Defendi o meu mestrado no último dia 06/03, com o título Análise da gestão esportiva pelos profissionais de educação física: um estudo em representações sociais, o curso foi feito na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, na área de administração. Atualmente estou na etapa final para a liberação da versão final. Abaixo eu disponibilizo o resumo da dissertação.
SANTOS NETO, Silvestre Cirilo dos. Análise da gestão esportiva pelos
profissionais de educação física: um estudo em representações sociais. 2012.
126p. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão e Estratégia em Negócios).
Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, Seropédica, RJ, 2012.
A atual demanda gerada sobre a gestão do esporte surgiu a partir da
realização dos megaeventos esportivos, na chamada década de ouro para o esporte
no Brasil. Surge, então, a discussão sobre a administração esportiva e o seu
ambiente prioritariamente amador no país. A discussão sobre o legado dos
megaeventos não vem contemplando o desenvolvimento do esporte desde a sua base.
O desenvolvimento de uma política esportiva no país evitaria ações isoladas e
desprovidas de qualquer direcionamento evitando, assim, o personalismo e,
caminhando em direção ao profissionalismo, com a adoção da administração
estratégica na condução dos trabalhos. Pautada na questão sobre quais são as
representações sociais dos profissionais de educação física em relação à gestão
esportiva, o presente estudo busca descrever as representações sociais dos profissionais
de educação física sobre a administração estratégica na gestão esportiva. Os
objetivos específicos são os seguintes: (a) Levantar a legislação esportiva
brasileira; (b) Analisar criticamente a administração estratégica na gestão
esportiva; (c) Analisar criticamente a gestão esportiva a partir do ordenamento
legal; (d) Elaborar recomendações sobre as políticas públicas voltadas ao
esporte. Trata-se de uma pesquisa aplicada, com abordagem qualitativa e
apresenta um objetivo descritivo através do levantamento. O público-alvo foram
os profissionais de educação física e a área estudada foi à gestão esportiva. A
amostra foi escolhida através do critério de conveniência e, o seu tamanho foi
definido por amostragem teórica. Contou com 102 respondentes, sendo 78 homens
(76,5%) e 24 mulheres (23,5%), com idade média de 36,21 anos, distribuídos da
seguinte forma: Região Sul (17,6%); Região Sudeste (33,3%); Região Centro-Oeste
(8,82%); Região Norte (19,6%) e Região Nordeste (20,6%). O instrumento
utilizado foi composto pelo questionário sócio-demográfico e seis perguntas com
respostas abertas. Foi hospedado no Google Docs e aplicado por meio eletrônico
após o convite formulado aos pretensos respondentes. A análise de dados contou
com a estatística descritiva para o conteúdo sócio-demográfico e a análise de
conteúdo através da categorização aberta. 47,1% relataram como objetivo da
educação física o desenvolvimento motor, mas sem haver uma diretriz consolidada
nas ações voltadas ao cumprimento desse objetivo. O esporte foi visto por 67,6%
dos respondentes como não tendo um objetivo definido nas suas ações. A
coordenação entre a educação física escolar e o esporte apresentou um índice de
80,4% para os respondentes que não verificaram qualquer coordenação entre as duas
áreas. Em relação à gestão do desporto, nos seus três segmentos (escolar,
participação e rendimento), verificou-se que 45,1%, 41,2% dos respondentes
tiveram como representações sociais do desporto educacional e de participação,
respectivamente, ações sem objetivos definidos. No desporto de rendimento,
observou-se onze categorias, sendo a mais freqüente a definida como “ação não
definida”, na qual se enquadraram 35,3% das respostas. Concluiu-se que a gestão
esportiva ocorre no país, mas de forma incipiente, sem utilizar os recursos e
ferramentas da administração estratégica. Faz-se necessário a adoção de um
modelo de gestão e uma política esportiva no país.
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