quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Pesquisa acadêmica sobre gestão do esporte
Pesquisa sobre gestão do esporte para minha dissertação de mestrado. Ela é direcionada aos profissionais e estudantes de educação física. Participe aqui.
FGV e Fifa se unem para ensinar “negócio do esporte”
Parceria tem como meta suprir a demanda por profissionalização em gestão, marketing e direito no esporte
São Paulo - O esporte nas redes sociais, uma parceria inédita da FGV com a Fifa e um emocionante encontro com Zagallo e João Havelange marcaram o segundo dia da e Claudia Penteadoe Claudia Penteado, maior evento de negócios de futebol do mundo, realizado, entre esta segunda (28) e terça-feira (29) no Hotel Sofitel e no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Membros da FGV (Fundação Getúlio Vargas) falaram da parceria com a Fifa para a Copa do Mundo de 2014 e do projeto em gestão, marketing e direito no esporte.
Sravros Xanthopoylos, diretor executivo online da FGV, abordou a demanda por cursos profissionalizantes relacionados ao esporte que resultou na parceria com a entidade maior do futebol mundial. O Brasil, por meio da instituição de ensino, é o 14º parceiro da Fifa na Copa de 2014.
“O brasileiro tem enorme interesse no esporte e a demanda por profissionalização em gestão esportiva tem crescido consideravelmente, como vemos na FGV. Nossa parceria com a Fifa para a Copa de 2014 é a prova dessa demanda”, disse o executivo.
Ricardo Trade, coordenador para o Brasil do Cies (Centro Internacional de Estudos do Esporte), abordou o projeto online realizado junto com a FGV, que envolve capacitação em gestão esportiva e o interesse social.
O programa envolve aperfeiçoamento das governanças e interessados na área esportiva, incluindo confederações, federações, associações, clubes, atletas, mídia e ONGs. “Manteremos o padrão de qualidade internacional.
As disciplinas terão uma visão geral da indústria do esporte e a participação em rede será altamente qualificada. Para ser um gestor na área esportiva, é preciso não se limitar a cursos de marketing esportivo, é preciso avançar em áreas como administração, direito e outras”, disse Trade.
ONG cobra mais participação popular nas decisões da Copa de 2014
Uma das críticas da ONG refere-se à elitização do esporte, com ingressos cada vez mais inacessíveis à população de baixa renda, que perdeu espaços nos estádios
Mais participação popular nas decisões envolvendo investimentos públicos nas obras da Copa de 2014 e garantia de legados concretos para o país são reivindicações feitas pela organização não governamental (ONG) Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro. O grupo chegou a fazer protestos e panfletagem durante a feira Soccerex Global Convention, que terminou ontem (30) no Forte de Copacabana, reunindo grandes empresas mundiais ligadas ao futebol.
Uma das críticas da ONG refere-se à elitização do esporte, com ingressos cada vez mais inacessíveis à população de baixa renda, que perdeu espaços nos estádios, com o fechamento de áreas tradicionais e baratas, como as arquibancadas e as gerais, substituídas por setores com cadeiras numeradas.
"O futebol começou como um esporte elitista e depois se tornou popular. Agora corre o risco de se tornar elitista novamente. Com o preço médio praticado em muitos estádios, uma família com quatro pessoas gasta mais de R$ 100 para assistir a uma partida", alertou Renato Cosentino, integrante do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas.
Pós-graduado em Política e Planejamento Urbano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cosentino também criticou a pouca participação popular nos projetos referentes à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016. "É difícil saber quanto custa cada obra. Falta discussão pública", ressaltou o pesquisador.
Para ele, isso acaba inviabilizando os prometidos legados esportivos, sempre citados quando o assunto é investir milhões de reais em obras. "Reformamos o Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 400 milhões, com a justificativa de que ele ficaria para uma futura Copa do Mundo ou uma Olimpíada. Agora estamos gastando quase R$ 1 bilhão novamente. O mesmo aconteceu com o Parque Aquático Maria Lenk e já se fala em construir outro complexo de piscinas", destacou.
Para os empresários e agentes públicos envolvidos na Soccerex, a Copa de 2014 garantirá legados para a população brasileira, principalmente com a construção de estádios e o aumento do fluxo de turistas durante e após a competição. Segundo o diretor executivo de Operações e Competições do Comitê Organizador Local, Ricardo Trade, a Copa vai movimentar um total de R$ 112 bilhões até 2014. Segundo ele, até 2016, serão investidos R$ 22 bilhões em infraestrutura.
"Haverá um legado para o turismo, com a consolidação de uma nova imagem do país e o aumento progressivo de turistas e de divisas. Só para os jogos da Copa são esperados 600 mil visitantes", disse Trade, durante palestra para empresários e especialistas em marketing esportivo.
A visão é compartilhada pelo ex-capitão do time que ganhou a Copa de 70, Carlos Alberto Torres. "Hoje, os turistas praticamente só ouvem falar em Copacabana e Ipanema. Desconhecem as praias do Nordeste, o Pantanal, Foz do Iguaçu e a Amazônia. Depois que conhecerem o país durante a Copa, vão voltar sempre", disse Carlos Alberto, que participou de uma mesa-redonda com outros craques do passado.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
OAS aposta na viabilidade econômica de suas PPPs em novos estádios
Por Paola de Moura | Valor
RIO – O diretor da OAS Empreendimentos, Carlos Eduardo Pães Barreto, disse nesta segunda-feira acreditar na viabilidade econômica de novos estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo. Responsável pelas obras da Arena das Dunas, em Natal, e pelo estádio da Fonte Nova em Salvador, ambos em Parcerias Públicos-Privadas, a empresa está terminando agora o projeto de viabilidade das operações. “Vamos operar o estádio de Natal por 20 anos, por exemplo. A ideia é trazer grandes times para jogar nos estádios . Na Bahia, há dois times fortes e é mais fácil de atrair público", explica Barreto.
