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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fecomércio: eventos esportivos são oportunidade para superar gargalos

22/11 - 14:23
Por: Lisia Minelli

Debate sobre Eventos Esportivos: Uma década de oportunidades para o Brasil
Dando continuidade aos seminários sobre Eventos Esportivos, a Fecomércio reuniu, na manhã desta terça-feira (22/11), um grupo de especialistas e empresários para um debate com o tema “Eventos Esportivos: uma década de oportunidades para o Brasil”. Estavam presentes no evento Jeanine Pires, presidente do Conselho de Turismo e Negócios da Fecomérico - SP; Gilson Novo, diretor do Grupo Águia; Anita Pires, presidente da Abeoc Nacional; Ricardo Pereira, vice-presidente Executivo do Grupo Alatur; Toni Sando, diretor Superintendente do SPCVB; Robin Johnson, gerente da América Latina do VisitBritain; e José Estevão Cocco, conselheiro e diretor do Comitê de Marketing Esportivo da Ampro. Jeanine abriu o encontro falando da importância em se aprofundar o assunto em torno dos grandes eventos esportivos. “O objetivo do Conselho é entender melhor esses eventos e com isso, pensar no planejamento e realização deles. Mas além disso, pensar no que acontecerá depois dos eventos, em especial no setor do turismo”, disse.

Gilson Novo começou sua apresentação falando da expertise do Grupo Águia – e da empresa Match Hospitality – na participação de grandes eventos esportivos, além de sua estrutura e comprometimento com a sustentabilidade. Ele ainda explicou o que é hospitality e falou da grande expectativa das empresas estrangeiras em vir ao Brasil para a Copa. “A procura está sendo muito grande e a FIFA tem certeza de que esta será a maior Copa já realizada”, comentou. Entre as oportunidades, Novo acredita que muitos produtos e serviços poderão ser criados para esse público. Segundo ele, a previsão é que cerca de 600 mil turistas desembarquem no Brasil para a Copa. Desse total, 37% serão da América do Sul, 29% da Europa e 24% dos Estados Unidos. “Estamos estudando o perfil dos visitantes de cada país para melhor atendê-los. A operação será muito complicada, porque além de todos os problemas de infraestrutura, temos ainda o fator emocional para cuidar”, explicou. O diretor também contou sobre o trabalho organizacional que estão fazendo para atender a esse público de hospitality, que é muito exigente.

Das oportunidades que surgirão com esse volume de visitantes, o diretor destacou que em média o país receberá 200 eventos relacionados a Copa até 2014. “Serão reuniões, shows, jantares entre outras coisas. As oportunidades estão nas atividades relacionadas, como locação de veículos, fretamento de aeronaves executivas, aluguel de equipamentos, tradutores, guias, entretenimento e muito mais”, enfatizou. Para Novo, o maior legado que os grandes eventos esportivos deixarão é a vontade quando turista que veio para jogos de retornar. “Se fizermos bem, eles voltarão. E é isso que devemos buscar, excelência em serviços para conquistar esse cliente”, finalizou. Jeanine complementou falando que além de toda complexidade e oportunidade apresentadas por Novo, não deve-se esquecer que esta é apenas uma parte de tudo o que vai acontecer nesse período no país.

Para Anita Pires, o limite para as oportunidades dessa Copa e Olimpíadas será a capacidade e criatividade dos brasileiros em realizar tudo o que será oferecido. “Devemos ainda aproveitar esse período para superar alguns gargalos que o país apresenta, como a qualificação e a falta de dados do setor de turismo”, disse. Já para Ricardo Pereira, é importante também fazer um levantamento do que está sendo investido e do retorno que esse investimento trará. “Como sociedade, temos que brigar para que o sucesso da Copa se prolongue para depois dela”, declarou. Robin Johnson contribuiu falando da experiência de Londres em conquistar a candidatura para sediar as Olimpíadas 2012. “O foco da campanha a candidatura foi o investimento nos jovens e a reestruturação do lado leste de Londres. Legados que ficarão para a cidade depois que os jogos acabarem”, disse. Ele comentou que um estudo feito na cidade revelou que 74% dos benefícios acontecem depois do término das Olimpíadas. E finalizando o debate, José Estevão Cocco lembrou da importância do marketing na detecção das oportunidades que os eventos trarão para o Brasil.

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