diferentes do mercado, que é impossível não ter venda total dos apartamentos. De repente teremos que fazer até sorteio. Estou super otimista com aquilo ali — disse Paes, sem adiantar quais as condições do financiamento que será lançado pelo Previ-Rio.
Como a Cdurp já havia anunciado, os servidores públicos municipais terão preferência na aquisição dos imóveis, que poderão ser comprados por intermédio de uma linha de crédito especial, que deverá ser criada pelo Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio (Previ-Rio). O lançamento da carta de crédito, contudo, está atrasado. Em 2012, a Cdurp informara que a negociação dos imóveis começaria em agosto passado. Questionado sobre a receptividade esperada do empreendimento, Silva demonstrou otimismo.
— O prazo de negociação dos imóveis que estamos levando em conta é de seis meses. Mas acreditamos que a venda será muito rápida — disse o presidente da Cdurp, que participa, na Barra da Tijuca, de reunião preparatória da Rio 2016 com membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Os compradores receberão as unidades em 2017. Segundo a Cdurp, o projeto foi aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em maio do ano passado. Cada prédio do conjunto contará com cinco pavimentos de garagem. O maior dos edifícios terá, portanto, 35 andares de apartamentos, e sua altura vai superar a das torres do condomínio Athaydeville, na Barra da Tijuca. Para se ter uma ideia do tamanho do empreendimento, a torre do RioSul, em Botafogo, o maior arranha-céu do Rio, tem 44 pavimentos, já incluindo os cinco pisos do shopping.
No ano passado, a Cdurp informou que a previsão é que o fundo de pensão municipal aplique cerca de R$ 500 milhões nos empréstimos. Dos 1.330 apartamentos, 857 terão dois quartos, e 473, três. O tamanho das unidades irá variar de 69 a 90 metros quadrados. A Cdurp informara ainda que o metro quadrado custaria cerca de R$ 5 mil, o que faria com que os apartamentos sejam comercializados por valores entre R$ 345 mil e R$ 450 mil.
Durante as Olimpíadas, as unidades serão usadas para abrigar a mídia não credenciada e os árbitros das competições. Os apartamentos de dois quartos funcionarão como se tivessem três dormitórios, já que as salas serão adaptadas. O objetivo é chegar a um total de 3.990 quartos nos sete prédios. O projeto Porto Olímpico inclui ainda dois hotéis de 500 quartos, cada um, somando 4.990 para os Jogos.
Enquanto um dos hotéis será construído na Praia Formosa, o outro ficará no terreno de uma usina de asfalto da prefeitura na Avenida Francisco Bicalho. Os dois locais abrigarão ainda centros de convenções que, juntos, terão três mil metros de área construída. As obras terão de ficar prontas nos primeiros meses de 2016, quando as instalações olímpicas serão entregues ao COI para as adaptações finais.
O prefeito Eduardo Paes disse, nesta segunda-feira, que espera a venda completa do empreendimento:
— A gente está subsidiando tanto, dando condições (de compra) tão especiais e diferentes do mercado, que é impossível não ter venda total dos apartamentos. De repente teremos que fazer até sorteio. Estou super otimista com aquilo ali — disse Paes, sem adiantar quais as condições do financiamento que será lançado pelo Previ-Rio.
O projeto foi anunciado no ano passado, durante uma visita da comissão de inspeção do COI, e sofreu algumas mudanças. Na ocasião, a prefeitura informou que seriam 1.800 apartamentos divididos em 16 prédios. As unidades seriam menores, variando de 55 a 70 metros quadrados. O projeto Porto Olímpico foi enxugado para aumentar a metragem dos apartamentos. Pela previsão original, os quartos teriam, em média, sete metros quadrados. Na nova versão do projeto, passarão a ter entre nove a dez metros quadrados. As alterações foram influenciadas por uma pesquisa na carteira imobiliária do Previ-Rio. Segundo o estudo, os apartamentos que estavam sendo projetados não atendiam ao perfil que costuma ser procurado pelos servidores.
Na ocasião, a Cdurp informou que o posicionamento dos prédios também mudara. Antes, eles ficariam mais próximos da Praça Marechal Hermes, perto da Rodoviária Novo Rio. Agora, os edifícios serão erguidos nos fundos do terreno da Praia Formosa, mais próximos da Rua General Luiz Mendes de Moraes. Essa alteração foi pedida pelo COI para garantir o perímetro de segurança das instalações. Os prédios olímpicos serão os primeiros do terreno da Praia Formosa. De acordo com a Cdurp, a área tem potencial construtivo para mais edifícios — sua ocupação total poderá somar R$ 6 bilhões em obras imobiliárias. O terreno foi adquirido pelo consórcio Solace à Caixa Econômica Federal, que administra o fundo imobiliário dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), títulos criados pela prefeitura do Rio no ano passado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/topico-rio-2016/apartamentos-do-porto-olimpico-serao-lancados-ao-mercado-em-abril-7610843#ixzz2LNyrUHi4 

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