Um estudo feito pela BSB – Brunoro Sport Business, publicado nesta segunda-feira pelo Valor, diz que os estádios podem levar até 198 anos para pagar seus custos. No caso das arenas construídas pela OAS, a das Dunas pode levar de 33,6 anos, num cenário mais otimista, a 155,3 anos na situação atual, segundo o estudo. Já para a Fonte Nova o prazo previsto pela BSB é mais positivo, de 19,2 anos a 43,9 anos.
Para evitar que esses cenários se confirmem a OAS trabalha para atrair grandes eventos aos estádios, além de fechar contratos com patrocinadores e fornecedores de produtos. "Para a Arena do Grêmio, em Porto Alegre, já prevemos receita de R$ 100 milhões por ano", conta o diretor. A arena está sendo construída pela OAS para o clube gaúcho. O estádio custará R$ 500 milhões, mas terá também um centro de convenções, um hotel e uma área residencial. Além disso, a empreiteira ficará com o atual estádio do clube, o Olímpico, e fará lá outro empreendimento imobiliário, de R$ 1,5 bilhão de valor geral de vendas (VGV).
No próximo ano a empresa já começará a negociar os contratos de patrocínio de estádio gaúcho. A receita será utilizada para pagar o financiamento da obra e o lucro líquido será dividido com o clube, na proporção de 65% para o Grêmio e 35% para a OAS.
Arenas da Copa vão demorar até 198 anos para pagar custo
Por Rodrigo Pedroso | De São Paulo
As arenas esportivas que estão sendo construídas para a Copa do Mundo de futebol de 2014 nas 12 cidades-sede demorarão de 11 a 198 anos para se pagar, levando em conta o nível atual de rentabilidade dos estádios nos Estados em que serão erguidos, mostra estudo feito pela BSB - Brunoro Sport Business. Também segundo a análise, os 12 estádios que foram escolhidos para os jogos da Copa custarão mais e terão receita menor depois da competição que aqueles construídos para as últimas duas edições da Eurocopa. Os piores prazos estão em Cuiabá, Natal, Brasília e Manaus e variam de 130 a 198 anos.
O estudo da BSB, uma empresa de consultoria esportiva, prevê dois cenários econômicos para as arenas da Copa após os jogos. O primeiro leva em conta o nível atual de renda do futebol no Estado em que elas estão sendo construídas. O segundo, mais otimista, prevê aumento do faturamento com a venda especial de camarotes, publicidade, shows, "naming rights" (venda do nome do estádio) e locação para outros eventos. No cenário otimista, os prazos para pagar o investimento variam de cinco a 45 anos.
No cenário mais pessimista (que considera o padrão atual de uso), a arena com a pior rentabilidade é a de Manaus. A previsão é que o seu faturamento anual depois do torneio fique em torno de R$ 2,51 milhões. Com o custo - até agosto - estimado em R$ 499,5 milhões, a arena esportiva demoraria 198 anos para se pagar. Contando com um aumento em diferentes frentes, a receita subiria para R$ 11 milhões anuais, com a obra se pagando em 45 anos. Nesse cenário, o Beira Rio, de Porto Alegre, se paga em 10,9 anos.
Para estimar o faturamento bruto nos dois cálculos, o estudo não levou em conta gastos com impostos, amortização de investimentos e manutenção. A receita com ingressos também ignorou a parte que cabe ao time mandante, por haver muita diferença por região.
O estádio Mané Garrincha, em Brasília - orçado em R$ 671 milhões -, não está na lista dos mais caros, mas só deve se pagar no próximo século. A estimativa pessimista é que o faturamento alcance o investimento em 167 anos, tempo pouco maior que os 155 anos do Estádio das Dunas, em Natal. Ao custo de R$ 400 milhões, a arena tem receita prevista em R$ 2,57 milhões anuais.
Mais rápida no retorno do investimento de R$ 342 milhões necessários à sua construção, a Arena Pantanal, em Cuiabá, vai equalizar o gasto em 130 anos, mantido o padrão atual do futebol de Mato Grosso, onde o Luverdense, time do Estado melhor colocado no cenário nacional, disputou a Série C neste ano. O clube da capital, o Cuiabá Esporte Clube, competiu na Série D e subiu este ano para a Série C.
De acordo com Marcelo Doria, presidente da BSB, o estudo mostra que o país precisa aproveitar melhor a estrutura que está criando. "Algumas arenas estão com o tempo de retorno muito longo. Precisamos repensar como tirar mais receitas, pois não vai ser bom para o esporte, como negócio, deixar esses lugares como 'elefantes brancos'. Todo mundo fala do tamanho do investimento, mas seria mais saudável olhar para a eficácia dele", afirmou para depois dar um exemplo de como uma arena multiuso é usada nos Estados Unidos. "O Staples Center, do Los Angeles Lakers, tem 70% da receita vinda de shows. No Brasil o esporte ainda não é tratado como entretenimento do jeito que fazem lá fora. É tudo muito concentrado na renda de bilheteria que vem do futebol", diz.
Nos Estados mais rentáveis, onde estão os times com maior torcida e, consequentemente, maior oportunidade de um faturamento mais encorpado, nenhum estádio se paga em menos de uma década no cenário otimista, de acordo com o estudo. Os três maiores, Maracanã, Itaquerão e Mineirão, estão com previsão de retorno do investimento em 19, 22 e 18 anos, respectivamente. A Fonte Nova, em Salvador, com custo no nível dessas outras arenas (R$ 835 milhões) deve demorar 43 anos.
Na comparação com a construção e reforma de estádios utilizados para torneios na Europa, o prazo de retorno de investimentos nas principais arenas brasileiras é maior mesmo no cenário otimista. O Estádio do Dragão, do Porto, de Portugal, custou € 115 milhões (R$ 424 milhões) para servir à Eurocopa de 2004, quando o país sediou o torneio. O retorno do investimento veio sete anos depois. O Maracanã, estádio com melhor previsão de faturamento (R$ 110 milhões anuais), vai gerar os R$ 931 milhões previstos em sua reforma em 8,5 anos. O custo dos estádios brasileiros está dentro das previsões feitas até agosto deste ano.
