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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Descaso olímpico: Aterro tem quadras e canteiros malconservados


Espaço, que será palco de competições em 2016, tem também moradores de rua e consumidores de drogas, principalmente usuários de crack

Por Carolina Oliveira Castro

RIO - Apesar do terreno plano, o Parque do Flamengo está cheio de altos e baixos. De um lado, uma enorme área arborizada, oásis à beira-mar projetado por Burle Marx e motivo de orgulho dos cariocas. De outro, moradores de rua e consumidores de drogas, principalmente usuários de crack, quadras esportivas e canteiros malconservados e iluminação precária.
A equipe do GLOBO fez uma ronda pela área do parque, que vai desde o Monumento ao Pracinhas, na altura da Avenida Rio Branco, até o Monumento a Estácio de Sá, próximo à Enseada de Botafogo, e pôde constatar algumas melhorias e muitos problemas. O maior deles foi a insegurança. Apesar da presença de muitos guardas municipais e policiais militares em toda a extensão do parque, os frequentadores reclamam:
— Venho ao parque desde pequena e acho que muita coisa melhorou, está mais bonito, tem mais coisas para fazer. Mas a segurança ainda preocupa muito. As pessoas consomem drogas ao lado de lugares onde ficam muitas crianças. E é todo dia assim — afirma a estudante Thayara Victoria, de 17 anos, que faz escolinha de futebol no parque.
A poucos metros do campo onde as meninas do América Futebol Clube treinam, existe outro, praticamente inutilizado. A grama sintética foi retirada, e os restos estão há meses no terreno onde nada foi feito. Perto dali, pessoas se reúnem para fumar crack, em plena luz do dia, em frente a um movimentado ponto de ônibus.
O Aterro tem se destacado cada vez mais no cenário internacional. Além de ter contribuído para que o Rio ganhasse o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, ele será palco de importantes provas, como marcha atlética e ciclismo de estrada, nos Jogos Olímpicos de 2016. Apesar do alto potencial esportivo, revelado por quadras de tênis, futebol, basquete e por uma ciclovia extensa, o Aterro ainda deixa a desejar nesse quesito. Muitos dos campos de futebol ainda são de terra batida, e, em alguns lugares, o esporte só é praticado durante o dia. Por medo.
— Moro aqui perto e venho sempre. Tenho amigos que só praticam esportes durante o dia ou, à noite, em grupos grandes, para evitar assaltos. As quadras não têm iluminação nenhuma. Se você quiser jogar basquete, só se tiver claro. Esse lugar é lindo e tem muito potencial, mas faltam iluminação e mais incentivos — explica o estudante de medicina Thales Teixeira.
Procurada pelo GLOBO, a Subprefeitura da Zona Sul, que cuida dos campos de futebol, não falou sobre o assunto.
O secretário de Conservação, Carlos Roberto Osório, admitiu o problema de iluminação, mas explicou que é uma situação complexa, porque o parque é tombado pelo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
— Toda a área do Parque do Flamengo é tombada pelo Iphan. Portanto, não podemos mexer no projeto original. Estamos tentando ver o que pode ser feito. Para resolver essa situação, teríamos de colocar postes mais baixos. O que não está previsto no projeto original — explicou o secretário, afirmando ainda que a prefeitura está conversando com o Iphan e com o escritório Burle Marx (responsável pelo acervo do paisagista) para achar uma solução.
A prefeitura também informou que o paisagismo do parque está sendo recuperado de acordo com o projeto original. Segundo a secretaria de Conservação, já estão sendo licitadas as empresas que vão fazer essa reestruturação do parque. A reforma vai custar cerca de R$ 7 milhões e incluirá melhorias de infraestrutura e paisagismo.
Na reforma, prevista para durar sete meses, serão recuperados cerca de 11mil metros quadrados de grama e plantadas mais de duas mil mudas. Bicicletários e balizas das quadras serão reparados. Em Barcelona, na Espanha, um parque muito menos paradisíaco (La Barceloneta), mas com caraterísticas parecidas, vivia na mesma situação do Aterro antes das Olimpíadas de 1992. Foi reformado e hoje é um dos pontos turísticos mais importantes da cidade.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/descaso-olimpico-aterro-tem-quadras-canteiros-malconservados-5815009#ixzz23pufrvZX 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Uma vitória da cidade


Carlos Roberto Osorio, secretário-geral da candidatura do Rio a sede das Olimpíadas, afirma evento é o grande legado do Pan de 2007

RIO - A disputa pela sede dos Jogos Olímpicos é considerada a maior e mais complexa concorrência do planeta. Estão sempre no páreo as principais cidades do mundo, lutando para conquistar um prêmio único: sediar o maior evento da Humanidade, e tudo que vem com ele. Um sonho grande, muito grande.

