SÃO PAULO – Depois da experiência na África do Sul, onde os pacotes para ver os jogos custavam entre US$ 50 e US$ 100 por dia, a Fifa quer usar a Copa no Brasil, em 2014, para elevar o “nível de clientes” que serão atraídos pela competição, disse nesta terça-feira Gilson Novo, diretor do Grupo Águia, do qual faz parte a Match, única empresa brasileira credenciada pela entidade para organizar e vender os pacotes turísticos para o torneio mundial. Aqui, os preços começarão em U$ 500 por dia, segundo ele.
A Match oferece serviço de hospitality, destinado a turistas que virão ao país para ver os jogos. Segundo Novo, hotéis, traslados, camarotes e passagens aéreas já estão sendo analisados. “A Copa já está vendida e a procura está sendo imensa. A Fifa disse para nós: queremos o melhor nível de clientes no Brasil”, afirmou durante seminário sobre o tema na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).Como sua empresa tem parceria com a Fifa desde a Copa de 1970, levando grupo de torcedores, Gilson Novo acredita que o torneio é uma oportunidade de o país melhorar a excelência nos serviços para os turistas. A estimativa de órgãos governamentais é de que 600 mil estrangeiros venham ao Brasil para o torneio. A maior parte deles, segundo o executivo, virá em viagens bancadas por empresas. “O grupo de hospitality não entra no portão geral, entra em um portão separado, com cadeira com nome, tudo certinho. O cara pode comprar pacote com whisky, o que ele quiser.”
Um dos maiores entraves até o momento, segundo Novo, é o transporte aéreo. O número de voos disponíveis e os itinerários que os torcedores terão que fazer para acompanhar suas seleções podem prejudicar a qualidade do serviço, caso a infraestrutura não melhore. “Não precisamos de 2014 para pensar em crise no tráfego aéreo, nós vemos isso agora. A nossa grande preocupação é a logística”, afirmou.
Além de o governo fazer sua parte, os empresários de serviços precisam aproveitar as oportunidades para crescer e melhorar seus negócios, na opinião de Jeanine Pires, presidente do conselho de turismo e negócios da Fecomercio-SP. “Fizemos uma pesquisa que mostra que 93% dos turistas que visitam o país pensam em voltar. Temos que somar profissionalismo à nossa hospitalidade e alegria”, disse.
Até a Copa, estão previstos 117 eventos no país, de todos os portes, ligados ao tema. Com isso, aumentará a demanda por serviços de bufê, transporte, shows, brindes e segurança, entre outros, segundo Gilson Novo. “O nosso legado maior é fazer com que o turista que venha para a Copa volte novamente pela excelência de nosso serviço. Para isso temos que fazer tudo adequadamente”, afirmou.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/1105424/fifa-quer-elevar-nivel-de-clientes-na-copa-de-2014-diz-executivo
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