A arena de Itaquera, em São Paulo, que conta com a segunda maior previsão de receita, está longe do retorno previsto para o estádio do Borussia Dortmund, da Alemanha, usado na Copa do Mundo de 2006. Enquanto os alemães demoraram quatro anos para reaver os R$ 550 milhões na reforma do estádio, a arena paulistana deve render os R$ 820 milhões orçados para sua construção em mais de nove anos.
A intenção do trabalho, diz Doria, é chamar atenção para a necessidade de mudanças nas atuais bases em que se gera renda com estádios no país. "Shows, locações, aluguéis de espaços, camarotes. Tudo isso tem que ser pensado para haver mais transferência de valor para essas arenas", disse.
O estudo ainda ressalta o alto custo dos estádios brasileiros para a Copa. As 12 arenas, somadas, estão orçadas em RS 6,71 bilhões. O gasto é 32% maior do que foi dispendido pela África do Sul na última edição do torneio, e 46% maior do que o gasto pela Alemanha em 2006. O montante, no entanto, pode aumentar. Estimativas do próprio governo apontam que os gastos devem chegar a R$ 7 bilhões.
Secretária de Esportes do Rio descarta Maracanã ser gerido por apenas um clube
Por: Maximilian Pimenta Cabral - FUTNET
Política participa da Soccerex, em hotel da Cidade Maravilhosa
Durante o evento de negócios do esporte, Soccerex, que se realiza no Hotel Sofitel, em Copacabana, a secretária de Esporte, Turismo e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Linas, falou sobre o processo licitatório do Maracanã e descartou a hipótese de o estádio, em obras para a Copa do Mundo de 2014, ser gerido por apenas um clube.
"O Maracanã é a casa de todos os times, da seleção brasileira, um templo. Não é a casa de um único time. É o segundo ponto de visitação do Rio e não pode ser restrito a um único time. O edital está pensado de ponto de vista da gestão profissional com todos os componentes, como de visitação turística, museu, operações, entretenimento e futebol".
Notícias vindas de bastidores davam conta que Flamengo e Fluminense estariam interessados em administrar o "Maior do Mundo". A "dirigente" informou, ainda, como será o modelo de gestão do "templo do futebol brasileiro".
"Estudos estão sendo feitos para avaliar os impactos financeiros e fazer a modelagem para ampliar ao máximo a capacidade do Maracanã de gerar receitas. O equipamento vai continuar público. O novo Maracanã será uma arena multiuso, para grandes eventos, mas não perderá a função de ícone e templo mundial do futebol. O Maracanã passará a ser um prédio inteligente, sustentável, com mais qualidade e conforto, com nova tecnologia de TV 3D e de TV digital".
Fechado desde o meio do ano passado, o Mário Filho tem previsão de estar aberto ao público somente no início de 2013.
Soccerex 2011 quer gerar até R$ 180 milhões em negócios
Por: Rafael Massadar
Na manhã desta segunda, dia 28, a Soccerex Global Convention 2011 teve sua cerimônia de inauguração realizada. O evento tem como objetivo realizar entre R$ 170 e R$ 180 milhões em negócios. Em seu discurso, o ministro Rebelo salientou os desafios de se realizar a Copa do Mundo no Brasil e deu as boas vindas a mais uma edição da Soccerex no País - o evento acontecerá anualmente até 2013.
"É grande a expectativa para a chegada da Copa, que é um acontecimento para a humanidade. Mas não é apenas o mundo do futebol que convive com denúncias de corrupção. Todos esses acontecimentos chegam ao futebol porque ocorrem no mundo inteiro. Em um mundo de intolerância, o futebol é um espaço onde as disputas podem ser solucionadas entre adversários dentro de campo, mas sem ódio", disse o ministro, que citou o carnaval carioca como exemplo de grandes eventos que são realizados pelo país: "Estejam certos de que o Brasil realizará uma grande Copa do ponto de vista da organização. Estamos empenhados para realizar um evento a altura das expectativas geradas".
O governador Sergio Cabral complementou a fala de Aldo Rebelo sobre a capacidade da cidade em receber bem os turistas: "Lembro ainda do nosso réveillon na Praia de Copacabana, que recebe mais de um milhão de pessoas. Durante a Copa do Mundo, além da final, a nossa cidade receberá o centro de mídia. Não existe outra cidade no planeta que esteja tão em foco como o Rio de Janeiro. Ela receberá os eventos mais importantes do mundo", destacou.
Cabral citou alguns dos principais eventos que serão realizados na cidade nos próximos anos, como a Copa de 2014, Olimpíadas de 2016, e agradeceu o apoio recebido do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, afastado por suspeitas de corrupção. "Essa é a década do Rio. Temos o calendário de eventos mais forte do planeta nos próximos anos. Queremos que as pessoas encontrem uma cidade segura, antes, durante e depois dos eventos. Com infraestrutura de transporte, antes, durante e depois. Estamos nos preparando para deixar um legado para nossa população".
A mesa principal foi composta pelo Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo; governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; vice-Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, o presidente da Soccerex, Tony Martin, e as estrelas do futebol Zagallo, Zico e Carlos Alberto Torres.
Bolsa de mestrado no Reino Unido
Aos que pretendem ingressar no mestrado estudando sobre política e administração esportiva, não percam a oportunidade dada pelo Programa Chevening. Maiores informações no site http://www.britishcouncil.org/br/brasil-education-chevening.htm
Plano de Metas da ABRAGESP 2011-2013
Veja aqui o Plano de Metas proposto pela ABRAGESP para o mandato 2011-2013. No último dia do 1° Congresso Internacional sobre Gestão do Esporte, foi realizada a eleição para a nova direção da ABRAGESP. Assim como, foi escolhida a sede para o 2° Congresso Internacional e 5° Congresso Brasileiro sobre Gestão do Esporte, que será na cidade de Recife.