A vitória do Rio naquela tarde fria de outono em Copenhague foi resultado de uma década de trabalho. O projeto Rio 2016 começou logo após a mal sucedida candidatura aos Jogos de 2004. Os erros cometidos deixaram muitos ensinamentos e uma certeza: seria impossível conquistar as Olimpíadas sem antes organizar um grande evento múltiplo-esportivo e provar nossa capacidade. Não há dúvidas que o sucesso do Pan-americano de 2007 foi fundamental para nossa candidatura. Na verdade, o grande legado do Pan foram as Olimpíadas.

Com um ativo do tamanho dos Jogos Olímpicos, é natural que o COI estabeleça regras rígidas e exija um descomunal conjunto de projetos, documentos e garantias. Para tanto, reunimos uma equipe com os melhores técnicos do Brasil, e consultores internacionais iguais ou melhores que os do COI. Foi fundamental também contar com o pleno apoio dos três níveis de governo que trabalharam integrados.

Enviamos ao COI , na Suíça, o Dossiê de Candidatura com nossa principal premissa cumprida: os projetos Olímpicos deveriam estar alinhados com os planos de longo prazo da cidade, garantindo um legado de transformação para o Rio. O momento de maior risco foi a visita da Comissão de Avaliação. Montamos uma operação de guerra, cronometrada e planejada nos mínimos detalhes. O Rio teve na sua defesa o primeiro time do Brasil, do presidente, governador e prefeito aos seus melhores atletas e cientistas. Deu trabalho, mas passamos no teste.

A partir daí foi pé na estrada para convencer os 110 membros do COI. Fazer uma campanha internacional, cobrindo os cinco continentes não foi uma tarefa simples. Acertamos na estratégia de não usar lobistas olímpicos na campanha. Éramos um pequeno grupo, liderados pelo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que deu mais de 20 voltas ao redor do mundo, visitando cada eleitor no mínimo duas vezes.

Se começamos como azarões, chegamos à eleição em Copenhague como um dos favoritos. Mas faltava um obstáculo, a apresentação final para os eleitores. Fomos implacáveis. Quem não tinha como fazer uma apresentação digna de um Oscar foi substituído. Encontramos um delicado equilíbrio entre razão e emoção que nos levou à vitória pela maior diferença de votos da história. Festa em Copenhague, Copacabana e em todo Brasil.

No final, apesar do esforço de tanta gente, penso que quem ganhou mesmo aquela eleição foi o Rio, que com seu charme, sua beleza, sua alegria, emocionou e arrebatou os corações do mundo. Agora, quando se inicia a XXXI Olimpíada, temos a oportunidade de honrar a confiança que nos foi depositada organizando Jogos inesquecíveis e, com eles, transformar nossa cidade e a vida de nossa gente.

Carlos Roberto Osorio é secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos e foi secretário-geral da candidatura Rio 2016.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/uma-vitoria-da-cidade-5766576#ixzz23QrK94f3 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Rubro-negra que postou foto de cadeira quebrada pode ser acionada pelo Botafogo


Imagem foi posta na internet pela torcedora Marcelle Bonadio, que dizia ter quebrado uma cadeira do Engenhão no Fla-Flu

Uma foto postada na internet por uma torcedora do Flamengo causou grande polêmica no Botafogo. A maquiadora rubro-negra Marcelle Bonadio, de 19 anos, colocou na rede social Facebook uma imagem após o jogo, em que segurava uma cadeira quebrada, no Engenhão, após o clássico Fla-Flu deste domingo. Na legenda, também escrita por Marcelle, lia-se, em caixa alta: "Quebrei mesmo! (risos)".
Apesar do tom jocoso da imagem, o Botafogo já estuda acionar Marcelle judicialmente. A diretoria jurídica do Alvinegro, Joana Prado, deve se reunir nesta segunda-feira com agentes do Juizado Especial Criminal (Jecrim) para tomar as devidas providências. A imagem, colocada no Facebook da rubro-negra na noite de domingo, já foi excluída do perfil.
A imagem logo ganhou grande projeção na internet e Marcelle foi alvo de muitas críticas por parte de torcedores botafoguenses e até de alguns elogios de outros internautas. Em outra rede social, desta vez o Twitter, a torcedora defendeu-se, dizendo que não poderia ser capaz de arrancar uma cadeira sozinha e afirmando que tudo não passou de uma brincadeira:
- Eita, ferro! Quanta polêmica por causa de uma foto! O interessante é que as pessoas não usam a lógica, onde eu teria força necessária para quebrar uma cadeira? Alô, brincar não é errado.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/minuto/Rubro-negra-cadeira-quebrada-acionada-Bota_0_733726693.html#ixzz20A843eMC