A composição da nova direção é a seguinte:
Presidente: Vilde Gomes de Menezes; Vice-presidente: Geraldo Ricardo Hruschka Campestrini; 1º Secretário: Leandro Carlos Mazzei; 2º Secretário: Carlos Augusto Mulatinho de Queiroz Pedroso; 1º Tesoureiro: Luciano Flávio da Silva Leonidio; 2º Tesoureiro: Alexsander Gomes de Azevedo.
Conselho Fiscal: João Eduardo Nascimento, Ricardo Mendonça de Souza, Georgios Hatzdakis, Zenildo Caetano da Silva, Paulo Henrique Azevêdo
Comissão Científica: Flávia da Cunha Bastos, Davi Poit, Paulo Henrique Azevêdo, Leandro Carlos Mazzei, Geraldo Ricardo Hruschka Campestrini.
Fonte:
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Especial Marketing Esportivo: Oportunidades geradas pelos mega eventos
Com investimentos de R$ 143 bilhões, competições criam oportunidades em todos os setores e trazem chance para o Brasil apostar mais no esporte e impulsionar profissionalismo
Por Fernanda Salem, do Mundo do Marketing | 21/11/2011
fernanda@mundodomarketing.com.br
A Copa do Mundo e as Olimpíadas já trazem investimentos ao Brasil e prometem abrir ainda diversas oportunidades, tanto para o país como um todo, quanto para as empresas nacionais, das micro às grandes e de todos os setores. O Marketing e o mercado esportivos nacionais, no entanto, ainda não têm seus potenciais explorados ao máximo, a exemplo de países com um histórico de comprometimento maior com a área. Os eventos que estão por vir trazem a motivação ideal para o país começar a se aprofundar no tema e impulsionar a expertise dos profissionais, para além de 2016.
Uma grande motivação são as prospecções de venda para os próximos anos, quando os investimentos nos eventos aquecerão o mercado e trarão poder de compra ao Brasil. Até 2014, serão gerados 3,63 milhões de empregos por ano e R$ 63,48 bilhões de renda para a população, impactando o mercado de consumo interno, segundo estudo produzido pela Ernst & Young em parceria com Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os investimentos diretos e indiretos na economia, com início em 2010 e até 2014, totalizarão R$ 143 bilhões. Desse valor, R$ 22,46 bilhões são para garantir a infraestrutura. O mercado mira ainda nos turistas que virão ao país. O número de visitantes internacionais no Brasil, de acordo com o mesmo estudo, deve chegar a 7,48 milhões.
Os dados ilustram a chance das marcas para realizar ações de ativação e aproveitar o clima festivo dos eventos e a relação com o esporte para se aproximar dos consumidores. As empresas, entretanto, não devem perder tempo para começar a agir e pensar na melhor maneira de fazer uso de todo esse potencial.
“As oportunidades estão aí aos milhares. Cabe aos profissionais de Marketing, principalmente, estarem atentos e preparados para detectá-las. O ano de 2010 já passou, assim como 2011, e ninguém aproveitou. Há todo um ciclo de criação e venda até chegar ao varejo. Se deixarmos tudo para 2014, faremos o quê? Venderemos churrasquinho na porta do estádio?”, argumenta José Estevão Cocco, Diretor-Presidente da J.Cocco Sportainment, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Micro e pequenas empresas têm espaço
Talvez seja cedo para as companhias divulgarem seus investimentos relacionados diretamente aos eventos, com exceção dos patrocínios, mas as possibilidades já estão aí. “A oportunidade é grande para todo mundo. O esporte tem uma linguagem universal, fala com todo tipo de público, então empresas de qualquer setor podem aproveitar para ativar a marca”, diz Sérgio Pupo, gerente da Nielsen Sports, em entrevista ao portal.
O mercado esportivo é competitivo, mas não são somente as grandes marcas e organizações que podem realizar ações durante os eventos no Brasil. Um estudo do Sebrae e da FGV identificou 930 oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa 2014, em nove setores da economia, como turismo, gastronomia, vestuário e tecnologia de informações.
“Qualquer empresa pode aproveitar esta situação para alavancar a questão de vendas. Marcas regionais ainda têm chance de acessar o público esportivo com investimentos inferiores, como em times locais”, analisa Pupo. O motivo principal é o montante de investimentos programados e o volume de movimentação econômica durante e após os eventos, dos quais as micro e pequenas organizações poderão se apropriar.
Pesquisas para o mercado esportivo se intensificam
Outro ponto fundamental no impulso às companhias de qualquer porte que querem se aventurar no ramo é a obtenção de informações seguras e inteligentes para embasar as ações, conter riscos e profissionalizar a atividade. A Nielsen enxergou a possibilidade aberta com a proximidade dos eventos e lançou, em agosto deste ano, a Nielsen Sports, unidade de negócios voltada exclusivamente aos esportes, que tem o objetivo de entender e aproveitar as oportunidades do mercado por meio de análises sobre o setor.
“No Brasil, à exceção de algumas empresas mais avançadas, a tomada de decisões para atuar no campo de esportes é muito baseada no ‘achismo’. Não há números que comprovem o quanto o segmento é efetivo”, diz Pupo. “Esse braço da Nielsen servirá para ajudar as empresas a justificarem suas ações e começarem a profissionalizar as informações no assunto”.
Outro importante impulso ao mercado vem do Ibope Media, que também aproveita a visibilidade ligada aos esportes que os eventos no Brasil trarão para lançar uma série de pesquisas inéditas, relacionadas ao consumo das práticas esportivas a partir dos meios de comunicação. O instituto percebe a falta de exploração no setor e aposta que, com a profissionalização da administração do esporte no Brasil, há chances do mercado nacional dobrar.
Mercado esportivo tem potencial de crescimento no Brasil
As previsões têm fundamento. Segundo pesquisa da Ipsos Marplan, de 2010, o esporte move aproximadamente R$ 31 bilhões por ano, o equivalente a 1,9% do PIB registrado em 2009. O número não é baixo, mas tem ainda um grande potencial de crescimento, quando comparado a países mais consolidados na área, como Estados Unidos e a Inglaterra.
Este volume deve ser bem maior nos próximos anos, já que representa patrocínios, vendas de artigos esportivos, eventos, promoções, licenciamento de marcas, serviços, investimentos em equipamento, patentes, praças esportivas, entre outros.
Para aproveitar as oportunidades e aquecer o mercado esportivo, as empresas devem entender que as opções vão além do patrocínio, que representa um custo bem elevado de investimento. Algumas alternativas são trabalhos de divulgação com times locais das cidades-sede da Copa, promoção de eventos esportivos e criação de conteúdos ligados ao assunto em várias mídias.
Esporte tem alto apelo na internet
A primeira das pesquisas baseadas em esportes do Ibope descobriu que uma plataforma altamente atraente para a comunicação com consumidores de esportes é a internet. Um dos insights indica que 73% buscam ou compartilham informações sobre esportes nas redes sociais.
Os números mostram a importância das empresas lançarem ações com a temática no Facebook e no Twitter para assegurarem a atenção e verem seu conteúdo propagado pelos internautas.
O levantamento, realizado em 12 regiões metropolitanas brasileiras com mais de 50 milhões de entrevistados entre abril e julho de 2011, também segmentou o público. Os internautas que mais buscam conteúdo esportivo são, em sua maioria, homens (63%), da classe AB (52%), entre 15 e 24 anos (40%) e praticantes de esportes (57%).
Conhecendo o esporte que o seu consumidor pratica
Um ponto importante é saber em que tipo de esporte investir, já que nã
o é somente o futebol que atrai os consumidores. Se a empresa quer se relacionar com um surfista pela internet, por exemplo, a tarefa é mais fácil, porque eles têm o maior número de acessos diários. Os velejadores têm menor frequência de acesso, precisam de estímulos e não costumam confiar no conteúdo postado. Já os saltadores acreditam mais nas informações e são atraídos pela agilidade de comunicação.
Durante os jogos, na área de fixação de imagem de marca, o método mais efetivo é a estampa nos uniformes, com 69% das respostas. O segundo lugar não está muito afastado, com o percentual de 68% de entrevistados que acreditam que ações diretas nos locais do evento são mais atraentes, ultrapassando as propagandas na fala do locutor (67%).
Em relação às categorias com históricos de maior volume de investimento durante a transmissão nas últimas Copas e Olimpíadas, vence o setor de cervejas, seguido pelo de refrigerantes e, em terceiro, as lojas de departamento.
Especial Marketing Esportivo: Marcas devem ir além do patrocínio
Empresas precisam olhar para outras oportunidades de construir um diálogo com os consumidores por meio do esporte e desenvolver plataformas consistentes de comunicação
Por Cláudio Martins, do Mundo do Marketing | 22/11/2011
claudio@mundodomarketing.com.br
Mesmo faltando três anos para a realização da Copa do Mundo de 2014, algumas empresas como a Procter &Gamble e a Brahma já colocam em prática iniciativas para associar suas marcas ao futebol. Outros patrocinadores, no entanto, preferem manter segredo sobre suas estratégias de Marketing e esperar o momento mais adequado para ativar seus produtos e obter um retorno melhor sobre o investimento.
O maior desafio para as marcas nos próximos anos será a construção de um diálogo com os consumidores por meio do esporte, com ações que ultrapassem o patrocínio e criem um vínculo maior entre as empresas e as modalidades esportivas. Ao dar mais importância para esse tipo de ação promocional, as companhias podem estar perdendo outras oportunidades para atrair a atenção do público. Uma das estratégias que vem sendo explorada por marcas nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Europa é o Naming Rights, que consiste na apropriação de um estádio, arena, evento ou equipe por parte de uma marca, para sua divulgação.
Um exemplo é o Gillette Stadium, da Gillette, construído em 2002, nos Estados Unidos, e que abriga os clubes norte-americanos New England Revolution e New England Patriot. Em 2008, a Coca-Cola também se apropriou de um estádio na África do Sul, o Ellis Park. No Brasil, grande parte das arenas ainda está em construção, o que pode deixar as companhias um tanto confusas sobre quais iniciativas tomar em relação ao Naming Rights, mas também representa uma grande oportunidade para quem sair na frente.
Indo além do patrocínio
Uma das vantagens deste tipo de acordo é a possibilidade de dar continuidade a uma estratégia de Marketing Esportivo após a realização das competições por até 20 anos. As arenas podem ainda ser exploradas para eventos das companhias e atrair a atenção do público corporativo para possíveis investimentos, explorando ativos das marcas. É o caso do Philips Stadion (foto), na Holanda, pertencente à empresa de eletrônicos e conhecido por ser o estádio mais bem iluminado da Europa. O local também é palco dos lançamentos da empresa relacionados à iluminação.
“A estratégia das companhias deve contemplar tanto o período anterior como posterior à realização dos mega eventos para que a associação das marcas com o esporte seja mais forte. É preciso também saber se beneficiar das mudanças ocorridas na infraestrutura das cidades-sede, que passam a ganhar mais visibilidade no cenário mundial e podem ser tornar cases bem sucedidos, como Barcelona, na Espanha, em 1992”, afirma Ricardo Mathias, Diretor da Trevisan Gestão do Esporte, em entrevista ao Mundo do Marketing.
De olho no potencial, a Brahma desenvolveu uma plataforma de relacionamento com os consumidores a partir do futebol. Mais do que patrocinar 26 clubes brasileiros, a marca tem investido em deixar um legado para os times. Para tornar a relação mais transparente, a empresa criou o “Investimento Cooperado”, iniciativa que convidou os torcedores na internet a decidirem como seriam aplicados os recursos disponibilizados pela Brahma. Dessa maneira, os clubes cariocas como Flamengo e Vasco da Gama ganharam reformas nos vestiários, estádios e melhorias nos centros de treinamento.
Investimento em clubes brasileiros
Em 2009, a Brahma oficializou o contrato de patrocínio com a Confederação Brasileira de Futebol e a FIFA, participando da Copa do Mundo de 2010. “A experiência na África do Sul nos permitiu olhar a operação como um todo, deixando de privilegiar apenas o aspecto da comunicação e da visibilidade proporcionada pela competição. A partir desta experiência, desenvolvemos a Diretoria de Futebol da Ambev, uma estrutura híbrida que atua em diversas frentes, envolvendo áreas como Marketing, Trade e Mídia, para aperfeiçoar nossa compreensão sobre o assunto”, explica Rafael Pulcinelli, Gerente de Marketing de Esportes da Ambev, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A marca também saiu na frente ao sortear os primeiros ingressos para a Copa de 2014 na promoção “Sou Brahmeiro, Sou Primeiro”, desenvolvida pela FanClub, agência da Holding Clube. As próximas ações da empresa se concentrarão na internet, que tem ganhado importância na estratégia de relacionamento da companhia. Além do site que traz notícias sobre os campeonatos de futebol nacionais e internacionais, a Brahma também criou perfis dos clubes brasileiros patrocinados pela marca no Facebook, como os cariocas Fluminense e Botafogo.
Outra empresa que aposta nos eventos esportivos é a Seara. Além de apoiar a Seleção Brasileira de Futebol, a empresa do grupo Marfrig também é patrocinadora da Copa do Mundo até 2014. Ao participar pela primeira vez de uma competição internacional em 2010, a Seara aproveitou o momento para lançar produtos licenciados com o escudo da Seleção e expor sua marca internacionalmente, nos uniformes dos jogadores.
O canal digital foi escolhido para engajar os consumidores com ações que remetem ao patrocínio. No Facebook, foi criado o aplicativo “Vestiário Seara”, que traz uma galeria com vídeos de jogadores que se destacaram vestindo a camisa do Brasil no passado. A fan page conta ainda com o “Futebol de Botão Seara”, game inspirado na Copa América e que tem a proposta de entreter os internautas e lembrá-los do apoio da Seara à Seleção Brasileira.
Lançamentos de produtos verdes e amarelos
A associação aos eventos esportivos também é a forma escolhida por empresas como Coca-Cola, Johnson & Johnson, Visa, Nestlé, McDonald’s e Oi para promoverem suas marcas. A rede de fast-food investe no portfólio de produtos durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas, elaborando um cardápio com sanduíches inspirados na culinária dos países que sediam as competições, enquanto a operadora de telefonia será a fornecedora oficial dos serviços de telecomunicação durante a Copa de 2014. Já a Sony realizou um evento no último fim de semana de outubro para promover São Paulo como cidade-sede da abertura da competição, estendendo uma bandeira gigante com os dizeres “Bem vindo” em seis idiomas, no estádio do Pacaembu.
Outras marcas, mesmo não sendo patrocinadoras, também exploram a febre verde e amarela para lançar produtos que remetam à brasilidade. Foi o que fez a Rider em 2010, ao trazer ao mercado chinelos inspirados nas cores da bandeira nacional. Iniciativa semelhante teve a Havaianas, que lançou uma coleção inspirada nas seleções participantes da competição, como Brasil, Inglaterra e Espanha. Já a rede de restaurantes Spoleto criou o “Ravióli Hexacampeão”, feito de massa de espinafre com molho quatro queijos, e a Rexona lançou um desodorante com design inspirado na taça da Copa, no ano passado.
“As empresas devem compreender que não é necessário ser um patrocinador dos eventos para se aproximar do público por meio do esporte. É preciso associar seus valores aos ideais das modalidades esportivas e criar uma plataforma capaz de transmitir estas atitudes de modo natural, como têm feito Red Bull, Banco do Brasil e Caixa Econômica”, ressalta Eduardo Muniz, Sócio Consultor da Top Brands, em entrevista ao portal.
Procter & Gamble quer ampliar diálogo com consumidora
Para a Procter & Gamble, as Olimpíadas são a oportunidade de fortalecer a marca mãe globalmente. A companhia pretende levar o aprendizado dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, sediados em Vancouver, no Canadá, e do Pan-Americano de Guadalajara, no México, para Londres e para o Rio de Janeiro.
Em 2012, será a primeira vez que a empresa realizará um patrocínio de forma mundial nas Olimpíadas, como marca corporativa. Entre as iniciativas realizadas em Vancouver que serão replicadas durante os jogos na capital inglesa estão o apoio às mães dos atletas, que ganharão hospedagem e ingressos para assistirem às competições dos filhos, e a criação de espaços de convivência onde as marcas da empresa serão ativadas. A ação se desdobrará em campanhas publicitárias para Pampers e Ariel, explorando o vínculo entre mãe filho e o respeito a símbolos pátrios, como as bandeiras nacionais.
“No ano passado, em Vancouver, disponibilizamos uma P&G Home com serviços para atletas e seus acompanhantes para a seleção olímpica americana. A proposta para Londres e, futuramente, para o Brasil é criar um P&G Home global, onde os competidores de todas as delegações poderão ter contato com nossas marcas”, diz Gabriela Onofre, Diretora de Assuntos Corporativos da Procter & Gamble no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Já para a Copa do Mundo, a principal aposta da companhia é a Gillette, outra patrocinadora da Seleção Brasileira. Para aproximar a sua marca desde já ao universo do futebol, a empresa será a principal apoiadora da “Taça das Favelas”, competição criada pela Central Única das Favelas (CUFA). A companhia também aproveitará a oportunidade para aumentar a divulgação da marca Gillette Desodorante, com foco no target masculino participante do torneio. O início do campeonato está previsto para janeiro de 2012 e contará com a participação de mais de 24 mil jovens de 15 a 17 anos de comunidades carentes do Rio de Janeiro.
Fórum em São Paulo discute gestão e políticas públicas para o esporte
A 4ª edição do Fórum Nacional - Brasil o País do Esporte ocorrerá em São Paulo, no dia 1de dezembro, e reunirá autoridades esportivas e experts para discutir melhores práticas em gestão, negócios e políticas públicas para o esporte. O objetivo é explorar o potencial transformador das oportunidades trazidas pela realização da Copa das Confederações, Copa do Mundo, Olimpíadas e Paraolimpíadas nos próximos anos.
O evento ocorre no Sesc Consolação e contará com quatro painéis de discussão. O primeiro tem como temática 'O esporte como política pública: um projeto transformador para o País' e conta com a presença do secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, José Benedito Pereira Fernandes, do secretário de Esportes Lazer e Recreação da cidade de São Paulo, Bebetto Haddad, e da deputada estadual Célia Leão, integrante da Comissão de Assuntos Desportivos da Assembléia Legislativa .
O segundo painel discute 'Marketing esportivo: novas oportunidades, valorização da marca, imagem e reputação das empresas', com o sócio-diretor da Traffic, J. Hawilla, o diretor-executivo da Unideias, José de Lorenzo Messina, e o diretor de marketing da Federação Paulista de Futebol, Jaime Franco.
Já na parte da tarde, o tema do terceiro painel de discussão é 'Infraestrutura e novos equipamentos valorizando as práticas esportivas'. O debate contará com o presidente da Major Events International (MEI), Dennis Mills, o presidente da Playpiso, Décio Chusid, e a coordenatora técnica de gerência de desenvolvimento físico-esportivo do Sesc, Regiane Galante.
O quarto painel encerra o Fórum, com o tema 'O desafio das cidades na organização de grandes eventos: Copa do Mundo e Olimpíadas/Paraolimpíadas'. O coordenador de relações internacionais e esportivas da Bahia para a Copa do Mundo, Marco Antonio Rocha Costa, o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de São Paulo, Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, o secretário de articulação de Grandes Eventos de São Paulo, Walter Feldman, o vice-presidente da Sinaenco, Eduardo de Castro Mello e a diretora de projetos estratégicos da Empresa Paulista de Turismo e Eventos, Raquel Verdernacci, são os participantes.
Fórum Nacional - Brasil O País do Esporte
Data: 1de dezembro de 2011
Horário: 8h30 às 17h30
Local: SESC Consolação
Endereço: Rua Dr. Vila Nova, n245 - Vila Buarque - São Paulo/SP
Inscrições: www.forumbrasilpaisdoesporte.com.br ou forumdeesportes@institutoadvb.org.br
Informações: (11) 3051 7582/ 3052 0527 - IRES - Instituto ADVB de Responsabilidade Socioambiental
© Copyright 2011 - GazetaPress
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/forum-em-sao-paulo-discute-gestao-e-politicas-publicas-para-o-esporte
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/forum-em-sao-paulo-discute-gestao-e-politicas-publicas-para-o-esporte
Fifa quer "elevar nível de clientes" na Copa de 2014, diz executivo
Por Rodrigo Pedroso | Valor
SÃO PAULO – Depois da experiência na África do Sul, onde os pacotes para ver os jogos custavam entre US$ 50 e US$ 100 por dia, a Fifa quer usar a Copa no Brasil, em 2014, para elevar o “nível de clientes” que serão atraídos pela competição, disse nesta terça-feira Gilson Novo, diretor do Grupo Águia, do qual faz parte a Match, única empresa brasileira credenciada pela entidade para organizar e vender os pacotes turísticos para o torneio mundial. Aqui, os preços começarão em U$ 500 por dia, segundo ele.
A Match oferece serviço de hospitality, destinado a turistas que virão ao país para ver os jogos. Segundo Novo, hotéis, traslados, camarotes e passagens aéreas já estão sendo analisados. “A Copa já está vendida e a procura está sendo imensa. A Fifa disse para nós: queremos o melhor nível de clientes no Brasil”, afirmou durante seminário sobre o tema na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).Como sua empresa tem parceria com a Fifa desde a Copa de 1970, levando grupo de torcedores, Gilson Novo acredita que o torneio é uma oportunidade de o país melhorar a excelência nos serviços para os turistas. A estimativa de órgãos governamentais é de que 600 mil estrangeiros venham ao Brasil para o torneio. A maior parte deles, segundo o executivo, virá em viagens bancadas por empresas. “O grupo de hospitality não entra no portão geral, entra em um portão separado, com cadeira com nome, tudo certinho. O cara pode comprar pacote com whisky, o que ele quiser.”
Um dos maiores entraves até o momento, segundo Novo, é o transporte aéreo. O número de voos disponíveis e os itinerários que os torcedores terão que fazer para acompanhar suas seleções podem prejudicar a qualidade do serviço, caso a infraestrutura não melhore. “Não precisamos de 2014 para pensar em crise no tráfego aéreo, nós vemos isso agora. A nossa grande preocupação é a logística”, afirmou.
Além de o governo fazer sua parte, os empresários de serviços precisam aproveitar as oportunidades para crescer e melhorar seus negócios, na opinião de Jeanine Pires, presidente do conselho de turismo e negócios da Fecomercio-SP. “Fizemos uma pesquisa que mostra que 93% dos turistas que visitam o país pensam em voltar. Temos que somar profissionalismo à nossa hospitalidade e alegria”, disse.
Até a Copa, estão previstos 117 eventos no país, de todos os portes, ligados ao tema. Com isso, aumentará a demanda por serviços de bufê, transporte, shows, brindes e segurança, entre outros, segundo Gilson Novo. “O nosso legado maior é fazer com que o turista que venha para a Copa volte novamente pela excelência de nosso serviço. Para isso temos que fazer tudo adequadamente”, afirmou.
Fonte: http://www.valor.com.br/brasil/1105424/fifa-quer-elevar-nivel-de-clientes-na-copa-de-2014-diz-executivo
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Investimento em telecomunicações para Copa deve chegar a R$ 60 bi
Planejamento da infraestrutura esbarra em definição pela Fifa de locais-chave para Mundial de 2014
Por Marcelo Parreira Brasília, DF
O governo brasileiro estima que o investimento em telecomunicações até a Copa do Mundo de 2014 chegue a R$ 60 bilhões. A grande maioria dos recursos será de empresas privadas, mas R$ 3,2 bilhões sairão de cofres públicos, divididos entre o Plano Nacional de Banda Larga e investimentos específicos para a Copa. A previsão é que a Telebras - empresa estatal - vá investir R$ 200 milhões na construção da infraestrutura necessária para que as rede de banda larga chegue aos pontos finais considerados fundamentais para a realização do Mundial, como estádios, centros de mídias e hoteis onde ficarão hospedadas as seleções e a equipe da Fifa.
Os números foram divulgados na reunião da chamada Câmara Temática de Infraestrutura, que reúne representantes do governo federal e das cidades-sede. A câmara é uma das nove existentes, que tratam ainda de assuntos como sustentabilidade, transparência, estádios e segurança pública na preparação para o Mundial.
O orçamento de R$ 200 milhões é, por hora, uma estimativa. Isso porque a Fifa ainda não passou ao governo uma lista definitiva desses locais. Segundo o gerente de projetos do Departamento de Banda Larga do Ministério das Comunicações, José Gontijo, o governo brasileiro tem conversado com a entidade para tentar acelerar essa definição, que ainda passa por negociações comerciais. Alguns locais, no entanto, só serão definidos ao fim de 2013, como os centros de treinamento.
- Eu chego com a minha rede a Brasília, por exemplo, mas para que endereço eu tenho que ir? A Fifa tem que me dizer isso para eu fazer da melhor forma possível. A gente enviou uma correspondência à Fifa para solicitar essa informação, e eles disseram que vão fazer um cronograma de entrega de locais porque esses pontos estão sendo negociados. É tudo uma negociação comercial da Fifa com esses entes, mas ao mesmo tempo o governo precisa saber para fazer esse planejamento.
O gerente de grandes clientes da Telebras, Arthur Dayrell, também ressaltou o problema, e disse até que a demora na definição destes pontos de interesse pode prejudicar a qualidade da estrutura a ser fornecida. Em alguns casos, inclusive, o serviço de banda larga pode não ser fornecido por fibra ótica, mas por rádio.
- É uma briga constante, no bom sentido, em cobrar e exigir esses endereços, até sob pena de não atingirmos o nível exigido pela Fifa.
Outro problema encontrado até agora é na definição das responsabilidades de cada parte na infraestrutura. Para isso, o governo quer fazer, assim como já ocorre nas questões de mobilidade urbana, estádios e aeroportos, uma matriz de responsabilidades específica para telecomunicações. A relação com as sedes, entretanto, pode não ser tão tranquila. Durante a reunião da Câmara Temática, alguns representantes reclamaram da falta de clareza sobre a atuação do governo federal no setor e da separação mais exata das tarefas. Por outro lado, questionados por uma representante da Telebras, apenas três dos representantes das sedes presentes afirmaram ter lido o host agreement, documento que trata dos compromissos feitos pelas sedes em relação à Fifa. Um deles chegou a afirmar que "nunca havia sequer ouvido falar" do documento.
Internet 4G
A despeito dos problemas, o governo prevê que a internet 4G - muito mais rápida do que a banda larga atualmente disponível no Brasil, mas já oferecida na Europa e nos Estados Unidos - estará disponível nas 12 sedes já na Copa das Confederações. Isso porque a Anatel tem até abril do próximo ano para licitar a faixa de radiofrequência necessária à oferta do serviço, e o edital prevê que as empresas que vencerem a concorrência terão o prazo de um ano para que o serviço esteja à disposição nas sedes dos jogos.
Clubes podem disputar licitação para gestão do Maracanã, afirma secretária
Márcia Lins confirma lançamento do edital para início de 2012 e diz que equipes cariocas dificilmente administrarão o estádio de forma isolada
Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro
Flamengo e Fluminense podem disputar um clássico fora das quatro linhas a partir do início de 2012. Tudo por conta do processo de licitação para a gestão do Maracanã, que será lançado provavelmente no início do ano que vem. A informação foi confirmada nesta terça-feira pela secretária de Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Márcia Lins, durante a coletiva de apresentação da Soccerex, convenção de negócios que acontecerá na Cidade Maravilhos de 26 a 30 de novembro, na praia de Copacabana.
De acordo com a secretária, a empresa EBC (Empresa Brasil de Comunicação) está realizando estudos para definir qual será a melhor forma de gestão do estádio, que será reaberto em fevereiro de 2013. Porém, a intenção do Governo do Estado do Rio de Janeiro é definir a concessionária que vai cuidar do "Maior do Mundo" até o início do segundo semestre de 2012.
- Os clubes podem e devem participar do processo. O estádio vai virar uma grande arena multiuso. É a casa da Seleção Brasileira, dos grandes clubes do Rio de Janeiro e já foi a casa do Santos no passado. O estádio será concessionado para ser melhor operado e para oferecer o melhor possível em termos de receita e qualidade para o público. Claro que todas as pontas precisam estar amarradas, mas a forma profissional de gestão precisa ser amarrada. É preciso ter alguém que entenda da gestão de arena, de museu, do segundo ponto turístico mais visitado da cidade, de gestão de um lugar para eventos e do futebol. Os clubes estão atentos ao processo - afirmou Márcia Lins.
Porém, na opinião da secretária, a tendência é que os clubes se unam à empresas acostumadas com a gestão de arenas multiusos para entrar na briga pela concessão. Para exemplificar, Márcia Lins citou as dificuldades do Botafogo de gerir o Engenhão.
- Não vejo os clubes participando de forma isolada desse processo. É só observar o que acontece com o Botafogo no Engenhão. Eles têm dificuldades, não é fácil. É difícil administrar de forma isolada. Tenho certeza de que os clubes vão estar envolvidos no processo.
Márcia Lins preferiu não antecipar alguns itens do processo de licitação. Segundo ela, tudo será divulgado de forma transparente no início de 2012.
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